Review / Tutorial de Castlevania Anniversary Collection

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Certamente você já se pegou tendo nostalgias e com vontade de rejogar alguns clássicos, seja da infância ou adolescência, mas claro, não na forma remake / reboot, mas sim na forma original, com seus gráficos e chips sonoros da época…

A proposta das coleções de aniversário da Konami (que aliás foi quem nos cedeu essa cópia de PS4 gentilmente para review e que agradecemos demais) é justamente isso, pois pra comemorar seu 50º aniversário lançou 3 coleções de suas franquias.

Uma delas, foi Castlevania (悪魔城ドラキュラ – Akumajou Dracula) de diversos sistemas,…
Do portátil Game Boy ao Super Nes, nos dá a possibilidade de rejogar esses clássicos ou que novas gerações conheçam as origens de tudo (por isso será falado em meio tutorial)… vamos então analisar quais estão (já que não estão todos) e relembrar os diversos sistemas de uma franquia que se tornou referência de subgênero?

Lançado em 2019 para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch, os jogos dessa coletânea são 2D, onde misturam ação, plataforma e fantasia, variando conforme suas franquias o seu estilo de progressão, que poderemos inclusive notar neste Review.

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Nome: Castlevania Anniversary Collection
Gênero: Plataforma / Aventura / Ação 2D
Desenvolvedores: Konami Digital Entertainment, Konami Industry Co., LTD
Estúdios: Konami, Konami Digital Entertainment
Plataformas: PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch
Midia: Digital

Vamos então começar a falar de cada um dos 8 jogos presente na coletânea, por ser uma emulação, as considerações técnicas serão abordadas num todo, pós os jogos.

Tela Título

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Castlevania

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O clã Belmont era conhecido por ser caçadores de vampiros na Transylvania e travar diversas lutas com o mal, entretanto, houve o renascimento de Drácula, ameaçando a paz na Terra. Simon Belmont resolve ir até o castelo para matar o Drácula e evitar o pior…
A progressão aqui era linear, onde as alas do castelo conforme Simon avança, serem os estágios, variando assim suas ambientações.
A dificuldade era média-difícil e a sua duração era pequena (18 estágios)

Castlevania II: Simon’s Quest

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No segundo jogo (ドラキュラII呪いの封印 – Drácula II: Noroi no Fouin), cronologicamente falando, ele se passa logo após a derrota de Drácula, trazendo a Simon uma maldição que estava consumindo sua vida. Simon descobre que para acabar com a maldição, deveria encontrar os restos mortais de Drácula, que foram espalhados pela Transylvania, e mais uma jornada começa…
Aqui temos uma mudança de progressão, sendo usado o sistema de aventura em um mapa central, ligado com diversos lugares, sistema usado posteriormente em outros jogos da franquia (Simphony of the Night) e que popularizaram o subgênero, ou seja, não há estágios.
A variação entre dia e noite existe, por Simon estar amaldiçoado, quando cai a noite, o lugar é tomado por inimigos e assombrações, tornando a exploração do lugar um pouco mais desafiador.
Sua duração é decorrente em 6 estágios, mas por ser um formato de aventura centralizada e um jogo não linear, é necessário verificar os lugares diversas vezes depois de adquirir os itens chaves de progressão. Os corações usados para gastar os itens secundários, nesse é usado para comprar armas e itens.

Castlevania III: Drácula’s Curse

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No terceiro jogo (ドラキュラIII : 悪魔城伝説 – Drácula 3: Akumajou Densetsu) retornamos no tempo e jogaremos com Trevor Belmont, ancestral de Simon, pois o jogo se passa dois séculos antes dos jogos anteriores.
Novamente nosso ícone do vampirismo ameaça a Europa (afinal de contas ele revivia a cada fechamento de 1 século) e a igreja chama Trevor para Valachia a fim de tentar evitar o mal.
O jogo abandona a ideia de aventura de exploração não linear e volta ao método de progressão por estágios, com a adição de serem escolhidos caminhos diferentes até o castelo que Drácula está, adicionando ao fato de que mesmo durante as fases, outros novos caminhos são sugeridos e podem aparecer no mapa (dependendo da escolha).
A duração é um pouco maior em termos “replay value”, pois o jogo da você indagar quais caminhos tomar, e com certeza rejogaria pra ver as diversas opções, incluso o fato de que mais 3 personagens integram o time de caça vampiros: Sypha Belnades, Grant DaNasty e Alucard (quem não conhece?).
Cada personagem tem suas habilidades, o que torna também variado os combates e exploração. Por exemplo: Grant pode escalar paredes e teto, enquanto Alucard pode virar morcego e voar.

Super Castlevania IV

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No quarto jogo (悪魔城ドラキュラ – Akumajou Drácula) partimos para o Super Nes.
Aqui é onde divide opiniões,em termos de jogo, é considerado um remake do original do NES, com ambientes extras no castelo. Além disso, o fator cronológico também tem peso, pois jogo se passa 1 ano depois de Simon’s Quest, e é o prelúdio para outro jogo da franquia, é difícil considerar qual seria a correta, mas em termos de parecer (e que aliás está na resenha do menu dos jogos), a história se aplica em um grupo querendo reviver o príncipe das trevas. Conseguindo tal feito, Simon mais uma vez usa seu chicote Vampire Killer para novamente extinguir o ícone da lenda.
Por ser um remake, o jogo conta com mecânicas novas, como exploração em dois planos em alguns ambientes (por exemplo Simon vai ao fundo do cenário seja para se deslocar ou bônus) e mais opções de direção para usar o Vampire Killer.
Os desafios são mantidos da mesma forma que o original, com algumas adições por justamente usar mais opções de ataque e mecânica.
A duração consiste em 11 níveis…

Castlevania: The Adventure

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No primeiro jogo de Game Boy (lançado no mesmo ano do Drácula’s Curse de NES) e com o nome de ドラキュラ伝説 – Drácula Densetsu no Japão.
A luta contra o príncipe das trevas é dessa vez com Christopher Belmont, e ocorre 1 século antes de Simon, sendo assim o Bisavô de Simon.
A progressão é linear, as fases não possuem seções com as portas clássicas, e por ser um jogo de cartucho portátil Game Boy, tem uma duração pequena, com 4 fases. Cada fase tem seu tempo para ser cumprida.
Há implementação de upgrade no Vampire Killer enquanto destrói os candelabros, entretanto de forma precária, já que ao sofrer dano, o mod se desfaz e não há armas de itens secundários como nos outros, o coração é usado pra recuperar vida.

Castlevania II: Belmont’s Revenge

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No segundo jogo de Game Boy (ドラキュラ伝説II – Drácula Densetsu II) Cristopher tem como objetivo de salvar seu filho Soleyu, da maldição de Drácula que o transformou em demônio.
A progressão é exatamente a mesma duração do antecessor, 4 estágios situados em alas do castelo, entretanto de forma com livre escolha (tipo Megaman) e com temas elementais, o jogo volta à ter a cara mais familiar dos outros, com portas pra separar os setores das fases e armas secundárias, os corações voltam a ter a função de ser o número de uso das mesmas..

Castlevania: Bloodlines / Castlevania: The New Generation

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Indo agora para o Mega Drive / Genesis, que aliás foi o único jogo da franquia, lançado para ele. Com o nome de バンパイアキラー – Vampire Killer no Japão, o jogo tem outro protagonista…
Por séculos os Belmont’s tiveram lutas com o príncipe das trevas, entretanto como os humanos não são imortais (e muito menos revivem a cada cem anos), o clã Belmont foi tendo adjacências, e uma delas era Quincy Morris, que se tornou descendente do clã em 1897 e tomou posse do Vampire Killer, com o objetivo de novamente mandar Drácula para o inferno nessa nova geração…
Seu legado terminou em uma das suas batalhas, quando acabou morrendo juntamente com Drácula enquanto o estacava no peito… John Morris e seu amigo de infância Eric Lecarde continuam com o objetivo de acabar com o mal. Elizabeth Bartley, sobrinha do Conde foi condenada a morte por ter sido encontrada mordendo o pescoço de um homem em 1421. Os anos passaram e uma bruxa chamada Drolta Tzuentes foi às ruínas do castelo da Transylvania com o intuito de reviver Elizabeth, com sucesso… agora o próximo passo é Elizabeth reviver seu tio… John e Eric partem em uma jornada para evitar isso e mandar Elizabeth de volta pro inferno…
A progressão é linear e com duração de 6 fases, os itens são gastos por jóias, ao invés de corações, além de claro algumas armas secundárias novas.

Kid Drácula

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O carismático spinoff com o nome de (悪魔城スペシャルぼくドラキュラくん – Akumajou Special Boku Drácula kun) traz o príncipe demônio Drácula acordando de um sono profundo e indo ver sua TV após 10 mil anos.
De repente, um de seus morcegos carrascos o morde na cabeça… perguntando o motivo disso, Kid Dracula tem a resposta que o deixou mais confuso: “Viva a Garamoth”.
Olhando para sua TV, Garamoth aparece o desafiando dizendo que conquistou seu reino enquanto ele dormia… após ter sua discussão com a TV e a quebrar de ódio, Kid põe sua capa e parte em jornada para recuperar seu reino, e derrotar Garamoth…
É um dos jogos mais cartoonescos da franquia, mesmo sendo um spin off, possui elementos clássicos como o próprio tema na sua versão mais cômica…
Drácula usa magias para atacar, e conforme avança, você pode alterna-las conforme usa seu poder máximo segurando o botão de ataque.
A duração gira em torno de 8 fases…

Agora que terminamos a prévia individualmente, vamos aos aspectos técnicos de visão geral.

Gráficos

Por ser um pack de roms e de vários sistemas, a questão gráfica fica dedicada aos Chips da época de cada sistema (incluso o fato de que o tamanho normal do jogo é setado em escala menor do que as tv’s normais, como podemos notar nas screenshots anteriores), com a opção de colocarmos os wallpapers laterais, ressaltando que todos os jogos possuem aplicações de filtros, que aliás não agrega bastante opções, sendo possível:

Na questão do GameBoy (por ter paleta monocromático) é possível escolher quais tipos de paletas jogar.

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Som / OST

Na minha opinião, é um dos pontos fortes do jogo. Com um misto de músicas mais rápidas ou com ar sombrio e de filmes de terror antigo (incluso o fato de que há inspirações visíveis no jogo) do próprio Conde, o jogo teve diversos compositores com o passar dos anos, mas citaremos alguns deles e seus trabalhos que talvez muitos conheçam:

Kinuyo Yamashita – Castlevania, Parodious, Power Blade, MegaMan X3
Michiru Yamani – foi a que mais fez trilha para Castlevania, incluso Bloodlines, além de Suikoden, Sparkster, Twinbee, Contra: Hard Corps
Hidenori Maezawa –  trabalhou em Dracula’s Curse, Contra, Twinbee, Suikoden
Masanori Adachi – trabalhou em Super Castlevania IV, Sparkster e Paper Mario
Taro Kudo – juntamente com Masanori em Castlevania IV e Paper Mario, além de Axelay
Shigeru Fukutake – Castlevania: The Adventure
Norio Hanzawa –
Castlevania: The Adventure, Gunstar Heroes
Hidehiro Funauchi – Castlevania: The Adventure 1 e 2

Jogabilidade

Aqui talvez seja o ponto que será crucial pra quem ainda não conhecia os originais…
Um dos motivos é o fato de que a jogabilidade é precisa em aspectos de ascendência de planos, pois para subir as escadas (ou descer), o jogo considera planos diferentes (por exemplo, se for em direção à escada e não apertar para baixo para descer, os personagens caem direto (e provavelmente causará a morte em telas superiores e com sequência de escada). Outros fatores incluem a consideração única que o jogo tem em relação ao seu comando, ao pular neutro, o personagem não se desloca no ar como na maioria dos plataformas, não vira de lado durante os pulos (por exemplo, pular e virar pra trás pra matar algum inimigo voando por trás), além disso,a taxa de comando é considerado precisa-variante para as partes de pulos com inimigos aéreos (ou seja, por mais alto ou mais baixo que o personagem esteja no ar, o ataque sofre a animação e é preciso ter noção de tempo). Em compensação, em Super Castlevania IV e Bloodlines, o jogo considera o plano descendente automaticamente, não causando uma queda livre de andar fixamente sem pressionar para baixo, há não ser que tente pular diretamente na escada, aí dá a queda mesmo….

Sistema implementado

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O jogo permite salvar seus feitos e suas jogadas em forma de 1 replay…
Além disso, a emulação também permite usar SAVE STATE e salvar à qualquer momento como nos emuladores habituais, porém para apenas 1 slot pra cada jogo. 

Troféus / Conquistas

Para domínio do jogo, vai depender de sua habilidade, pois apenas se consiste em terminar todos os jogos, com os personagens adicionais incluso…
Para o Xbox vale 1000GS, para o PS4 é 100% SEM platina.

Considerações Finais

Num geral, o pacote de jogos agrada saudosistas e dá a oportunidade para aqueles curiosos verificarem como era a origem de uma das franquias referencia nos dias de hoje, já que tem sua dificuldade e que certamente deixará os marmanjos na duvida se relembra as habilidades na época que não existia SAVE STATE, ou se pensa em ir salvando pra garantir… lol
A emulação ocorre de forma fiel ao sistema, mantendo os clássicos erros de sprites do NES (quem não lembra que o videogame tinha problemas com isso, inclusive quando tinham sprites demais?), slowdowns, e velocidades limitadas.
Com relação aos bugs, não foi notado os erros sonoros ou até mesmo os crashes na rom do Castlevania 1, relatado na época do launch, isso se deve ao fato de já termos recebido uma cópia em que ao baixar já vem com o patch de correção (vendo o histórico de atualizações há a nota de inclusão das roms japonesas, o livro digital das artes conceituais e o patch de correção), fazendo então um ótimo serviço de correção nesse aspecto.
Em contra partida, deixou a desejar nas opções de filtros, tendo em vista que todos os sistemas emulados aqui já tem um imenso avanço e com diversas opções de filtros, que inclusive, deixam as fontes mais limpas, scanlines e pixel perfect passam longe do disfarce.
Além disso, podiam ter incluso outro jogo da franquia e que fora muito bem avaliado como Aria of Sorrow
Num todo, é um pack que merece uma atenção em promoções.

Aliás, um adendo, pra caso alguém não sabia, o nome foi mudado para Castlevania por supertição do pessoal da Konami no ocidente, tendo em vista que “Castelo Amaldiçado” e derivados trariam má sorte e má reputação para a franquia.

Espero que tenham gostado…

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