
* Esta análise foi feita através da disponibilidade do título via PSN Plus Premium/Deluxe (PS4/PS5), estando também disponível na PSN Plus Extra
** O plano mais simples, PSN Plus Essential, não incluiu o título entre os jogos mensais gratuitos
Distribuidora: Annapurna Interactive
Produtora: BlueTwelve Studio
Plataforma: PS4 / PS5 / PC
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2022

Stray é um jogo de aventura e puzzle onde você controla um gato em um mundo pós-apocalíptico.
DESGARRADO
A humanidade acabou, mas suas obras continuam presentes na superfície da Terra.
É neste cenário que um pequeno grupo de quatro gatos passeia pelas ruínas de uma usina abandonada.

Ao explorar o local, um deles cai quando um cano quebra, separando-se do bando e despencando para a área subterrânea.
Ferido, o felino manca um pouco até se recuperar e poder explorar o novo local.

Letreiros e telas de computador começam a indicar o caminho que o gato deve seguir.
Logo o gatinho se depara com os Zurks, uma espécie parasita que infesta grandes áreas e se alimenta de tudo, inclusive metal.

Em desesperada fuga, o felino continua seguindo as indicações, passando por andaimes, prédios e canos, até encontrar um local seguro.
Lá, uma inteligência artificial que estava mandando as coordenadas para o animal pede ajuda para ser instalada em um pequeno drone.
Agora a dupla precisa descobrir como voltar para a superfície.


O MUNDO SEGUIU ADIANTE
A dupla chega até a Favela, local de habitação de robôs, aparentemente em sua segunda geração.
Confundido inicialmente com um Zurk, o gato causa pânico nos robôs, que trancam-se nas casas e disparam o alarme.


O guardião do local, após momento de cautela, descobre que o gato não é um Zurk e o drone consegue assimilar a língua dos robôs, passando a comunicar-se com eles.
A foto de uma praia, que o drone recolheu, é mostrada ao Guardião, que indica Momo, um robô sonhador que ainda espera ter contato com os Extramuros, robôs que estão em camadas mais elevadas da área subterrânea.


Gato e drone passam a explorar a Favela, enquanto escalam prédios e fazem pequenos favores aos robôs.
Após alguns encontros, um robô cientista concede uma arma contra os Zurks: uma luz roxa, projetada através do drone, que faz os parasitas explodirem, embora possa sobrecarregar o portador.


VIDA DE GATO
Grande parte de Stray é descobrir rotas para escalar plataformas e acessar outras áreas.
Através de dutos, buracos em paredes e alçapões, é possível adentrar construções.


Vigas de metal suspensas por correntes servem como pontes de ligação, bem como tábuas para atravessar telhados e andaimes.
Puzzles utilizando objetos carregados com a boca para bloquear ventiladores ou latas de tinta e outros objetos que podem ser derrubados de beiradas são alguns dos métodos do pequeno felino para avançar.
Cofres com senhas precisam de códigos escondidos nos cenários para sua abertura.


A mecânica de empurrar objetos com a pata, embora usada poucas vezes para resolução de puzzles, pode ser acessada continuamente em objetos sobre estantes, mesas ou telhados, um detalhe pequeno, mas que mostra o nível de imersão do jogo. É prazeroso derrubar objetos, assim como os gatos costumam fazer.

É possível afiar as unhas em sofás e tapetes, mecânica que também serve para certos puzzles, arranhando circuitos, e para chamar a atenção em portas.


Há sessões de fuga contra os Zurks, em especial antes de conseguir a arma contra eles.
Nelas, o movimento em zigue-zague é essencial para escapar dos constantes saltos dos parasitas.


A comunicação com os robôs se dá através do drone B-12, que também captura objetos para uso posterior. O drone também pode recuperar memórias através da observação de objetos ou locais específicos, ajudando o jogador a desvendar parte do que aconteceu ao mundo.


ARTE SUBTERRÂNEA
Stray possui belos gráficos 3D, com ótimas modelagens realistas do gato; os robôs, por sua vez, possuem visuais diferentes e personalizados, além de uma movimentação realista (mais realista do que humanos em alguns jogos, inclusive), até mesmo tropeçando no gato, quando ele passa na frente.



A verticalidade de Stray é um ponto importante, uma vez que felinos são escaladores naturais.
Os cenários são amplos e geralmente abertos, nas cidades com marquises metálicas, aparelhos de ar-condicionado, lixeiras e caixas servem como apoio e plataformas de transição; em outros, elevadores podem ser ativados e barris podem ser movidos andando-se por dentro deles para que rolem, aproximando-se do ponto de escalada.


A trilha sonora é bem experimental e um pouco complicada de explicar por texto (segue abaixo para ouvir), utilizando diferentes elementos e sendo bastante misteriosa e discreta.
Há músicas robóticas, que podem ser interpretadas pelo robô no violão, na Favela, bastando para isto achar e entregar partituras.
O sound design do jogo se destaca pelos miados do gato no Dual Sense e também por sua respiração enquanto dorme.
O Dual Sense também faz um bom papel com os gatilhos adaptáveis enquanto o pequeno gato afia as unhas.
PLATINA FELPUDA
A platina de Stray não é muito trabalhosa, embora o troféu de zerar em até duas horas seja o maior desafio.
Memórias do drone B-12 e bótons funcionam como os coletáveis do título, sendo que os bótons podem ser encontrados em locais escondidos ou ser ganhos ao se completar side quests.


Outros troféus envolvem a trama e atividades específicas, como escapar da primeira perseguição dos Zurks sem ser tocado, pular 500 vezes, miar 100 vezes e dormir por 1 hora.
RESUMO DA ÓPERA:
Stray foi um jogo que prometeu e cumpriu!


Revelado em um evento da Sony, Stray chamou a atenção pela perspectiva única de controlar-se um gato em um mundo aparentemente habitado por robôs.
A premissa única mostrou-se muito promissora!


Que o digam as centenas de pets ao redor do mundo, assistindo atentamente o gameplay nas TV’s e monitores de seus donos.
Belos gráficos, uma narrativa curiosa e uma dupla improvável entre um gato e um drone fazem de Stray uma proposta única no mercado (aprovada pela PETA).
Será que teremos simuladores de gato como um gênero futuro?
