Review / Tutorial: The Mummy Demastered

Ola, aqui é o Pena e hoje trago um metroidvania interessante, o The Mummy Demastered.

Ele foi produzido e publicado pela Way Forward em conjunto com a Universal Studios. Da Way Forward já fizemos os reviews do Shantae and the Seven Sirens e o River City Girls (entre outros que você encontra aqui).

O jogo é baseado no filme reboot “A Múmia” que saiu em 2017, usando o universo e evento dele dentro do jogo. A edição física do jogo foi lançada pela Limited Run Games.

Review feito em base da versão pra PS4
(Código cedido pela Way Forward)

Titulo: The Mummy Demastered
Produtora: Way Forward
Distribuidora: Way Forward
Gênero: Metroidvania / Plataforma
Plataformas: PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC (Steam e GOG)
Mídia: Físico e Digital
Textos: Português, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Alemão, Russo, Japonês, Coreano e Chinês

Série “A Múmia”

O resumo da série é bem curto, só pra entenderem o contexto do jogo

O filme original da “A Múmia” foi lançado em 1999 e teve uma boa repercussão, formando uma Trilogia. A história gira em torno do sumo-sacerdote Imhotep que foi amaldiçoado no Egito antigo devido aos seus atos e é revivido nos tempos atuais.

O primeiro filme do “Escorpião Rei” conta os ocorridos do “vilão” do 2º filme da série “A Múmia”

O que acontece a partir dai são várias aventuras que até gerou o spin-off chamado “O Escorpião Rei“, em que temos o ator “The Rock” como protagonista que remete aos casos do segundo filme da A Múmia.

Sofia Boutella vive a Princesa Ahmanet nesse reboot

Em 2017 tivemos o reboot da série, trazendo dessa vez a princesa egípcia Ahmanet como a Múmia, que após a sua prisão longe do Egito e ser apagada da história, retorna ao tempos atuais pra terminar o ritual que iniciou após o seu pacto com Seth, o deus da Morte.

Tom Cruise é o protagonista do reboot

No filme seguimos Nick Morton (vivido por Tom Cruise) que saqueia tumbas pra vender os artefatos no mercado negro. Foram as ações dele que trouxeram Ahmanet devolva ao nosso mundo, tendo que lutar contra esse mal antigo.

História do Jogo

Russell Crowe é o único ator do filme que teve seu rosto mostrado no jogo (fora a Sofia Boutella, claro)

Os acontecimentos do jogo são paralelos ao filme, aonde controlamos os agentes da Prodigium, que é uma agencia especializada em enfrentar criaturas que assombram o nosso mundo.

Em termos de história, o jogo não adiciona muita coisa importante aos acontecimentos do filme, mas é interessante ver certo ocorridos da história do ponto de vista dos agentes.

Gráficos

No jogo você encontra diversas referências as cenas do filme, como essa ambulância capotada

O jogo foi criado usando o motor gráfico Unity, usando pixel art (feitas por Thomas Feichtmeir) para a sua apresentação, com diversas referências aos acontecimentos do filme.

Um dos “pequenos” monstros que você enfrenta no jogo

As artes ficaram bonitas, tem vários pontos com muitos detalhes e como falei antes, as referências aos pontos do filme ficaram bem precisos. Os inimigos e cenários ficaram bem legais, principalmente os maiores que tiveram a oportunidade de colocar mais detalhes neles.

Infelizmente somente na entrada e finalização do jogo que temos esse tipo de arte, mas ainda assim o geral dele agrada bastante.

Áudio

As musicas do jogo são todas em chiptunes pra manter o visual retro do jogo, criadas por Monomer e Gavin Allen. No geral são musicas mais sinistras que combinam bem com o clima do jogo, com umas mais agitadas durante as batalhas de chefe, mas ainda assim não fogem doo estilo proposto.

As musicas do jogo estão no Spotify, então deixei a playslit aqui pra você curtir as músicas enquanto termina de ler o review.

Jogabilidade

Como todo bom metroidvania, temos um mapa pra ajudar na locomoção durante a partida, só que o mapa daqui pode atrapalhar um pouco, pois além de não marcar locais de itens pelo menos vistos ou pegos, não mostra as conexões entre as salas, o que atrapalha bastante quando você tá explorando e não lembra algum ponto. Pelo menos eles dividiram as áreas do jogo por cores e as salas especiais estão bem distintas.

  • Vermelho: salas com save points;
  • Lilás: pontos pra recarregar armas;
  • Amarelo: helicópteros para viagem rápida;
  • Verde: pontos de rapel pra conectar novas áreas.
Escolher bem as armas vai te salvar bastante no jogo

Nas salas pra recarregar armamentos você também pode escolher quais armas levará durante a exploração. É possível levar 2 armas (sem contar a arma principal) e um tipo de explosivo de arremesso.

No menu você tem uma visão geral do que você já adquiriu e pode ativar ou desativar os especiais que foram adquiridos.

O tiro da arma principal é infinito, mas como já é de se esperar, bem fraco, mas é algo pelo menos. Não existe nível nesse jogo, as melhorias são todas por equipamentos e upgrades escondidos no mapa.

Os explosivos são utilizados tanto pra causar dano como destruir barreiras do seu caminho. O que você consegue destruir com elas depende do explosivo.

Vários pontos você precisa utilizar o rolamento pra passar nesses cantos estreitos e também é utilizado pra escapar dos ataques inimigos

Uma das habilidades que você desbloqueia do jogo é o de se segurar no teto e usa-lo pra alcançar outros pontos, esse ficou interessante, não é com frequência que vemos isso nos metroidvanias.

Outra das técnicas é o super dash, no melhor estilo do Super Metroid, aonde você avança destruindo tudo no caminho.

Se morrer, perde vários equipamentos

Agora uma das coisas mais interessantes aqui é de quando você morre. Usando o tema do filme, o agente que morre é ressuscitado pela Ahmanet e vira um zumbi no local aonde você morreu.

O agente verde é o corpo do agente que morreu

Quando a morte ocorre, outro agente aparece no ultimo save point pra você continuar a campanha, mas aqui as penalidades são bem altas. Além de perder todas as armas que você estava no momento, também perde os upgrades de vida e munição e até mesmo os de habilidades. Pra recupera-los, precisa derrotar o zumbi que esta com os equipamentos, só que ele usa as armas contra você, então boa sorte hahahha.

Conquistas

Ufa, esse não tem speedrun

A lista de conquistas não foge do básico do gênero, então se prepara pra explorar bem o mapa (e advinhar certos pontos de saídas) pra completar ela. Das mais trabalhosas temos:

ConquistasDescrição
Undead AgentFechar o jogo sem morrer
Wrapping Things UpEncontrar todos os itens
World of Gods and MonstersCompletar todo o mapa

Conclusão

The Mummy Demastered traz um metroidvania no estilo clássico sem níveis, forçando o jogador a se adaptar com o que encontrar na campanha.

As artes gerais e musicas puxam o estilo de jogos mais antigos pra manter um clima retro pra lembrar a época do filme original, mas não se engane, ambas são muito boas, combinam bem com a proposta do filme usado como base.

A jogabilidade faz com que volte a diversos pontos conforme consegue novos equipamentos e habilidades, mas o jogador precisa ficar bem esperto pois a mecânica de morte aqui, usando o tema do filme, pode pegar muitos jogadores despreparados, principalmente aqueles que dependem demais das melhorias que foram adquiridas na campanha.

Infelizmente em termos de história, como a maioria dos jogos baseados em filmes, não acrescenta muita coisa pertinente, tanto que em nenhum momento é comentado sobre o que ocorre com os protagonistas do filme, mas ainda ainda vale a pena pela ação do jogo, só que como a maioria dos jogos do gênero, ele é meio curto, conseguindo fechar ele em menos de 5 horas, mesmo indo “as cegas” sem acompanhar nenhum guia.

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