
Olá, aqui é o Pena e hoje vamos aproveitar a onda de jogos remasterizados (e que espero que continue assim por um bom tempo) e na qual nunca vieram para o solo ocidental, com o jogo River City Girls Zero.
A produção e publicação geral ficou a cargo da Wayforward, responsável pela produção da série Shantae e pelo jogo do River City Girls original (todos os reviews que fizemos deles você encontra aqui).

Esse é um port direto do jogo “Shin Nekketsu Kōha: Kunio-tachi no Banka“, original do Super Famicom e que não teve uma localização na época, mas em conjunto com a Limited Run Games, agora chegou para essa lado do globo. Esse é o primeiro jogo que Misako e Kyoko apareceram, por isso que veio como “River City Girls Zero” para aproveitar o lançamento do jogo focado nelas (quem jogou ele e fez o final secreto pegou as piadas referentes a esse jogo) e do 2º jogo das garotas que será lançado no final do ano.

Titulo: River City Girls Zero
Produtora: WayForward
Distribuidora: Arc System Works / Limited Run Games
Gênero: Beat ’em up
Plataformas: Super NIntendo (Original), PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X & S e PC (Steam)
Numero de jogadores: 1 ou 2 jogadores
Mídia: Físico (Limited Run Games) e Digital
Textos: Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Alemão, Japonês, Coreano, Chinês Tradicional e Simplificado
Dublagem: Inglês e Japonês
História

Após um acidente de moto, Kunio e Riki são acusados de atropelarem um pedestre e fugirem sem prestar socorros, sendo presos na penitenciaria local.

Ao descobrirem que foi tudo armado, iniciam o plano de fuga para limpar os seus nomes do único jeito que conhecem, na base da porrada.
A história é simples e direta, dando somente a base para rolar a pancadaria, mas tem bastante momentos engraçados e piadas com os delinquentes japoneses.
Gráficos

Como as meninas falam ai, o jogo é um port direto la do Super Nintendo, com a adição de alguns extras antes da partida principal e a grata tradução da história.

Durante a partidas do jogo propriamente dito, os gráficos são em pixel art como era de se esperar de um jogo da era dos 16 bits. A arte dele é bem diferente do que vemos nos outros jogos da franquia, que geralmente são chibis mal encarados. Aqui eles tem um formato mais real, o que torna os combates melhores já que os ataques tem um alcance maior.
É possível usar bordas nos cantos da tela por causa da diferença de proporção das imagens antigas e até deixar uma emulação dos televisores CRTs.
Áudio

As musicas do jogo são bem divertidas, combinando bastante com o estilo mais humorístico da série mas sem deixar a ação da pancadaria de lado. Claro, as musicas também são no estilo da época, mas quem curte vai aproveitar bastante.
A dublagem no jogo é somente no conteúdo extra, como os vídeos de introdução e mais alguns extras, mas eles tem a dublagem em inglês e japonês.
Encontrei uma lista com as musicas do jogo no Youtube, assim você pode curtir as musicas enquanto termina de ler o texto.
Jogabilidade

Antes de iniciar a partida, você escolhe se iniciará ela jogando sozinho ou com algum outro jogador. Tem também a opção de usar as passwords e ir direto para algum dos estágios mais avançados caso tenha eles.

Esse é um jogo relativamente simples, saindo na porrada contra o pessoal entre as conversas da história, tudo em sequencia.


No inicio os comandos são um pouco limitados (parte da história, roupa de presidiário não ajuda na movimentação hahaha), então nessa parte só temos os comandos básicos de ataque, com socos, chutes e voadoras.


Também é possível defender dos ataques e atacar inimigos caídos, o que aumenta as possibilidades nos combates, principalmente nos chefes.

Um detalhe é a possibilidade de trocar entre os personagens no meio da partida, sendo que cada um deles tem barra de energia distinta. Isso ajuda no avanço do jogo, mas em compensação não temos itens de cura nos estágios.


Depois que tiramos as roupas de presidiários, libera mais comandos, como os especiais dos personagens, que são exclusivos. Além dos especiais, também permite os agarrões e jogadas, dando mais opções nos combates.

Em alguns pontos do jogo tem um “passeio de moto” no melhor estilo Road Rash, com pancadaria enquanto se desloca pela cidade “aonde tudo se resolve na porrada”.

Caso um dos personagens morra, mesmo que os outros ainda tenha energia, é Game Over na hora, mas o continue te retorna para o ponto aonde você foi derrotado com todos os personagens restaurados.

Por ultimo, ao pausar o jogo, mostra a password no canto inferior da tela pra usar no inicio do jogo e ir direto aonde você estava.
Extras

O jogo também traz scans do manual do jogo original, como também alguns outros detalhes pro pessoal que curte esses detalhes. Claro, como no SNES o jogo não saiu no ocidente, todos os textos e comentários estão em japonês.
Conquistas

As conquistas do jogo são bem simples e diretas, praticamente “só precisando fechar” (entre aspas pois no normal não é tão fácil assim), tanto que tem uma boa porcentagem de pessoas que completou tudo. Devido a isso, dessa vez nem vou colocar a tabela de conquistas mais trabalhosas pois não há necessidade.
Conclusão

River City Girls Zero traz um beat’em up clássico com bastante humor e ação, mas que sofre com algumas limitações da sua era.
Os gráficos do jogo, apesar de fugir do estilo chibi da serie, mas ainda são bem feitos e detalhados, com bastante variação de cenários, mas nem tanto assim de inimigos.
As musicas mantem o clima da pancadaria, sendo bem agitadas, principalmente durante as batalhas com os diversos chefes do jogo.
A jogabilidade é um pouco travada, mesmo pra época, o que dificulta bastante o avanço na campanha e a sequencia de batalhas são menores do que outros jogos do gênero, mas com inimigos bem difícieis pra contrapor essa baixa quantidade de encontros.
No geral, se você curte o gênero ou a franquia “Kunio-kun”, vai aproveitar bem ele, mesmo que ele seja um pouco mais lento que outros jogos do gênero.