Review/Tutorial: Crisis Core – Final Fantasy VII Reunion

NOTA DO EDITOR CHEFE: o review em questão foi feito pelo colaborador JPD_Nascimento.
Como ele ainda não tem perfil no site, estou postando em nome dele.

Crisis Core – Final Fantasy VII – Reunion é um Remaster (com cara de remake) do Crisis Core: Final Fantasy VII de 2007 (2008 nas américas), produzido e distribuído pela Square Enix.

Algumas pessoas ficaram em duvida se esse jogo seria uma sequencia da primeira parte do remake mas ela se passa antes dos eventos ocorridos em FF7, se você ainda não viu a review do Final Fantasy 7 Remake + a DLC Intermission, aconselharia a leitura ou ter jogado antes para compreender melhor o review deste.

Código fornecido para review pela Square Enix, versão Playstation 4/5
Review baseado na versão Playstation 4

Titulo: Crisis Core – Final Fantasy VII – Reunion 
Produtora: Square Enix 
Distribuidora: Square Enix 
Gênero: Action RPG 
Plataformas: PC, Playstation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series. 
Mídia: Físico e Digital 
Textos: Inglês  
Dublagem: Inglês/Japonês
OBS: a versão Playstation 4 e 5 possuem CROSSBUY, e a versão Xbox possui Smart Delivery

História / Personagens

O jogo se passa sete anos antes dos eventos do Final Fantasy 7 original e conta a história de Zack Fair, um Soldier 2° Classe que tem o sonho de se tornar um Soldier de 1° Classe e virar um herói.

No inicio do jogo temos a missão de investigar o Soldier 1° Classe Genesis Rhapsodos (O antagonista desse game), que desertou da Shinra e levou consigo alguns membros da Soldier.

Ao decorrer da História você descobre que o Grande Herói Sephiroth, Genesis (o desertor) e Angeal (Mentor do Zack e primeiro dono da Buster Sword) eram grandes amigos e esse jogo mostra o lado bom, os vínculos de amizade e o motivo dele ter se tornado o grande vilão do Final Fantasy 7. Uma das fãs dos três relata em um dos e-mails que você recebe no jogo que os três sempre se reuniam para se divertir nas salas de treinamento da Shinra (quando os Soldier de classe menores não estavam presentes).

Por falar em Angeal, como disse anteriormente ele é o primeiro dono da Buster Sword, ele ensina a Zack coisas como Honra, Disciplina, etc. e é o dono da famosa frase “Embrace your Dreams, and whatever happens, protect your honor as Soldier”. 

Nos encontramos também com a famosa Aerith Gainsborough, em uma cena que lembra bastante a queda de Cloud do Reator Mako(Final Fantasy 7) e caindo dentro da Igreja onde Aerith cuidava das suas flores. 

Não vou adentrar muito na lore desses dois, mas é sabido por todos (pelo menos os que jogaram o FF7 de 1997 e o FFCC) que Zack é o primeiro crush/namorado da Aerith e que eles ficam bastante próximos um do outro.

Não podemos nos esquecer do Protagonista Principal do jogo base Cloud Strife, no Crisis Core Cloud é um mero soldado de infantaria que conhece o Zack em uma de suas missões e acabam se tornando amigos, o desfecho desta história e como o Cloud vira um Soldier 1° Classe você vai ter que descobrir jogando (Essa parte não é contada na primeira parte do Final Fantasy 7 Remake). 

Os Turks

Os Turks são uma divisão da Shinra que trata de assuntos diversos (e sombrios) para a empresa, tendo o Tseng como líder. Tseng faz diversas missões com o Zack e em paralelo ele vigia/espiona a Aerith, por ela ser a última das Ancient (Uma raça antiga com poderosas habilidades mágicas), os chefões da Shinra têm um plano futuro para ela. 

Cissnei é a membro mais jovem dos Turks, ela saiu nova de um orfanato e foi treinada para ter todos como inimigo em potencial, porém ao decorrer do jogo e com sua aproximação de Zack vai mudando um pouco esse pensamento. 

Reno e Rude são bastante conhecidos pelo pessoal que jogou o FF7 porém no Crisis Core eles tem uma pequena participação apenas, passando aqui apenas como uma menção honrosa.

Gráficos

Os gráficos do Crisis Core – Final Fantasy VII – Reunion não são do nível da nova geração mas temos que entender que o jogo é uma remasterização de um game do PSP de 2007 e como um jogo remaster ele entregou tudo ou até mais do que o esperado pela fanbase que foi pega de surpresa com o anuncio do game (eu inclusive). Feito na Unreal Engine 4 o game chega próximo do mostrado em Final Fantasy 7 Remake mas com as suas limitações já que se trata de um remaster. Com diversas cenas novas e todas as summons repaginadas o gráfico do game deixa pouco a desejar. 

Áudio/OST

Diferente do game de 2007 o remaster colocou dublagem em TODAS as falas dos personagens e NPCs, até aquele NPC que fica no cantinho da cidade e não tem nenhuma função ou atribuição no game tem dublagem e isso foi um ponto muito positivo, o ponto negativo (para alguns) é que não temos legenda nem dublagem em português, o que de fato é intrigante já que o FFVII Remake teve esse adicional.

As OSTs foram rearranjadas por Takeharu Ishimoto, compositor da Square que fez diversos trabalhos na empresa, como em Kingdom Hearts, Dissidia, FF Type-0 entre outros, enquanto a original foi feita por Nobuo Uematsu.

Para questão de comparação, vamos deixar a original através do Spotify…

… e a faixa “Encounter” (faixa 7 no original) para você escutar por cortesia do canal Manwe Inspiring Trax, infelizmente não há disponibilidade da trilha sonora inteira da versão Reunion.

Sobre a mudança do ator que fez a voz em inglês de Zack no game de 2007 (Rick Gomez no original e Caleb Pierce no Reunion), eu não me senti tão desconfortável como a grande maioria das pessoas se sentiram após o anuncio do game, achei bem aceitável e condizente com o personagem. 

Jogabilidade

Crisis Core é um Action RPG, diferente das batalhas de turno conhecida nos FFs tradicionais. Nesse remaster a batalha foi toda reformulada e ficou muito melhor que o original. Temos apenas o Zack como personagem jogável. 

Na parte superior esquerda fica a barra de DMW (Digital Mind Wave), que é uma roleta onde os ícones de personagem representam os Limit Breaks e os números aumentam seu level (777), te dá várias imunidades de status, quebram os limites de HP/MP/AP, etc. Infelizmente é um processo aleatório então você não tem muito controle sobre isso. Nessa parte também é mostrado a quantidade de SP (Soldier Points) que você possui, o SP serve para fazer a roleta girar e é gasto para criar matérias (Mostrarei mais à frente na parte dos Menus).

Na parte superior direita temos os botões de comando e a Buster Proficiency (Funcionalidade nova introduzida nesse remaster), a medida que você usa a postura de batalha da Buster Sword (Quadrado + X) esse valor vai aumentando e te dando alguns benefícios. 

Na parte inferior esquerda fica a aba de HP/MP/AP e os ícones de status(positivos em azul, negativos em vermelho). 

Na parte inferior direita fica a aba de itens(Potion, Ether, Elixir, Phoenix Down) onde você alterna os mesmos pressionando L2/R2, lembrando que como você apenas tem o Zack como jogador não temos outro personagem para reviver ele caso morra, nesse caso se você usar um Phoenix Down ele fica com uma vida extra (Uma pena dourada na cabeça dele mostra que ele está com esse status ativo). 

Ainda na parte inferior direita se você segurar L1 a aba muda para as matérias, que são as Magias e Skills do game. 

Menu

Items – Aba onde você visualiza os items adquiridos ao decorrer do jogo (Consumíveis, key itens, etc). 

Equipment – É aqui onde você monta seu set para batalha, temos nesse remaster 5 abas para você montar diversas builds a depender do tipo de monstro que você vai enfrentar, caso tenha uma batalha difícil contra algum chefe você pode desistir da luta e mudar os equipamentos e reiniciar do inicio da mesma (nova funcionalidade que não tinha no game de 2007). 

Materia – Nessa parte do Menu você visualiza as materias que possui, também pode converter elas em SP caso tenha várias do mesmo elemento ou mais fracas. 

Materia Fusion – Aqui é onde a magia acontece, com a função de fusionar materias você consegue criar materias mais fortes e consegue facilmente quebrar o jogo (max stats aqui é realidade). 

DMW – Aba onde você visualiza os limit breaks, a % deles vai aumentando a medida que você assiste as cutscenes de cada personagem durante a batalha, depende de RNG (Random Number Generator), ou seja, é aleatório mas uma hora você consegue todos, quando você conseguir 100% de todos vai receber o item Genji Shield que quebra o limite do seu HP de 9999 para 99.999. 

Mail – Aqui você lê os emails que o Zack recebe de diversos personagens ao longo da gameplay. 

Shops – Em Crisis Core – Final Fantasy VII – Reunion a loja fica permanentemente no seu menu, porém você começa apenas com uma loja liberada, as demais você adquire fazendo sidequests e durante os capítulos do game. 

Options – Aqui você edita as configurações de áudio/vídeo, dificuldade, load, etc. 

Troféus / Conquistas

Dificuldade: 4/10

A minha parte favorita, as conquistas do Crisis Core são bem simples, porém o game não tem seleção de capítulos o que ocasiona em diversas conquistas perdíveis. A única dificuldade do game é a missão 9-6-6 onde você tem que derrotar uma chefe específica (Troféu Divine Rule Broken) mas isso é facilmente feito se você montar uma build com os Genji Sets e abusar do Materia Fusion. 

Existe um troféu (SOLDIER of Legend) que consiste em finalizar o game no HARD mas você pode jogar no normal e no final do game (antes do boss final) alterar a dificuldade para HARD e finalizar o game, não sei se foi proposital da Square deixar dessa forma, poderá ser corrigido em patchs futuros. 

Levei em torno de 35h para fazer todas as conquistas.

Conclusão

Como remaster, esse jogo saiu muito além das expectativas e é uma aula de como se fazer um remaster de qualidade para sua fanbase e para os iniciantes que desejam conhecer mais a fundo esse imenso mundo de FF7, acredito que todos que jogaram até o final desfrutam deste mesmo sentimento. 

Mesmo sabendo como o jogo termina até antes de iniciar você não consegue deixar de se emocionar e a música final (Why – Ayaka) só complementa isso de forma majestosa. 

As 300 missões secundárias podem ser um tanto chatas e repetitivas, mas se você deseja os 100% terá que fazer todas elas. 

Eu como bom fã da série Final Fantasy recomendo a vocês após finalizar esse belíssimo game jogar a versão do FF7 de 1997, assistir ao filme Advent Children e após isso jogar (ou rejogar) o remake do FF7. Só de lembrar o final do FF7R e as alterações que eles fizeram a cabeça chega a explodir, a hype pelo Rebirth é maior que 8000 e esse remaster caiu como uma luva para complementar essa nova linha do tempo do FF7. 

Obrigado a você que chegou até aqui, gostou da review? Deixe seu comentário. See ya.

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