
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Focus Entertainment (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Focus Entertainment
Produtora: Auroch Digital
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / PC / Switch
Mídia: Física
Ano de Lançamento: 2023

Warhammer 40,000: Boltgun é um FPS retrô (boome shooter) misturando o universo bélico de Warhammer 40,000 e o estilo visual dos primeiros jogos em primeira pessoa.
PELA GLÓRIA DO IMPÉRIO!
Explicar o universo completo de Warhammer é uma tarefa hercúlea (que eu talvez tente um dia, em outro texto), então vamos nos ater aos fatos do título (e não teremos muitas traduções pois alguns títulos e significados ficariam ainda mais confusos).


Malum Caedo é um Sternguard Veteran da 1ª Companhia do Capítulo* Ultramarine, um guerreiro da elite, enviado aos confins da galáxia para resolver as piores situações possíveis, sempre em nome do Imperador.
* Capítulo é o nome dado a cada “batalhão” com 1.000 guerreiros.


Anos após os eventos de Warhammer 40,000: Space Marine, Malum Caedo é enviado à novamente ao Mundo Forja de Graia, por ordem da Inquisição, pois experimentos realizados pelos Tech-Priests abriram um portal para o Caos.
Durante a descida ao planeta, o Drop Pod de Caedo é danificado, matando todos os outros tripulantes.
Agora ele precisa lidar com Cultistas, Demônios do Caos e Space Marines do Caos antes que o planeta seja finalmente convertido em um Mundo Demoníaco.
BOOMER SHOOTER?
Boltgun é descrito como um boomer shooter, ou seja, um FPS inspirado nos primeiros títulos do gênero, como Doom e Wolfenstein 3D.
Os personagens são pixelados, com pixels rotacionais quando mortos, em cenários 3D com texturas simples.


A estética retrô, no entanto, é totalmente funcional como um título novo.
Não há elementos de RPG ou barras de níveis aqui: você adquire as armas pelo cenário e sua munição, bastante ser rápido e eficiente para progredir.


Malum Caedo conta com a Chainsword em sua mão esquerda (L2 o faz avançar e acertar o inimigo próximo, causando mais dano quando segurado) e a Boltgun em sua mão direita (apenas R2 para atirar, sem precisar aproximar mira), sendo que variações da arma são encontradas ao longo das fases.
O jogo é dividido em três grandes capítulos, sendo as armas precisando ser coletadas novamente a cada capítulo.


Diversos upgrades temporários são encontrados em locais escondidos, constituindo os segredos de cada fase, incluindo munição infinita (temporariamente) para uma arma, aumento da força do dash (L1), entre outros.
EXPURGO
Hordas de demônios, cultistas e hereges precisam ter seus pecados expurgados… através da morte, claro.
E expurgar pecados e vísceras é a especialidade de Malum Caedo.


Em seu arsenal estão a Boltgun (metralhadora convencional, que pode ser equipada com tiros especiais), a Shogtun, a Canhão Gravitão (minha preferida, lança uma carga gravitacional verde poderosíssima), a Melta Gun (que dispara ar quente comprimido e desmancha armaduras e carne), entre outros.


Além destas, diferentes granadas (R1) podem ser encontradas, incluindo tradicionais e anti-gravidade.
Apertando Triângulo você ameaça e/ou insulta os adversários; não causa nenhum efeito em especial, mas é sempre divertido!


Para avançar, botões que abrem portas e acionam elevadores, além de chaves com diferentes cores para diferentes painéis (Boomer Shooter, lembra?) constituem os “puzzles” do título.
Em alguns cenários, propulsores podem arremessar o personagem em áreas mais altas.
A BELEZA DA GUERRA
Como citado anteriormente, Boltgun utiliza um visual retrô fortemente inspirado nos primórdios do FPS, mas com uma engine atual, de fluidez impecável.
Os cenários são vastos, mas também possuem sessões claustrofóbicas, entre construções de puro metal, cavernas e cânions, áreas com lava e esgotos.


Os inimigos, especialmente os demônios do caos, costumam ser grotescos e asquerosos (que o diga os inimigos sapos, que cospem muco verde ácido), mas também há hereges (incluindo Space Marines corrompidos que ressuscitam após serem mortos a primeira vez) e cultistas, que possuem o visual mais precário, com roupas e mantos rasgados.


A trilha sonora surpreendeu por ser mais leve do que imaginei, até mesmo com certos tons mais “dançantes”.
Não exatamente o que esperava em Warhammer, mas dá um bom ritmo de jogo, afinal de contas, são tantos sons de tiro e gritos de morte que a ost fica em segundo plano na atenção do jogador.
TROFÉUS IMPERIAIS
Boltgun não possui platina, contando com apenas 12 troféus, sendo dois por chefes derrotados, três por cada capítulo do jogo, três por achar todos os segredos de cada capítulo e quatro referentes às dificuldades.


O troféu mais complexo é certamente finalizar o título na dificuldade Exterminatus. Aqui, mesmo com os sistemas de save e quick save algumas partes serão realmente desafiadoras.
A luta final então, nem se fala…
RESUMO DA ÓPERA:
Warhammer 40,000: Boltgun é um jogo de tiro retrô direto ao ponto: sem pontos de experiência, sem barras de progresso.
Apenas avance e mate tudo que se mover, exatamente como era no passado.

O gráfico pixelado e com polígonos rotacionais, o pesado gore pixelado e a violência exagerada se sobressaem à trilha sonora estranhamente calma perante os sons de impacto e explosões constantes.

Warhammer 40,000: Boltgun é a experiência perfeita para quem só quer se divertir, sem se preocupar com sidequests ou loot.
Desligue o cérebro e divirta-se expurgando o mal da galáxia!