Review / Tutorial de Remote Life

* Esta análise foi feita com o código cedido pela Ratalaika (versão PS4/PS5)

Distribuidora: Ratalaika Games
Produtora: Next Game Level
Plataforma:  PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch / PC
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2019/2022


Remote Life é um shmup 2D sidescroller e dual stick shooter com temática espacial.

A humanidade está à beira do colapso após um ataque devastador de alienígenas insectoides.
Os tipos são os mais variados possíveis, mas todos funcionam de forma parasitária e são controlados por uma “colmeia”.

Você pode escolher entre três naves diferentes… assim que atingir o nível necessário para acessar as outras duas

No papel de John Leone, você embarca na sua nave, com a missão de destruir a colmeia de dentro para fora.
Esta missão, no entanto, é praticamente suicida e você perceberá isso logo de cara.

A dinâmica de dual stick shooter adapta-se muito bem ao gênero shmup

Os cenários claustrofóbicos, onde você possui pouco espaço para manobrar nos labirintos móveis e repletos de inimigos, mostram que o jogo não permite erros, pedindo precisão do jogador.
Remote Life é quase como um teste de baliza, se um teste de baliza tivesse várias naves e monstros tentando constantemente te atacar… e as balizas mudassem de formato e movimento.

John aprendendo o básico entre asteroides
E logo os cenários vão ficando mais apertados

Ao contrário dos shmups do estilo horizontal, onde geralmente os tiros recebem upgrades, aqui você coleta diferentes armas, podendo carregar três tipos de tiro por vez. Quando acabam, você volta para os tiros iniciais, estes com munição infinita (mas menor poder de fogo).

Tiros mais poderosos possuem pouca munição

Além das diferentes armas coletáveis, com tiros direcionados ou expansivos, há ataques mais fortes, como bombas e minas terrestres, estes com uso bastante restrito.
Você tem até cinco vidas, podendo recarregar uma sempre que encontrar um coração no cenário; eles são raros e muitas vezes aparecem em locais complicados. São também um teste de paciência, pois o título, como um todo, pune os afobados, que querem logo avançar para o limite da tela, podendo assim esbarrar no cenário ou dar de cara com poderosos inimigos.

Os ataques especiais possuem muito poder, mas são escassos

As formas insectoides também mesclam-se com máquinas e formas “aquáticas”.
De baratas gigantescas a peixes mecânicos, passando por pequenos vermes em ovos, formas biomecânicas com dentes saindo de carne exposta em meio ao maquinário, a criatividade é grande.

Humanos sendo descarados no espaço, próximo de ovos contendo vermes… MUITO CUIDADO COM ELES
Uma fase variada, onde você controla um veículo terrestre

Os chefes são gigantescos e possuem poderosos ataques, além de utilizarem-se do cenário para criar armadilhas.
É recomendável chegar a eles com uma boa quantidade de vidas, pois você pode perdê-las facilmente aqui (e precisará recomeçar a fase do início até chegar novamente neles).

Este é um inimigo comum do jogo…
… já este é um dos chefes, que pra ajudar ainda solta uma espécie de ácido lisérgico

A arte de Remote Life é um de seus grandes trunfos, com belos gráficos, misturando 3D com 2D desenhado e muitos efeitos de transparência.
O estilo artístico lembra o visual biomecânico de H. R. Giger (artista plástico suíço, famoso especialmente pela criação dos xenomorfos da franquia Alien), com criaturas grotescas, misturadas às máquinas.

H. R. Giger ao lado de sua arte Biomecânica
E a arte de Remote Life, que parece inspirada no artista suíço

A trilha sonora é composta de música eletrônica bastante agitada, que se incorpora muito bem ao caos na tela.
Mesmo não sendo fã deste gênero musical, confesso que me peguei “dançando” na cadeira, ao ritmo rápido dos sintetizadores.

Quem não gosta de uma boa missão de proteção?
Uma ajudinha pra dar aquela desestressada!

A platina de Remote Life é “””fácil”””, uma vez que basta finalizar o jogo, sendo cada troféu uma das 16 fases.
A dificuldade fica por conta do alto desafio do jogo.

RESUMO DA ÓPERA:
A primeira pergunta que nos vem à cabeça ao jogar Remote Life é: por que a combinação de dual stick shooter com shmup horizontal não é popular?
A combinação parece perfeita no título, com alto desafio, permitindo manobras e ataques que outros shmups não conseguem realizar.

Aproveitando pra se aproximar do alvo enquanto os inimigos não me detectam…

O desafio brutal do jogo é abrilhantado pela arte biomecânica de cair o queixo e uma trilha sonora eletrônica visceral, assim como seus inimigos (dá pra acreditar que este jogo foi criado por uma pessoa?).

Lutas contra chefes poderosos, hordas de inimigos atacando de todos os lados e cenários repletos de armadilhas, Remote Life é um desafio hardcore para os fãs do gênero.
A dificuldade torna-se assustadora em alguns momentos (alguns é bondade minha), mas com persistência, você consegue salvar a humanidade dos alienígenas.

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