
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Zerouno Games (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Zerouno Games
Produtora: Zerouno Games / Nuberu Games
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch / PC
Mídia: Física e Digital
Ano de Lançamento: 2022

Metal Tales Overkill é um dual stick shooter rogue-lite com temática focada nos gêneros de metal.
WARRIORS OF THE WORLD
O demônio Kuk apoderou-se dos deuses do metal, convertendo fãs e músicas em zumbis controláveis.
Você assume o papel de um entre quatro guitarristas para enfrentar as hordas de monstros e fazê-los voltar às suas formas originais.

A história é essa mesmo, simples mas funcional, apenas uma desculpa para você praticar seus riffs matadores (literalmente).
Você pode usar o R2 para disparar na direção desejada, escolhida com o analógico ou optar pelos botões com direções específicas: quadrado equivale à esquerda, triângulo acima, círculo à esquerda e x abaixo.

Além dos tiros normais, você conta com amplificadores (R1), que servem como uma bomba, acertando inimigos em uma grande área, momento em que a música para de tocar (sem amplificador não dá, né?).
Upgrades temporários são utilizados com o L1, variando entre aumento do dano, velocidade, transporte rápido para outra área do mapa (ideal para fugas), etc.


Conforme você derrota os chefes, ganha acesso a membros famosos de bandas dos diferentes subgêneros do metal, como Shav, o baixista (Shavo Odadjian, do System of a Down), que desacelera o tempo. Os summons são ativados pelo D-Pad e variam conforme as partidas.

Há ainda modificadores de ataque e velocidade para o personagem, mas você pode carregar apenas um por vez, então pense bem antes de trocar o item (especialmente se você achar o Super Muscle, um martelo prateado que mata praticamente todos os inimigos com um acerto).
As guitarras também podem ser trocadas (achadas em salas de presente ou compradas na loja) e afetam a velocidade dos disparos e sua força.

WAR ETERNAL
Os inimigos variam entre vários tipos de “metaleiros” (headbangers), passando pelo bêbado, o mosher e incluindo o screamer (que dispara um raio rosa pela boca) e possui um estilo Robert Plant de caminhar ou Ronnie, com sua roupa de motoqueiro e grito potente que acerta toda a área (claramente inspirado em Rob Ralford) e, claro, garrafas voadoras de cerveja!

As salas são geradas proceduralmente, passando por bares, shows abertos e, como não poderia deixar de faltar, o inferno.
Ao explorar o cenário, diferentes salas com funções específicas podem ser encontradas, como salas com presentes, lojas, salas com armadilhas e salas-desafio (você aperta o botão no chão e precisa sobreviver às hordas inimigas).

Por se tratar de um rogue-lite, há uma série de upgrades que podem ser comprados conforme você realiza tarefas e acumula pontos, sendo usados sempre que morre, para comprar melhorias permanentes, como velocidade, dano, diferentes guitarras e mais itens para vender nas lojas.

A sala com a grande caveira representa o chefe e há uma variedade deles: você não irá enfrentar todos em uma única run.
Os chefes são inspirados em diferentes vertentes do gênero, como o viking, o cara do black metal e o demônio propriamente dito.


EMPIRE OF THE CLOUDS
O gráfico de MTO é seu ponto fraco: os personagens não possuem muitos contornos, o que fica evidente nos closes.
A história é curta, mas contada através de quadrinhos, mas não espere nada profundo.

Já a trilha sonora é o ponto de destaque do jogo, contando com uma série de bandas mais undergrounds, como Nereis, Despite, Hyperion e Legacy Of Brutality.
Não há vocais (com exceção de algumas lutas contra chefes, o que até combina com o estilo do jogo, focando apenas na parte instrumental.

PALHETANDO PLATINAS
A platina de Metal Tales Overkill não é particularmente desafiadora… ao contrário do jogo!
A maior parte dos troféus envolve completar determinadas fases e matar os chefes, além de morrer 100 vezes e gastar 100 moedas na loja.

RESUMO DA ÓPERA DO SHOW:
Metal Tales Overkill é uma interessante experiência pelo mundo e estereótipos do metal.
O alto desafio é recompensado com uma ótima trilha sonora, além de inimigos e chefes inspirados em diversos clichês comuns ao fã do estilo musical (estou nessa lista).
A parte gráfica apresenta alguma defasagem, especialmente por tratar-se de um port do jogo original: Metal Tales Fury Of The Metal Gods, de 2016.

Apesar de algumas pequenas falhas, Metal Tales Overkill diverte com sua experiência frenética e rápida, enquanto você enfrenta hordas de inimigos zumbificados e desvia de vômitos, garrafas voadoras e gritos ensurdecedores.
Recomendado especialmente aos fãs do Metal!