
* Esta análise foi feita com o código cedido pela ININ Games (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Ratalaika / ININ Games
Produtora: United Games Entertainment GmbH
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox Series X / Xbox Series S / Switch
Mídia: Física e Digital
Ano de Lançamento: 2023


Cannon Dancer: Osman é o remaster de Cannon Dancer (Osman no Ocidente), jogo de plataforma 2D sidescroller dos arcades, do mesmo designer de Strider.
Em um futuro distópico, o mundo é governado por um único governo centralizador: A Federação.
Oprimindo o povo através de um capitalismo selvagem, o mundo vive uma era neo-cyberpunk, que se vê às voltas com uma nova ameaça, pelas mãos do mago Abdullah, o Escravizador.


Para por um fim à ameaça, o advogado da Federação, Jack Layzon, convoca Kirin, um agente do grupo mercenário Teki.
Kirin infiltra-se no templo dos cultistas/terroristas adoradores do “Deus Sem Forma” mas, em meio ao caos do combate, Layzon incrimina o agente.


Atacado de surpresa, Kirin é preso no deserto de Cabil, abandonado à própria sorte e entregue à morte certa pelas mãos dos monstros das areias.
Sem dar-se por vencido, ele escapa de suas correntes e sobrevive às ameaças, tendo como missão agora vingar-se de Jack Layzon, da Federação e dos outros três membros da Teki.



Cannon Dancer: Osman é um jogo de plataforma sidescroller hardcore, existente até então somente nos arcades.
Lançado em 1996 como Cannon Dancer no Japão e Osman no Ocidente, o jogo foi desenvolvido originalmente pela Mitchell Corporation, empresa japonesa que possuía alguns ex-membros da Capcom, como Kouichi “Isuke” Yotsui, o pai de Strider Hiryu.



A versão moderna, retornando 27 anos após os arcades, conta com ambas as versões jogáveis, além de modos diferentes.
O modo Standard, mais moderno, permite o uso de cheats (invencibilidade, tempo congelado, ataques fatais ilimitados, HP ilimitado e força completa), save state, botão rewind e todas as melhorias habilitáveis (pulo duplo, pulo invencível, deslizada invencível, ataque invencível e auto-ataque), entretanto desabilita os troféus.


Já o modo Challenge é mais próximo ao jogo original, mas permite o uso de apenas duas melhorias a serem escolhidas: pulo duplo, pulo invencível, deslizada invencível, ataque invencível, 4 créditos extras, 8 créditos extras (apenas habilitável em conjunto com 4) e auto-ataque.


O jogo estende-se por seis cenários repletos de inimigos futuristas, entre soldados da Federação, robôs, monstros e animais.
Kirin possui ataques de soco e chute, além de um especial onde cruza a tela diversas vezes. Ao combinar o botão de pulo (X) com movimentos do D-Pad ou a deslizada, é possível executar diferentes agarrões, incluindo o supplex, que funciona como um Izuna Drop.


É possível coletar upgrades em pequenos receptáculos voadores, aumentando a força e as “sombras” de Kirin (cópias que acompanham o movimento do personagem), gemas para aumentar a barra de vida e um item de cura.
Cristais espalhados pelas fases permitem amplificar os saltos de Kirin, sendo que o personagem precisa mover-se constantemente, entre deslizes e saltos, para não ser acertado com facilidade. Ele também agarra-se em paredes e plataformas, permitindo explorar a verticalidade dos cenários.


O jogo possui uma arte única, bastante colorida e psicodélica, com cutscenes e closes de rostos durante as batalhas de chefe.
Conforme Kirin aumenta sua força com upgrades, suas calças mudam de cor e as sombras de seus ataques são cópias amarelas que soltam rastros de fogo. O jogo é bastante rápido na questão dos movimentos, especialmente nas lutas contra os outros membros da Teki, que se definem em poucos golpes, tanto do lado do protagonista quanto dos inimigos.


A trilha sonora mantém-se fiel à original, com melhor qualidade de áudio e temas dançantes com pegada eletrônica.
O protagonista vocaliza seus ataques, embora o jogo não possua dublagem propriamente dita.
A platina é complexa, envolvendo finalizar o jogo no modo Challenge e executar um supplex em cada chefe do jogo, além de alguns inimigos em específico.

RESUMO DA ÓPERA:
Cannon Dancer: Osman é um resgate do título de plataforma sidescroller hardcore que ficou duas décadas apenas nos arcades, finalmente chegando aos consoles.
As melhorias inclusas reduzem (em parte) a “agressividade” do original, tornando-o mais palatável para os dias atuais (embora não menos difícil).

Gráfico e trilha sonora visualmente estonteantes, Cannon Dancer: Osman possui um estilo artístico único, destacando-se até mesmo de seu “antecessor espiritual”.
Uma volta às origens dos jogos rápidos, desafiadores e divertidos dos arcades, é imperdível para os fãs nostálgicos de plataforma.
Pow mas 112 reais é muito caro
É, o preço tá salgado mesmo.