
Ola, aqui é o Pena e hoje vamos com um Hack’n Slash inspirado em texto religiosos antigos, o El Shaddai – Ascension of the Metatron.
Essa versão da Steam foi desenvolvida e publicada pela Crim Co., Ltd., sendo o primeiro jogo deles pra ambas as áreas.
O jogo foi lançado originalmente pela Ignition Games para PlayStation 3 e Xbox 360 em abril de 2011 e esse é um port direto para o PC.

(código europeu cedido pela Crim Co., Ltd.)
Titulo: El Shaddai: Ascension of the Metatron
Produtora: Ignition Games (PS3 e Xbox) / Crim Co., Ltd. (Steam)
Distribuidora: Ignition Games (PS3 e Xbox) / Crim Co., Ltd. (Steam)
Gênero: Hack and slash
Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360 e PC (Steam)
Mídia: Físico e Digital
Textos: Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Alemão e Japonês
Dublagem: Inglês e Japonês

Detalhes Técnicos

Geralmente eu não entro nesses detalhes pros jogos de PC, mas é bom deixar uns detalhes antes de começar o review do jogo.
Não basta instalar o jogo, você precisa instalar o software PhysX da NVIDIA pra rodar esse jogo, ele te mostra a tela acima caso não tenha instalado.

Agora outros detalhes importantes:
- O jogo não funciona no teclado, então se você não tem um controle, arrume um antes de pensar em jogar esse (está até avisado na página da Steam, mas é bom deixar avisado aqui também);
- Se você for utilizar um controle do PlayStation 4 (usando esse como exemplo por não ter outros), você precisa ativar a opção do “Configurador de comandos genéricos” no “Big Picture” da Steam, pois o jogo não reconhece o controle e mesmo depois dessa configuração, todos os comandos dentro do jogo ficam com a interface do Xbox.
Contexto Religioso

O jogo foi inspirado por vários textos religiosos antigos, trazendo figuras bíblicas como Enoque, Ishtar e outros personagens dessas escrituras. Ter um conhecimento prévio sobre eles ajuda um pouco o entendimento de certos eventos, mas não é necessário um vasto entendimento disso, já que ele segue uma linha mais direta de eventos que não são exatamente ligados aos descritos nos textos.
História

No jogo acompanhamos Enoque, um humano selecionado por Deus pra agir como escrivão do Conselho dos Anciões. Só que esse trabalho foi alterado devido a certos ocorridos no Céu.

Ele recebe a missão de capturar os 7 anjos caídos que estão alterando o curso da evolução humana. Essa jornada é algo que mostrará o seu poder como guerreiro enquanto é acompanhado por Lucifel, que reporta todos os ocorridos diretamente para Deus.
Gráficos

O jogo foi feito usando o motor gráfico Gamebryo e traz dois extremos nele. Enquanto os cenários são muito bem feitos e detalhados, trazendo diversos efeitos de luz e locais psicodélicos muito bons.

Mas infelizmente os modelos 3D do Enoque e outros personagens que aparecem no jogo já não são tão detalhados assim, não houve uma tratativa de imagem neles, então os gráficos são os mesmos da época do lançamento original.
Não entenda errado, não são mal feitos, só que não envelheceram bem, então quem tem problema com gráficos mais antigos provavelmente ficará incomodado com isso.
Áudio

As musicas do foram feitas por Masato Kouda, que é conhecido pelo seus trabalhos com as séries Devil May Cry e Monster Hunters, junto com Kento Hasegawa, que trabalhou no DMC3 e na versão de PSP do Mega Man X, então já da pra saber que as musicas do jogo são excelentes, tendo várias que misturam a agitação do rock com os cantos pra manter o clima da história.
O OST dele está no Spotify, então deixei a playlist ai pra você curtir enquanto termina de ler o review do jogo.
O jogo é todo dublado, tento vozes em inglês e japonês. No lado oriental da dublagem pegaram um bom time pra trabalhar no jogo, tendo destaque:
- Shinichiro Miki: Dublador do Enoch (bem, dos ataques dele), faz o Randy Orlando da série Legend of Heroes e o Alucard da animação do Castlevania;
- Ryota Takeuchi: Dublador do Lucifel, fez o Gemma Garrison no Scarlet Nexus e o Alternis Dim no Bravely Second: End Layer;
- Junko Minagawa: Dubladora da Ishtar, faz a voz da Ada Wong nas suas apareções em japonês e a Wazy Hemisphere da série Legend of Heroes.
Jogabilidade

El Shaddai é um Hack’N Slash relativamente simples e direto, mas não é por causa disso que ele é fácil, vai dar bastante trabalho se acostumar com o jogo, principalmente por que ele não tem indicação ALGUMA na tela.

Como não temos indicações na tela, você precisa ficar de olho na armadura do Enoch, pois conforme recebe dano, ela quebra, até o ponto de ficar totalmente sem armadura, aonde o próximo ataque será fatal.
Mas aqui temos uma bênção. Caso recebe um ataque fatal, a tela começa a fechar. Enquanto tem essa animação, você pode apertar todos os botões várias vezes que o Enoch volta a vida com mais ou menos metade da armadura, podendo continuar o combate normalmente.

Um detalhe interessante aqui é que você não armas próprias, você precisa roubar dos inimigo. Conforme você causa dano neles, eles ficam sustivésseis ao roubo, que nem na imagem acima, bastando apertar o botão de purificação pra roubar a arma dele.
Conforme você utiliza as armas, ela acumulam corrupção, ficando negras com detalhes vermelhos. Nesse estado, elas ficam mais fracas e com mais chance de quebrar (sim, você pode lutar desarmado). Pra evitar isso, roube uma nova arma ou purifique novamente a arma, deixando ela branca.



No jogo temos 3 armas distintas:
- Arch: Ela é que mais lembra uma espada no jogo, tendo os ataques bem rápidos e permitindo que você plane por alguns momentos durante um pulo;
- Gale: Um conjunto de flechas flutuantes, usando ataques a longa distância. Fraco, mas consegue utilizar golpes carregados e atacam uma boa área;
- Veil: Um par de escudos que podem ser utilizados como luvas, tendo uma boa ofensiva e defesa, mas seus ataques são lentos.

Elas podem ser roubadas dos inimigos ou encontradas com os “Frutos do Conhecimento“, esses 3 itens que estão do lado da descrição.
Caso quebre a arma que está utilizando (não tem como guardar reservas), Enoch lutara de mãos limpas, usando socos e chutes no combate, além de conseguir esquivar com mais facilidade.

Os combos das armas variam conforme o tempo que você aperta o botão de ataque, sendo que os mais demorados entre cada ataque são mais difíceis de fazer, mas causam mais dano e tem a chance de quebrar a defesa inimiga.

Depois de um ponto da campanha é liberado o Overboost. Conforme você ataca os inimigos, Enoch acumula energia e assim que está no ponto, ele começa a soltar uma energia vermelha. Nesse momento, se você ativar o Overboost, os ataques dele ficam bem mais fortes e rápidos e te da a possibilidade de usar um ataque final bem forte que varia pra cada arma.

O jogo não tem upgrade de técnicas e armas, mas ao coletar essas esferas vermelhas, Enoch aumenta o seu nível de força geral. Já aquele item branco serve para recuperar a armadura dele.

Vários pontos do jogo temos sessões de plataforma, seguindo a jogabilidade de side scroling.

Enquanto o jogo salva automaticamente em alguns pontos, você pode salvar manualmente quando encontra o Lucifel no celular.
Extras

Quando você finaliza o jogo, liberam vários extras nele, sendo eles:
- Mostrar e energia e pontuação na tela;
- Libera os modos Difícil e Extra;
- Seleção de capítulos e mostrar os ranks conseguido neles;
- Seleção de roupas;
- Libera a galeria e CGs do jogo pra visualização.

Com a opção de mostrar a energia e pontuação (que pessoalmente deveria aparecer desde o começo), você tem controle melhor da ação e correr atrás dos ranks.
Conquistas

Como todo Hack’n Slash que tem conquista relacionada a rank e dificuldade, esse vai dar trabalho pro pessoal que pretende completar a lista de conquistas dele. Entre os mais trabalhosos, temos:
Conquista | Descrição |
Conqueror | Alcançar rank G em todas as missões no Hard ou mais difícil |
Seraphim | Finalizar o jogo no modo Extra |
My Acrobatic Friend | Finalizar o capitulo 8 sem morrer |
The armor okay? If not, I could… | Finalizar o capitulo 10 sem pegar nenhuma arma |
Conclusão

El Shaddai traz um Hack’n Slash divertido, mas que não envelheceu tão bem, já que ele é um pouco travado e gráficos gerais não são um pouco rudimentares, mesmo pros padrões da época que foi lançado.
A parte gráfica do jogo tem dois extremos. Enquanto os cenários são muito bonitos e psicodélicos, com diversos detalhes e mistura de cores que agrada bastante, não é possível dizer o mesmo para os modelos 3D dos personagens, que são bem mais simples e não tiveram uma tratativa nesse port.
Já as musicas do jogo agradam bastante e que variam no estilo, mas sempre mantendo o clima surreal e agitado da campanha, o que vale muito a pena dar um tempo só pra escuta-las.
A jogabilidade é razoável, roubar as armas dos inimigos durante os combates é interessante, mas a falta de melhorias de técnicas e equipamentos deixa o jogo um pouco sem alternativas bem rápido.
Em resumo, se você não teve a oportunidade de joga-lo na época do lançamento e não se importa com a jogabilidade um pouco datada, ainda vale a pena aproveitar o jogo pra curtir a história e outros detalhes dele.