
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Ratalaika (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Ratalaika
Produtora: Analgesic Productions
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch / PC / Mac OS / Linux
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2021 / 2023

Sephonie é um jogo de exploração e puzzle 3D onde três biólogos vão à inabitada ilha homônima explorar a floura e fauna locais através de uma poderosa conexão neural.
Amy Lin, Ing-wen e Riyou Hayashi são três pesquisadores que partem para a inexplorada ilha Sephonie, dispostos a estudar o bioma local.
Eles utilizam o sistema ONYX, uma ligação neural para explorar os dados através da conexão direta com os seres da ilha.


Ao chegarem à ilha, os três se veem presos e sem conexão com o exterior, dado o campo magnético que circunda a região.
Após analisarem alguns corais, eles adentram uma caverna muito mais profunda do que aparentava, com diversos níveis de profundidade.


Agora eles precisam conectar-se aos diversos “órgãos” do bioma, que estão sendo atacados por um vírus (NULL), enquanto a própria ilha aprende mais sobre o passado dos exploradores.


É possível alternar entre os personagens apertando L2, sendo que cada qual possui uma característica mais marcante: Amy Lin salta mais alto, Riyou corre mais nas paredes e Ing-Wen corre mais rápido, mas de resto eles possuem as mesmas habilidades.
Para correr na parede, basta saltar em diagonal e segurar o R2 (botão padrão de corrida), mesmo botão que também funciona para o dash aéreo, quando pressionado após utilizar o pulo normal, com X; pressionando o X mais forte, o pulo é mais alto.


Ao aproximar-se de um organismo, um aviso de possível link será mencionado, bastando pressionar Triângulo para iniciar o processo.
O link neural do ONYX funciona através de um puzzle de posicionamento de peças modulares. Semelhante ao estilo de peças do Tetris, porém aqui o objetivo não é fazer as peças caírem para formar linhas, mas sim ocupar o máximo possível de espaços.


Cada peça pode ser rotacionada com L1 e é fixada com X no local desejado, caso haja espaço e não forem encontrados obstáculos.
Acima do puzzle, uma barra indica o progresso até que a conexão seja efetiva e os quadrados amarelos ao lado indicam a quantidade de movimentos disponíveis no turno.
A cada turno completo, você deve segurar R2 para finalizá-lo. Caso utilize poucas peças e um dos marcadores na barra não seja atingido ou aproximado, o personagem perde uma tentativa, indicada pelos dois círculos vermelhos ao lado da foto.


Os campos onde as peças são colocadas mudam de formato a cada organismo, bem como os modificadores: pedras que precisam ser quebradas ao colocarem-se peças em seu entorno, orbes que apagam o quadrado da peça em sua área, bactérias que empurram as peças, etc.


Além dos puzzles de link neural, cápsulas com lembranças são encontradas por toda a ilha, contendo informações sobre o passado de um dos três biólogos.
Não por acaso, estas cápsulas estão lá dada a conexão feita entre o trio e a ilha em si: Sephonie é um bioma que funciona como um grande organismo, comunicando-se entre si e aprendendo com seus visitantes.


Através das cápsulas e das conexões com os principais organismos é possível aprender mais sobre os desbravadores: Amy Lin veio dos EUA, Riyou do Japão e Ing-Wen de Atlantis.


Os mapas são amplos e possuem um alto nível de verticalidade, sendo explorados através dos saltos e dashs, além de modificadores locais, como “morcegos” que podem ser utilizados como impulso através de suas línguas, flores que criam asas temporárias nos personagens, esponjas que desmancham ao toque (permitindo a passagem por novos locais ou apagando o caminho natural de progressão, precisando ser restauradas), entre outros.



Enquanto os diferentes níveis da caverna são estruturas naturais do local, há áreas diferentes, extrapolações fantásticas da realidade, que refletem a mistura entre o mundo de cada um dos cientistas e o entendimento de Sephonie enquanto mente coletiva.
Estas áreas possuem construções voadoras, estradas íngremes e descontinuadas, memórias de conversas da vida real, etc.


O gráfico de Sephonie possui texturas “borradas” que combinam com o tom levemente onírico do título e que tornam a experiência mais palatável, dada a quantidade de organismos e locais estranhos visitados, com muitas mucosas e áreas pegajosas…


Os três personagens principais são facilmente identificáveis por suas cores de roupas e biotipos diferentes.
As criaturas que habitam a ilha possuem visuais mais normais em sua superfície, mas conforme adentra-se a caverna, as estruturas ficam cada vez mais “alienígenas”, possuindo formas que misturam animais, plantas e órgãos.


A trilha sonora é bastante relaxante e tranquila, o que ajuda a acalmar o jogador depois de sessões complexas de longos saltos e caminhadas pelas paredes.
A platina é, por si própria, fácil de ser obtida, consistindo em finalizar a trama, jogar o epílogo e visitar a sala secreta, sendo os outros troféus relacionados a conectar-se com 10 criaturas não necessárias para a progressão, bem como coletar 20 cápsulas não correlatas à trama.
RESUMO DA ÓPERA:
Sephonie é um jogo de plataforma 3D e puzzle com um lore complexo e uma constante sensação de que há mais por trás do que está sendo revelado.
A relação dos protagonistas com a ilha em si e o entendimento de seus mundos e memórias mostra-se cada vez mais curioso.

O gráfico simples e a trilha sonora pacífica combinam bem com a constante sensação de unificação entre humanidade e natureza, uma simbiose retomada ao adentrar a ilha.
Sephonie é uma experiência “lisérgica” e com um quê espiritual, pensado e desenvolvido inteiramente pelo estúdio Analgesic Productions, composto por apenas duas pessoas: Melos Han-Tani e Marina Kittaka (também responsáveis pelo título Even The Ocean).