
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Team 17 (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Team 17
Produtora: Team 17
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch / PC / Quest 2
Mídia: Física e Digital
Ano de Lançamento: 2023

Killer Frequency é um jogo de terror/suspense e puzzle onde você assume o papel de um apresentador de rádio que tentar salvar os ouvintes de um assassino serial à solta pela cidade.
O ASSOBIADOR
Gallows Creek é uma pacata cidade do interior dos EUA, onde o DJ/apresentador Forrest Nash foi morar e trabalhar, no ano de 1987.
Outrora um DJ de sucesso em uma grande rádio, na KFAM o público é muito menor, especialmente para o programa noturno que ele apresenta: O Grito.


Embora pequena e calma, a cidade esconde o segredo do serial killer que aterrorizou o local nos anos 50.
O Assobiador, supostamente morto, voltou à ativa durante a Noite do Assobio, quando os jovens da cidade passam trotes pelo telefone e fingem ser o Assobiador pelas ruas de Gallows Creek, perpetuando a lenda do assassino.
189.16 – O GRITO
É justamente na Noite do Assobio que encarnamos Forrest Nash, acompanhado pela sua produtora e responsável por controlar as ligações telefônicas, Peggy Weaver, durante a apresentação do programa O Grito, no qual os ouvintes são desafiados a identificar um grito e a situação em que se encontra.


A primeira ligação da noite, entretanto, irá mudar o rumo do programa, quando a oficial Leslie telefona para a rádio, informando a morte do xerife Matthews.
A outra policial local, Martinez, foi nocauteada pelo assassino, forçando Leslie a buscar reforços na cidade próxima, há algumas horas de distância.


Desta forma, ela transfere as ligações da emergência para a KFAM, tornando Forrest e Peggy responsáveis por ajudar os moradores de Gallows Creek via telefone.
Seu papel enquanto apresentador é tocar as músicas dos LP’s (estamos nos anos 80) e os comerciais em fita K-7, além de atender as ligações e tentar salvar os locais.
DETETIVE E ESTRATEGISTA AMADOR
As principais ligações irão girar em torno das aparições do Assobiador e cabe a você guiar os ouvintes para que eles sobrevivam aos ataques, ocorridos entre meia noite e 4h da manhã.
Enquanto algumas situações serão resolvidas através unicamente das opções de resposta, outras necessitam de mapas e anotações para garantir a sobrevivência da audiência. Mas é claro que não é possível resolver tudo através do estúdio…


Peggy controla a situação da cabine, administrando as ligações enquanto Nash precisa explorar o restante da estação de rádio, investigando escritórios, banheiros e outros cômodos do prédio.
Sempre que necessário, Peggy passa a chave do local correspondente por baixo da porta da cabine, nunca saindo do local (conveniente).


Cada ligação pedindo ajuda coloca a vida do ouvinte nas mãos de Nash, mas é claro que nem só de ligações de emergência vive a estação…
Pessoas tentando promover seus negócios através de ligações (Brian Ponty com as malditas ligações sobre a Ponty’s Pizza, por exemplo) e trotes telefônicos (afinal, estamos na Noite do Assobio) dão variedade aos ouvintes d’O Grito.


Durante a navegação pela estação, é possível encontrar mais discos para tocar e algumas fitas com mensagens “suspeitas”, além de muitos outros segredos escondidos…
No estúdio, enquanto mata (ops) o tempo, é possível arremessar bolinhas de papel na lixeira, à distância, que inclusive possui uma cesta (sendo os acertos contabilizados via menu).


Os controles utilizam simulação de movimentos para pegar objetos com o R2, sendo as mãos alternadas com L1 (você pode carregar até dois objetos por vez) e o L2 como o botão que solta os itens, caso haja uma base para eles; também é possível arremessá-los (como as bolinhas de papel) com o Triângulo. Quadrado é o botão para investigar os objetos.
Abrir portas e manipular tampas é feito com o uso do X segurado e o movimento realizado com o R3.
RADIO GA GA
A arte de Killer Frequency possui um estilo semelhante ao cell shading, porém com cores mais vivas e brilho.
A estação possui neon e cores brilhantes, típico dos anos 80.
Não há interação direta com seres humanos, com exceção de rápidas visualizações do Assobiador.


O título faz um excelente uso da dublagem, sua base de sustentação, especialmente nas vozes de Josh Cowdery (Forrest Nash) e Naomi McDonald (Peggy Weaver). Naomi, inclusive, aparece sempre pelo vidro da cabine, mas apenas através de sua silhueta, comemorando após um salvamento ou preocupada em momentos de tensão.
A trilha sonora orgânica é discreta, com um tema mais tenso ao sair do estúdio.
De resto, enquanto DJ, você é o responsável por escolher a trilha sonora entre as ligações.
DISQUE 911 PARA PLATINAR
A platina de Killer Frequency exige ao menos duas runs, sendo uma onde você deve salvar todos os ouvintes e outra onde todos devem morrer.
Afora isto, salvar todos em menos de quatro horas (o save manual é seu amigo) é um troféu mais desafiador e pode render uma terceira run, quando você já souber o que fazer e onde encontrar os itens necessários.
Os demais troféus envolvem coletáveis e outras variantes, não sendo um grande problema.
RESUMO DA ÓPERA:
Killer Frequency é um thriller diferente, colocando o jogador no papel de Forrest Nash, um apresentador de rádio que se vê como a única esperança para os moradores de Gallows Creek durante o ataque de um serial killer do passado.
De uma forma curiosa, o título consegue manter a tensão mesmo com o jogador protegido (na maior parte do tempo) em seu estúdio.
Salvar vidas dependendo apenas das respostas certas e da interpretação correta de mapas e anotações funciona muito bem como catalisador de urgência.

A dublagem faz um ótimo trabalho ambientando a cidade e seus habitantes e o jogo possui um clima de humor negro no ponto certo (e que pode ser acrescido em sua acidez dependendo das respostas escolhidas pelo jogador).
Um título de suspense e puzzle bem diferente do habitual, Killer Frequency transforma o jogador em um guia de salvação (ao invés do lugar comum de salvador direto).
Divertido e viciante, Killer Frequency entrega uma experiência completa e rica, trabalhando com poucos (mas bem administrados) elementos.