Review / Tutorial de Panzer Dragoon: Remake

Ah… a década de 90, uma época onde muita gente sonhava em ter diversos consoles, tanto pela rivalidade quanto pela potência. A indústria era muito mais disputada entre as concorrências e cada console novo anunciado era uma experiência diferenciada
Época onde apostavam muito com gêneros e suas qualidades particulares

Eis que nessa década, existiu Panzer Dragoon, produzido pela já desativada, Sega Team Andromeda, lançado originalmente em 1995 para o Sega Saturn, sua proposta era diferenciada pela sua jogabilidade on rails, caso não saiba é aquele gênero que a câmera vai automaticamente se deslocando, e você deve acertar alvos no tempo correto antes de eles te acertarem, como exemplo posso citar Virtua Cop 2 e House of the Dead.

Panzer Dragoon além de apostar no seu timing de alvos, aposta também no seu tempo de reação com relação ao que você no cenário, exigindo que você atire, mire e desvie, caro amigo… vamos então relembrar essa franquia com seu primeiro jogo relançado inicialmente para Nintendo Switch e Stadia no início do ano, e agora para Playstation 4 e PC pela TA Publishing e Forever Entertainment, sendo desenvolvido pela sua subsidiária MegaPixel Studio.

Código cedido pela Forever Entertainment para Review, versão Playstation 4

Título: Panzer Dragoon: Remake
Gênero: Shooter, On Rails
Desenvolvedora: MegaPixel Studio
Publicadora: Forever Entertainment / TA Publishing
Plataformas: Nintendo Switch / Stadia, Playstation 4 / PC
Lançamento: 2020 (26 de março NS / Stadia, 25 de setembro PC, 28 de setembro PS4)
Mídia: Digital e Física (por prints limitados)

Tela Título

História / Enredo

Panzer Dragoon se passa em um planeta pós apocalíptico, onde os seres humanos restantes disputam por terras, recursos e tecnologia de seres denominados The Ancients, definidos assim por uma vez já terem controlado uma civilização avançada e abrangente. Eles eram capazes de treinar monstros para usarem na guerra ou na praticidade.

Entretanto, um cataclismo misterioso, sugerido como uma espécie de guerra, provocou a queda destes seres e quase o fim do mundo, deixando como sobreviventes apenas as criaturas treinadas por eles, vivendo uma existência sombria entre os próximos milênios. Eventualmente, com o passar dos anos, pessoas viram toda a existência das obras tencológica dos Ancients e acabaram ganhando um respeito inimaginável, tornando-se assim lendas e despertar de curiosos.

O resquício desta tecnologia é usada no desenvolvimento de armamentos e veículos antes nunca vistos, onde uma facção chamada The Empire tem o controle dela para tomar conta de todo o continente.

Keil Fluge, um mero integrande de um grupo de caçadores, avista um dos navios flutuantes e vai investigar onde ele vai, no meio do caminho, ele se depara com uma batalha entre um dragão escuro e um dragão branco, onde quase perdeu sua vida, sendo salvo pelo cavaleiro do dragão azul. Durante seu breve diálogo, ao tocar no cavaleiro, Keil teve uma espécie de visão da missão que o cavaleiro estava, uma espécie de artefato, pedindo para que não deixassem o dragão escuro chegar lá e que seu dragão Solo Wing saberia o caminho, confiando assim sua missão à ele, vindo à falecer em seguida…

Em uma espécie de retribuição por ter salvo sua vida, Keil aceita tomar domínio de Solo Wing e parte em busca dessa missão inesperada…

Deixo aqui a premissa em forma de vídeo, que é prólogo e abertura do jogo:

Gráficos

Feito pela Unity, o jogo conta com gráficos retocados do original, com efeitos bonitos, porém simples. A paisagem e reflexo na água dá um tom bonito ao jogo que tem uma coloração bonita e nível elevado, porém sem incomodar os olhos.

O jogo conta com cenas em cg’s, também retocadas da original e com maior resolução (obviamente).

Som/OST

A trilha sonora nova foi adicionada por meio de update na versão SW, feita por Saori Kobayashi, sendo toda orquestrada, seguindo o padrão do original, composta por Yoshitaka Azuma.
Para questão de comparações, é possível analisar neste vídeo aqui, caso queira tirar a curiosidade:

A dublagem existe, porém o jogo conta com uma linguagem própria, não sendo reconhecível foneticamente.

Jogabilidade

O sistema de trilhos do jogo tem seu próprio ritmo de movimento, o que exige uma certa destreza para a movimentação e mira, no estilo clássico, a mira e o movimento funcionam em conjunto, porém, é possível escolher entre dois esquemas de controles:

A única diferença com relação ao esquema é o uso separado da mira e movimento, assim como a escolha entre botões e gatilhos para Keil atirar com a arma.

Sistema de Jogo

O HUD do jogo é simplório e incrivelmente limpo…

O máximo que você tem no HUD é isso…

O HUD além de ser limpo, conta ainda com a opção de ser retirado da tela em alguns momentos…
Elementos simples: life, mira, campo de visão (superior direito)

Se aventurando com Solo Wing e Keil

Como dito antes, e volto à chamar a atenção, o jogo se baseia em on rails.
O deslocamento de Solo Wing onde voar, que lado ir, é automático, entretanto, você deve tomar cuidado com as coisas que acontecem na tela no decorrer da fase, seja pelos projéteis dos inimigos ou desviar de algo no cenário que possa te acertar ou até mesmo por estar desabando…

Além dos inimigos, há perigos também no ambiente…

Caso usar o esquema clássico, a movimentação e a mira funcionam em conjunto, porém é possível centralizar a mira apertando L3, no moderno, cada analógico fica com uma função.
A mira tem sistema de profundidade, sendo mostrado pelos diversos quadrados, indicando a previsão de linha de tiro dos projéteis.

Quem jogou o clássico não terá problemas…

A vantagem é que Keil tem uma pistola automática, podendo ter uma cadência de tiro conforme sua velocidade de ataque, alternando os 2 botões de tiros, tornando um combate mais interessante e frenético, podendo até mesmo evitar os projéteis dos inimigos, sim, você pode atirar nos projéteis e evitar dano, caso tiver percepções boas.

Além disso, você pode usar o charge shot que ajuda em mirar automaticamente nos inimigos (alvos marcados na tela), soltando o botão os tiros irão diretamente nos inimigos marcados.
OBS: todos os campos da sua mira começam à girar, indicando o lock-aim.

Contudo, além de você ter que tomar cuidado com o cenário, você deve tomar cuidado ao seu redor…
Keil é capaz de atirar em 360º, mas necessita estar virado para os lados que precisa atirar

O indicador do lado superior direito mostra o campo de visão de Keil com relação ao Solo Wing, apertando L1/R1, a câmera irá rotacionar 90º para o lado que quer.
Pontos amarelos são inimigos minions, pontos vermelhos são inimigos mais resistentes, que talvez precisem de uma boa dose de tiros.

A tecnologia, até então desconhecida, também te trará desafios, se trata dos bosses do jogo, ou seja, os veículos da organização The Empire…
Os chefes terão seus padrões e fases de batalha, seja conforme a diminuição da barra total, ou até mesmo a troca dela por outra… então preste atenção antes de considerar vitória antes da hora…

Troféus / Conquistas

Dificuldade: 5/10

Apesar de dar 5, a dificuldade para veteranos da franquia será 2 na minha opinião, quem não jogou pode sim ter problemas, sendo necessário terminar o jogo no hard, terminar uma fase com 70% de life ou mais, ter 70% de precisão em todas as fases (com exceção da última), acessar o menu pandora e… não sei porque tudo isso… jogar 100 horas. (talvez aqui separe a platina de muita gente)

Considerações Finais

Panzer Dragoon Remake é um bom jogo com ar de saudosismo, mantendo todo o clássico revitalizado em gráficos modernos.

Talvez decepcione os que esperavam novidades grandes, mudanças drásticas no seu gameplay ou até mesmo adições de fases, mas quem já jogou na época vai simplesmente ter a nostalgia na sua experiência.

A duração do jogo é curta, questão de 1 hora e meia se jogar sem dificuldades, com 6 fases, mais a luta final.
Ao terminar o jogo uma vez, os créditos mostrarão as artes conceituais do jogo e você será recompensado com a revelação do código do menu pandora.

A performance do jogo é boa, no PS4 FAT em sua maioria de tempo fica em 60fps, porém na sexta fase é variante.

As dificuldades se baseiam em inimigos mais agressivos e rápidos, além de sofrer um dano maior dos projéteis e ambientes, além do número de créditos para usar continue, caso vier à morrer no jogo, é diferente conforme a dificuldade (ou seja, no HARD é 0), sendo necessário ter uma precisão acima de 85% nas fases para ganhar créditos.
Devo frisar que não há modo multiplayer no jogo.

Vale a pena para quem quer ter uma sensação de reviver uma época enquanto joga, ou simplesmente quem quer conhecer a franquia de forma fiel nos tempos de hoje…

Como não aceitar em ajudar Solo Wing à evitar o mal com essa expressão??

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