Com o inicio da sua história lá em 1996 no Super Nintendo, Star Ocean chega ao seu mais recente jogo com The Divine Force, o sexto jogo da série, não levando em consideração os spin-offs. The Divine Force apresenta uma história que combina duas visões de mundos completamente diferentes, o da ficção e o da fantasia, e como os personagens lidam com o choque entre as duas realidades.
Desenvolvido pela tri-Ace (empresa por trás do grandioso Valkyrie Profile: Lenneth e Resonance of Fate) e distribuido pela Square Enix, empresa já conhecida de todos por aqui.
Olá, eu sou o JP e essa é a minha Review / Tutorial do Star Ocean – The Divine Force, espero que gostem da leitura.
Título: Star Ocean – The Divine Force
Produtora: tri-Ace / Square Enix
Distribuidora: Square Enix
Gênero: RPG
Plataformas: PC (Steam), Playstation 4/5, Xbox One, Xbox Series X/S
Mídia: Físico e Digital
Textos: Inglês, francês e japonês
Dublagem: Inglês e japonês
Data de Lançamento: 27 de outubro de 2022
*Esta análise foi feita com o código fornecido pela Square Enix. Review baseado na versão de PS4.
OBS: Versão Playstation possui crossbuy e versão Xbox Smart Delivery.
Quem adquirir a versão Deluxe do jogo vai receber as versões especiais da trilha sonora original, algumas armaduras (Radiant Hildegrim, Holy Sigrdrifa) e acessórios (Bunny the Lagomower Brooch, tri-Emblem, Gold Bunny Statue, Andvaranaut’s Ring) como recompensa.
Trailer do jogo:
Tela Título
História
Assim como foi no Star Ocean: The Second Story, aqui vamos ter a opção de escolher entre dois protagonistas principais. A história não muda e ambos vão estar juntos na maior parte do tempo mas em algumas situações vamos ter apenas a perspectiva de um dos personagens. Vamos focar no inicio da jornada do Raymond, já que o começo da história da Laeticia é basicamente quando ela se encontra com o Ray.
O jogo se passa no ano de 583 S.D.(Space Date), nosso protagonista Raymond Lawrence é o capitão da Nave Ydas, uma embarcação mercante vinda do planeta Verguld. A tranquilidade da viagem foi interrompida quando o Ydas foi surpreendido pela nave da Federação Pangaláctica Astoria, que brutalmente os ataca. Não restando outra opção, a equipe do Ydas resolve abandonar a nave e acabam desembarcando no planeta subdesenvolvido Aster IV. Durante a descida Ray se distancia de sua amiga Chloe Kanaris e acaba em uma floresta cheia de animais selvagens ao mesmo tempo em que Elena (a outra integrante da Ydas) pilota sua cápsula avariada manualmente, enquanto se aproxima de Aster IV em uma velocidade menor.
Quando tudo parece estar perdido, Ray é resgatado por Laeticia e Albaird, princesa do Reino de Aucerius e seu leal cavaleiro respectivamente. Laeticia intrigada com as origens de Raymond faz um pedido inesperado: Que Raymond a ajude a proteger o seu reino e a rastrear um homem chamado Midas Felgreed. Raymond concorda com a condição de que Laeticia o ajude a encontrar Chloe. E assim iniciamos nossa jornada em Star Ocean – The Divine Force, com um mundo completamente desconhecido para explorar, e mistérios além das estrelas para descobrir.
Gráficos
Feito na própria engine da tri-Ace (conhecida por ASKA) teremos vários cenários bonitos e bem feitos para explorar mas o design dos personagens na minha opinião (e talvez na da grande maioria que jogou) ficou bem estranha. Outro ponto que ficou muito aquém do esperado foi a leitura labial dos personagens, jogos de duas gerações atrás fizeram coisa muito melhor com toda certeza.
Algumas cenas de ação do jogo são bem precárias em sua qualidade (na introdução já veremos algumas) e na cidade vários NPCs demoram para serem renderizados.
O jogo também não possui CGIs, inclusive toda a abertura nada mais é que trechos da nossa gameplay, um baita bola fora.
Tudo isso é justificado pelo baixo orçamento usado na criação de Star Ocean – The Divine Force. A tri-Ace está passando por um momento difícil financeiramente mas isso é assunto para outro tipo de texto (Um filosofando sobre pixels talvez).
Áudio / OSTs
A trilha sonora do jogo foi feita pelo compositor e tecladista Motoi Sakuraba, o mesmo compositor dos Star Ocean anteriores e de diversos jogos como Smash Bros, alguns jogos da série Tales of, One Piece Odissey, entre outros. Toda a trilha foi compilada em quatro CDs, entitulada de Star Ocean: The Divine Force Original Soundtrack. Infelizmente não encontrei disponível as playlists do jogo, apenas algumas musicas soltas no youtube. Quem desejar adquirir os CDs originais o site da Square Enix efetua a venda (Link AQUI).
Os temas de batalha no jogo mudam dependendo do personagem principal, com as músicas do Raymond sendo um rock progressivo e jogando com a Laeticia uma trilha mais orquestral.
A música tema do jogo é a “Pandora”, do Hyde, que é o vocalista da banda L’Arc-en-Ciel, uma banda bastante conhecida por fãs de anime (Full Metal Alchemist, Rurouni Kenshin, Shingeki no Kyojin, entre dezenas de outros). Deixarei o link da musica logo abaixo. Você já começa o jogo com um ritmo frenético depois dessa abertura.
Personagens
Capitão do navio de transporte Ydas da Lawrence Logistics Company. As vezes assume desafios imprudentes pelo bem de seus amigos e do trabalho, e está sempre preocupado com a equipe do Ydas. Ele tem uma personalidade descontraída e é bom com as pessoas, mas ao mesmo tempo tem um olfato apurado como comerciante. Por não pertencer à Federação Pangaláctica, não está vinculado ao Tratado para a Proteção de Planetas Inexplorados, e não está preocupado com diferenças de status social, para melhor ou para pior, o que é bem recebido por Laeticia.
A princesa do Reino Aucerius, ela tem uma personalidade brilhante, é ousada e apesar de ser membro da família real, usa armadura, empunha espadas gêmeas e luta pelo bem do seu povo, o que é admirado por muita gente.
Para reverter a situação com o país vizinho, onde as tensões militares continuaram nos últimos anos, Laeticia parte em uma viagem secreta em busca de uma determinada pessoa. Durante a viagem, ela conhece Raymond, que após determinados eventos resolvem atender aos objetivos um do outro.
Ele é um cavaleiro que serve Laeticia no Reino de Aucerius, e também seu amigo de infância.
Ele se destaca nas técnicas físicas usando o chakram, e está sempre de olho em Laeticia devido à sua forte lealdade. Cobre o braço esquerdo até a ponta dos dedos, e às vezes ele faz um gesto como se estivesse protegendo o braço (descobriremos o motivo durante a campanha).
Embora seja extremamente cauteloso com Raymond, não consegue ir contra a vontade de Laeticia e relutantemente permite que ele o acompanhe.
Uma jovem Iatrimancer que tem o poder de cura. Seu objetivo é descobrir a cura de uma doença que causou a morte de seu pai, e ela continua conduzindo suas próprias pesquisas enquanto trabalha como assistente de um médico na cidade de Delryk.
Sua personalidade é forte e inocente. Ele usa sua curiosidade para avançar em sua pesquisa, mas às vezes se deixa levar e acaba fracassando.
No entanto, ela tem muita força vontade e determinação, disposta a passar por qualquer dificuldade pelo bem dos seus pacientes.
Um dos principais engenheiros e Semiomancer exilado do Reino de Aucerius.
Ele é excêntrico e curioso, e seu desejo por conhecimento às vezes o faz esquecer a lei e a ética.
No entanto, é também uma pessoa que tem um forte orgulho e nunca desiste do trabalho que realiza.
Ele já ocupou uma posição elevada no reino, mas devido a um certo incidente, foi forçado a se aposentar, e seu paradeiro atual é desconhecido.
Membro da tripulação do navio de transporte Ydas e ajudante de Raymond.
Ela gerencia a maioria das operações do navio, e seu vasto conhecimento e comportamento calmo garantem a confiança da tripulação e de Raymond.
Embora muitas vezes se surpreenda com a honestidade e às vezes com a imprudência de Raymond, ele aprecia muito suas qualidades como líder.
O jogo ainda conta com mais 4(quatro) personagens jogáveis, sendo 1(um) exclusivo de cada campanha a depender de qual personagem inicial você irá escolher.
Combate
As batalhas em The Divine Force são mais inclinadas ao Action RPG, não teremos aquela tela de transição para iniciar as batalhas aqui e nem batalhas aleatórias comumente vista nos RPGs, os inimigos estão sempre a vista e fica a teu critério entrar em batalha ou simplesmente dar a volta e passar entre eles. A movimentação em batalha é rápida e frenética, utilizando os botões quadrado, triângulo e círculo vamos montar combos diversos com as habilidades que vamos adquirir ao decorrer do jogo. A party comporta no máximo 4 personagens onde controlamos um e os demais usam estratégias pré-estabelecidas. Podemos mudar de personagem a qualquer momento.
O jogo não possui Pontos de Mana ou MP, no lugar teremos o AP (ou Action Points). Você precisa de uma quantidade fixa de AP para usar uma habilidade específica atribuída. Se você não tiver AP suficiente, a habilidade não será ativada mesmo se você pressionar o botão, o AP se regenera automaticamente com o tempo.
Vatting
Mais a frente na história vamos liberar uma habilidade chamada Vatting, um ataque especial para ser usado em batalha (Algo similar a um Limit Break), precisa ser recarregada toda vez que for usada, fique atento e guarde esse recurso para inimigos mais difíceis. Se ativa quando pressionado o R2.
A barra de Vatting sobe quando usamos habilidades, quando recebemos dano e ao longo do tempo. O time inteiro divide a mesma barra de Vatting, sendo apenas uma para todos.
Stop Mode
Pressionando o touch congelamos o tempo com o Stop Mode. Você pode mudar estratégias, se curar e selecionar alvos sem pressa. Ao fazer o Quick HP Recovery, você pode usar itens (de duas estrelas ou menos) automaticamente para curar sua equipe. Pressione círculo para cancelar.
D.U.M.A.
D.U.M.A. será nosso grande aliado durante a jornada nos ajudando tanto no combate quanto na exploração do jogo. Pressione R1 para usar ações especiais dele. Quando ativado, consome a barra de VA durante as batalhas, na exploração o uso é livre e sem custo.
D.U.M.A. também possui um radar que nos mostra baús e outros itens chave em uma grande área, abuse desse recurso e não deixe nada para trás.
Durante a exploração vamos encontrar esses cristais roxos que são os D.U.M.A. Points, que servem para evoluir as habilidades dele. Quanto maior o nível, maior o alcance do radar e de outros recursos.
Nos menus teremos uma aba especifica apenas para o D.U.M.A, lá poderemos equipar e evoluir as habilidades que desejarem, com o limite de uma habilidade para o campo e três para a batalha.
Menus
Na aba da Party vamos visualizar os status dos personagens como HP, Atk (dano físico), Int (dano mágico) defesa física e o Guts (causa/evita efeitos de status). Temos também as resistências elementais e as reduções de ser afetado por efeitos de status. Você pode mudar a ordem dos membros da party pressionando triângulo. Selecionando o personagem, você pode abrir seus equipamentos e trocá-los quando necessário.
Equipamentos
O jogo possui 4 slots para os equipamentos, sendo um para a arma principal, um para a armadura e dois para os acessórios. Os peões de Es’owa também podem ser usados como acessórios (além dos amuletos/aneis).
Chain Combos
Podemos criar diversos combos para vincular aos botões. Dessa forma vamos efetuar as ações equipadas sequencialmente a cada botão apertado. As possibilidades aqui são bem grandes, então crie seu próprio combo e se divirta. Lembrando que usar itens durante os combos ativam os seus efeitos mais rápidos que o normal.
Passive Skills
Podemos equipar um máximo de três passivas em cada personagem, use habilidades como Quick Usage e First Aid para aprimorar o personagem e melhorar a gameplay. Alguns personagens possuem passivas únicas como a “Determined Princess” da Laeticia onde perdemos um pouco de defesa em troca de um ganho maior na experiência.
Check & Strenghten Skills
Consuma seu SP para aumentar os níveis das habilidades e deixe-as mais fortes. Vamos adquirir SP evoluindo e consumindo o item SP Seed.
No início do jogo teremos apenas como evoluir as habilidades de combate, ativas e passivas mas ao decorrer da história vamos liberar a evolução do D.U.M.A. e Item Creator.
Skill Tree
Existe uma árvore de habilidades para cada personagem, liberando os caminhos vamos aumentar nossos status e aprender novas habilidades. Usando o SP vamos abrir caminho na Skill Tree, algumas habilidades demandam outras condições além do custo de SP (Progressão na história por exemplo).
Itens
Todos os itens adquiridos no jogo ficarão organizados nesta aba separados por tipos: Usáveis, Armas, Armaduras, Acessórios, Materiais e Itens chave.
Item Creator
Vamos esbarrar em Welch Vineyard no porto de Rythal, após os diálogos vamos encontrar o seu anel no chão, a equipe comenta que ela está na cidade de Delryk e vocês decidem ir para lá em algum momento. Chegando a sua loja, vamos receber algumas missões e ir desbloqueando todos os recursos do item Creator, são eles:
Compounding – Craft de itens, geralmente de cura e suporte.
Smithery – Cria armas para Raymond, Laeticia e outros personagens, também cria armaduras pesadas.
Crafting – Cria armas, acessórios, armaduras leves e talismãs.
Engineering – Cria itens eletrônicos como bombas e armas para Elena e outro personagem.
Alchemy – Criam/Evoluem minérios que serão usados em Smithery/Crafting.
Authoring – Cria talismãs, receitas e livros que alguns personagens escreveram.
Synthesis – Combina factors para melhores equipamentos.
Como já é comum em Star Ocean, poderemos deixar os personagens muito fortes usando esses recursos do IC (Item Creator), experimente varias fórmulas e deixe o seu personagem invencível.
Collection
Aqui veremos as sinopses, termos usados e outras informações do jogo como inimigos, glossário, dados do jogo (distância percorrida, número de batalhas, inimigos derrotados, Max de hits, itens criados, etc) e um tutorial mostrando o passo a passo do jogo.
System
Configuration -Altera os botões do menu, batalha e da exploração.
Game – Ativa/Desativa o autosave, vibração do controle e alterna a corrida.
Camera – Ajusta a rotação e velocidade da rotação, distância da câmera de combate e vibração da tela.
UI – Ative/Desative legendas, minimapa, rotação do minimapa, log de combate e log de conversa.
Screen – Ajusta o campo de visão, brilho e HDR.
Graphics – Aqui você tem a opção de priorizar o framerate ou a qualidade de imagem do jogo.
Sound – Altera os volumes gerais e dos personagens.
*Infelizmente o jogo não é localizado para o nosso país, tanto em legenda quanto em dublagem, nos restando apenas o inglês, o japônes e o francês, este último apenas nas legendas.
Sidequests
O jogo conta com mais de 50 Sidequests, seguindo o padrão de jogos de RPG JRPG e MMORPG com missões simples como derrotar X monstros em determinada dungeon ou coletar recurso para algum cidadão nos vilarejos/cidades.
Você vai encontrar essas sidequests nas cidades e ao redor do mundo, quando encontrar no mapa um ícone em amarelo vá até ele para receber uma missão.
Es’owa (Minigame)
Es’owa é um jogo de tabuleiro em que os jogadores se revezam na colocação de peões. No final do seu turno, cause dano ao seu oponente igual ao Ataque total dos seus peões no tabuleiro. Reduza o HP do seu oponente para 0 para vencer e receber recompensas. A cada turno, coloque um peão em qualquer lugar disponível que desejar. Você não pode colocar um peão em locais que seu oponente já colocou.
Cerque o peão do seu oponente com suas próprias peças para removê-lo do jogo. Os peões removidos são colocados no cemitério e não podem mais ser usados. Colocar peões aumenta seu MP. Você pode gastar MP para usar movimentos especiais, mas apenas antes de colocar um peão. Esteja ciente de que você só pode usar o peão que colocou previamente em seu baralho.
Cada peão tem uma função e habilidade, os do tipo Herói por exemplo ganham 30 de ataque a cada turno e os Berserkers tem um poder de ataque muito alto mas perdem dano quando colocado ao lado de outras peças.
Decks
Você pode definir os peões Es’owa que possui em seu baralho e pressionar quadrado para selecionar movimentos especiais.
Em Es’owa, você só pode usar os peões colocados em seu baralho, então lembre-se sempre de configurá-los. Ao selecioná-los, considere a compatibilidade entre o deck e os movimentos especiais. Vamos encontrar vários personagens de outros Star Ocean como peões por aqui.
Extras
O jogo não possui New Game+ porém teremos duas dungeons para explorar após finalizarmos a campanha principal:
The Gauntlet – Aqui vamos explorar 4 dungeons menores com algum chefe no final delas e após concluir todo trial vamos enfrentar no final um personagem já conhecido por jogadores antigos e por quem consuma fazer o postgame dos jogos da tri-Ace (isso mesmo, nosso anjo está de volta).
The Ultima Thule – Uma torre criada por uma Deusa para testar as suas habilidades. Suba até o topo e enfrente novos e velhos inimigos, só que dessa vez muito mais fortes.
Conquistas
Dificuldade: 5/10
A platina de Star Ocean – The Divine Force é bem tranquila comparada aos seus titulos anteriores e mais rápida tambem, com algo em torno de 80-100 horas para fazer tudo que a lista propõe. Vamos precisar derrotar o chefe final nas dificuldades mais dificeis, porém podemos alterar a dificuldade apenas na hora da batalha contra ele, facilitando assim a gameplay no geral. Além disso vamos precisar assistir a todos os 16 finais, um para cada dupla de personagens nos forçando a jogar toda a campanha na perspectiva do Raymond e da Laeticia (Duas gameplays completas).
Para os 100% do Star Ocean – The Divine Force iremos precisar de forma resumida:
- Fazer todos os 16 finais;
- Fazer pelo menos 90% de todos os itens no Item Creator;
- Abrir todos os tesouros no universo (Coletável);
- Obter pelo menos 90% de todas as armas;
- Completar pelo menos 90% do Bestiário;
- Encontrar todos os 18 mini-bunny (Coletável).
Considerações Finais
A história do jogo é bem consistente, vamos ter o Raymond(o personagem futurista/desenvolvido) sendo atacado de surpresa pela Astoria da Federação Pangaláctica e posteriormente chegando a Aster IV (terra subdesenvolvida da Laeticia) onde está acontecendo uma guerra entre dois reinos. A medida em que avançamos no jogo vamos conhecendo pouco a pouco todos os personagens e suas motivações. Os diálogos são bons e com vários tons de comedia na medida certa.
Infelizmente o grande ponto negativo aqui fica por conta dos gráficos, digo infelizmente pois o jogo está muito bom de ser jogado, as batalhas são frenéticas e rápidas, a exploração com o D.U.M.A é bem satisfatória mas faltou um bom polimento nas interações com os personagens e nas expressões faciais, elas estão terríveis. Nos entendemos que o jogo foi feito com um orçamento reduzido mas se tivessem trabalhado mais um pouco ele poderia facilmente ter sido um dos melhores RPGs do ano.
A trilha sonora é boa e a OST da batalha combinou muito bem com o perfil dos personagens principais, tendo um som mais agressivo quando escolhemos o Raymond e um som mais orquestral quando jogamos com a Laeticia. A escolha da musica de abertura do jogo tambem foi perfeita, jogadores de RPG e JRPG tendem a gostar mais desse estilo musical mais pesado.
Os controles são bem responsivos mas vocês irão sofrer um pouco com a câmera do combate, ela deixou um pouco a desejar. Como citei nas conquistas o jogo tem um tempo médio para os 100% de 100 horas, mas se você deseja apenas jogar a história principal vai levar em torno de 30 a 40 horas para finalizar.
Conclusão
Star Ocean – The Divine Force é um jogo que merece a atenção dos fãs de RPG, mesmo não tendo os requisitos gráficos de um jogo da nova geração, ele conseguiu me divertir do inicio ao fim. Com personagens cativantes (até o chato do Tio Midas hahah), uma boa história e desenvolvimento da trama ele me prendeu completamente, tanto que além de jogar as duas campanhas completas (uma com cada personagem principal) fiz todas as conquistas, recebendo ao final o troféu de platina na PSN (A conquista do Item Creator não foi brincadeira cara ‘-‘ ).
Atualmente o jogo custa R$ 299,90 na PSN BR (link) e €69,99 na PSN EURO (link), o mesmo valor nas Plataformas Microsoft e um pouco mais barato na Steam. Um valor esperado mas eu particularmente não achei justo para o que foi entregue, sendo a minha recomendação aguardar uma boa promoção na sua plataforma favorita.
Obs: No mês de setembro de 2023 o jogo entrou no catalogo da Playstation Plus Extra.
Por fim, The Divine Force é um jogo divertido e com uma boa jogabilidade porém faltou um melhor acabamento, além de não haver legendas para nossa língua, o que com toda certeza vai afastar aquele publico que não é familiarizado com o inglês, o que é uma pena já que assim como o Final Fantasy XVI (Review/Tutorial aqui) ele poderia ter servido de porta de entrada aos novatos no gênero de RPG e Action RPG nessa nova geração.
Até a próxima.
Salve Baianus
Eae 🥰