Review / Tutorial de Even The Ocean

* Esta análise foi feita com o código cedido pela Ratalaika (versão PS4)

Distribuidora: Ratalaika Games
Produtora: Analgesic Productions
Plataforma:  PlayStation 4 / Xbox One / Switch / PC /macOs
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2020 (2016 no PC e mac)

A Engenheira e Os Geomes

Aliph é uma engenheira de usina aprendiz.
Em seu primeiro dia de serviço, na usina de Fay Rouge, sua tutora, Cassidy, morre em um trágico acidente.
Aliph tem sua roupa de proteção destruída e precisa sobreviver apenas com seu escudo.

Ao ser resgatada, retorna à cidade de Whiteforge, sendo recebida pelo prefeito, Richard Biggs, que a designa para reativar as três usinas que mantêm a energia da cidade, ao lado de outros dois engenheiros.
Aliph recusa a nova armadura oferecida, mantendo apenas o escudo como companheiro.

O Prefeito Biggs usa as vitórias de Aliph como propaganda política


Neste ponto fica claro que o prefeito quer usá-la como uma heroína da cidade, para propaganda do governo.
Quando tudo parece resolvido, três criaturas gigantes surgem próximas às usinas: os Geomes, seres que combinam partes animal, vegetal e mineral.
Para combatê-los, Whiteforge precisa de força máxima para disparar os canhões de proteção, tarefa que caberá novamente à Aliph, que agora precisa reverter o funcionamento das usinas.

Solucionando Problemas Pacificamente

Even The Ocean é um jogo de plataforma 2D sidescroller, com elementos de puzzle, sem combate.  

O jogo possui um interessante sistema de navegação e de vida interligados.
A personagem não possui uma barra de vida, mas sim uma barra entre as energias Luz (verde) e Escuridão (roxa)
Aliph pode ser atingida por ambas as energias, o que não é considerado dano, mas influencia para que lado a barra avança; se uma das energias preencher completamente a barra, a engenheira morre.
A predominância da energia de Luz aumenta os saltos e da energia da Escuridão permite correr mais rápido.

A barra entre as energias substitui a famosa barra de vida


Os puzzles para navegar e ativar as usinas envolvem diretamente o uso das energias no corpo de Aliph, que servirão para energizar portas e ativar mecanismos.
Feixes com as energias podem ser usados para “quicar” a personagem com o uso do escudo.
Alguns puzzles envolvem barras horizontais e verticais com orbes móveis que precisam ser colocadas em mecanismos específicos para a abertura de certas portas, enquanto Aliph evita encostar em orbes de ambas as energias ou deixar que a orbe da barra as toque.

Falando no escudo, ele serve como proteção, podendo ser fixado nas costas ou usado para bloquear energias nas quatro direções, bem como usado para potencializar saltos usando fluxos de vento (ou reduzir sua ação sobre a personagem).

O foco do jogo é a solução de puzzles


O jogo possui um mapa mundi, semelhante aos RPG’s de PSOne, que funciona como HUB entre Whiteforge e as demais localidades.
A cidade é dividida em pequenos distritos, com museu, livraria, área administrativa, cemitério, depósito de lixo e área residencial.

Contemplando Paisagens

O gráfico possui uma interessante variação entre arte pixelada e “efeito aquarela”, com cores “lavadas” nos cenários e no mapa mundi.
A história é contada através de diálogos estáticos mas, mesmo sem nenhuma dublagem, a trilha sonora suave torna a leitura menos cansativa.

A arte mistura pixels e um estilo mais aquarela


Falando na trilha sonora, ela é bastante relaxante, com um número grandes de faixas; em alguns momentos esta calmaria pode até se tornar monótona, já que o jogo não possui combate e é mais focado na solução dos puzzles.

A platina é bastante tranquila, consistindo em visitar algumas áreas específicas de Whiteforge, finalizar os capítulos e zerar o jogo, além de uma área específica que pode ser visitada pós-zerada.
Aliás, após zerar, opções diferentes são abertas, como áreas extras, comentários dos criadores e até opções de movimento mais rápido para Aliph.


RESUMO DA ÓPERA:
Even The Ocean é uma daquelas pérolas que passam batidas por grande parte dos jogadores, especialmente nos consoles.
A complexidade de roteiro, lore, personagens e mecânicas é impressionante, especialmente quando se considera que a Analgesic Productions é composta por duas pessoas: Marina Kittaka e Melos Han Tani.

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