
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Ratalaika Games (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Ratalaika Games
Produtora: Senile Team
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch / PC / Dreamcast
Mídia: Física (apenas Dreamcast) e Digital
Ano de Lançamento: 2021 / 2022

Intrepid Izzy é um jogo de plataforma metroidvania sobre uma jovem exploradora que acidentalmente liberta um gênio maligno.
Izzy é uma exploradora que encontra, em um antigo templo, um misterioso baú.
Ao abri-lo, esperando encontrar um tesouro, ela se depara com um gênio maligno, que lança um raio, destruindo as ruína onde ela se encontrava.
Agora, Izzy precisa encontrar quatro cristais até desbloquear a passagem até o reino onde o poderoso gênio está e derrotá-lo.


Lançado inicialmente em 2021, em formato físico, para o Dreamcast (sim, você leu certo!), Intrepid Izzy recebe agora o lançamento digital nos consoles atuais.
O título possui um interessante sistema que mistura plataforma e beat’em up em um formato metroidvania.


Inicialmente a protagonista possui apenas sua habilidade marcial e o “hadouken” à sua disposição, mas isto muda conforme ela desbloqueia roupas com novas habilidades.
A roupa de mineradora permite arremessar dinamites; a roupa de esquilo possibilita flutuar quando sobre ventos vindos do chão ou planar saltando de locais altos, além de liberar um pequeno vento pela mãos; a roupa de vampiro permite transformar-se em morcego e lançar um “kouken” pela mão (a magia da Chun Li) e a roupa de ninja também utiliza o kouken, além de possuir uma espada para ataques e permitir um segundo salto, girando com a espada no ar.


Há uma cidade que serve de HUB, onde é possível comprar itens de cura e energia, além de fazer o upgrade de vida com o mago (apenas após achar quatro pedaços de coração), um arcade onde é possível jogar três jogos e a sua casa, local com a cama, que recupera sua vida e enche a energia após uma noite de sono, contendo também o guarda-roupa, para trocar a vestimenta conforme a necessidade da fase.
Para voltar à cidade, basta utilizar um dos portais encontrados nas dungeons ou um espelho mágico, capaz de transportar automaticamente a protagonista para o cenário indicado (tal item precisa ser encontrado em um baú).


Os cenários dividem-se em uma ou duas longas sessões, com diversos desafios e inimigos, além de moedas, itens de cura e cristais roxos (que recuperam a energia do poder) espalhados em múltiplos níveis de verticalidade, alguns acessados apenas com roupas específicas. Existem também múltiplos segredos, alguns escondidos atrás de paredes quebráveis ou mesmo túneis entre diferentes áreas.


O save é feito de forma manual, ao falar com um homem de turbante, que localiza-se em uma pequena cabine. O checkpoint é feito através de uma placa com o rosto do gênio.


O gráfico de Intrepid Izzy é um de seus charmes, com animação fluída e em alta qualidade, sem a costumeira arte pixelada.
As cores são fortes e vivas, desde a protagonista com seu cabelo roxo, passando pela vasta quantidade de inimigos (de slimes de chéchia, aquele chapéu vermelho tradicional da Tunísia e outros povos islâmicos, até ninjas com diferentes armas e criaturas sobrenaturais).


A trilha sonora, composta por Ben Kurotoshiro, possui um nostálgico estilo semelhante aos jogos de plataforma da era de ouro.
O destaque vai para a música de Aztec Greece, que já vem à minha cabeça só de citar o nome da fase.
A platina de Intrepid Izzy é tranquila, embora envolva descobrir uma série de segredos, como todos os upgrades de vida, encontrar a roupa extra, conversar com todos os animais e localizar as dez ostras escondidas.
Os demais troféus serão pegos conforme se joga, naturalmente.
Após finalizar o título, é possível voltar em todos os cenários para explorá-los.


RESUMO DA ÓPERA:
Intrepid Izzy é uma curiosa homenagem aos clássicos de plataforma, trazendo a nostalgia de tempos mais simples nos jogos com uma arte em alta qualidade e uma trilha sonora viciante.

A jogabilidade fluída, com combos e poderes, é complementada pelo sistema de troca de roupas, que estimula o jogador a revisitar áreas para encontrar os diversos segredos.

Uma grata surpresa, Intrepid Izzy apela para a nostalgia, mas sem perder-se na armadilha de simplesmente copiar os clássicos e camuflar-se em uma arte pixelada.