Review / Tutorial de NeonLore

* Esta análise foi feita com o código cedido pela Playstige Interactive (versão PS4/PS5)

Distribuidora: Playstige Interactive
Produtora: Playstige Interactive
Plataforma: PS4 /PS5 / Xbox One / Xbox Series S / Xbox Series X / Switch
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2022

NeonLore é uma experiência narrativa em primeira pessoa, situada em uma cidade do universo cyberpunk.

Em uma cidade decadente, longe dos grandes centros urbanos do cyberpunk, renegados e fugitivos compartilham suas histórias.

Mais punk e menos cyber


Como citado no início, NeonLore é uma experiência narrativa mas, diferente de um visual novel, aqui você pode explorar o ambiente.
Ao se aproximar de cada um dos NPC’s, você lê um monólogo sobre suas vidas e suas experiências neste universo.

Cada personagem do jogo conta um pouco do seu passado


Implantes que deram errado, vício em realidade virtual, escritores e atrizes que perderam sua fama… há muitas histórias de derrotas para serem lidas, afinal de contas, estamos no lado mais punk da cidade.

Quem precisa de jornais quando as notícias podem ser acessadas nas ruas?


Pequenas telas com notícias espalham-se pelos quatro distritos que você visita, compartilhando acontecimentos da atualidade, como o surgimento de uma nova seita religiosa, manifestações contra o governo, etc.

Os puzzles de hackeamento podem ser ignorados, se você desejar
… mas por que ignorar puzzles em um video game?


Há, ainda, quatro audiobooks disponíveis, acessíveis em terminais, através de puzzles de hackeamento (que você pode ignorar, se quiser apenas ouví-los).
Narrados por uma voz feminina e uma voz masculina, os livros são ficções de autores fictícios (redundância, aqui me tens de regresso!), incluindo um livro escrito por uma inteligência artificial (que ironicamente é o melhor deles).

Aqui temos um puzzle de memorização
Revolt Of The Synthetics, de Hal 9002 é o melhor dos audiobooks (que não contam com legendas)


As ruas sujas, com pichações e obras inacabadas, abrigam todo tipo de sobrevivente de um futuro apocalíptico tecnológico, onde pessoas sem implantes são raridade.
Os cenários são bem modelados e ricos em detalhes, com muito neon (fazendo jus ao nome do jogo); é possível entrar em algumas construções, onde cabos passam pelos corredores e pendem de tetos dos apartamentos.

As ruas sujas escondem os rejeitados daqueles que estão nas alturas
Sala de realidade virtual ou suicídio?


Os personagens, no entanto, possuem um aspecto mais artificial, o que se destaca nos rostos mais humanos, não sendo problema naqueles com mais modificações.
Não há muito movimento ou atividade por parte dos NPC’s, a maior parte deles simplesmente fica parada, esperando a interação com você, no máximo movendo um pouco a cabeça.

Após o final de Dragon Ball, Android 17 foi parar nas ruas


A trilha sonora combina bem com o estilo pós-apocalíptico tecnológico, com uso de sintetizadores e teclados, abusando do estilo synthwave.
No geral, não há vozes no título, com exceção dos audiobooks, que possuem extensas e longas dublagens de ótima qualidade.

Após o término de Daft Punk, um dos integrantes fez uma ponta em NeonLore


A platina é bem simples, bastando interagir com todos os NPC’s do jogo, distribuídos nos quatro distritos, e ouvir todos os audiobooks.

Memes nas ruas: o futuro é muito mais cruel do que imaginávamos!

RESUMO DA ÓPERA:
NeonLore é uma experiência curta, pegando o aspecto mais narrativo do universo cyberpunk.
Enquanto a ambientação faz um bom trabalho, o mesmo não pode ser dito dos personagens “mortos” espalhados pelos cenários, passando um aspecto de cidade fantasma.

Uma imagem que representa mais o brasileiro do que o futebol


A trilha sonora cumpre bem o seu papel, enquanto a dublagem faz-se presente apenas nas narrativas literárias.
diversos easter eggs relacionados ao universo cyberpunk e a diferentes gêneros literários, no entanto a narrativa de cada personagem, ainda que interessante, dando uma pincelada deste mundo desolado, deixa a desejar em termos de profundidade, já que apenas lemos um monólogo de cada NPC, sem a possibilidade de interagir ou mesmo conversar com cada um deles.

Um distrito cyberpunk brasileiro?


No fim, fica aquela sensação de que faltou algo em NeonLore.
O título entrega exatamente aquilo que o nome propõe, mas mantém-se apenas ao básico da proposta, sem aprofundar-se ou possuir uma trama propriamente dita.

Deixe uma resposta