
Ola, aqui é o Pena e hoje vamos pegar um Delorean e voltar pros anos 80 com Narita Boy.
Ele foi produzido pelo Studio Koba fundado usando o kickstarter, sendo o primeiro jogo deles, e publicado pela Team 17, que também publicou os jogos Blasphemous e The Survivalists.
Toda a ideia do jogo é trazer o estilo de arte dos anos 80 pra um jogo de plataforma bem fluido.
Ele lembra muito os conceitos que já vimos em outros materiais, como os filmes da série Tron ou até mesmo da animação canadense “ReBoot“, puxando a ideia de um mundo totalmente novo dentro dos computadores, explorando diversos termos usados na informática e juntando com muitos estilos da encontrados na mídia dos anos 80, então que viveu essa época ou chegou a procurar informação depois de tanta referencia no filme “Player One” vai ter mais espasmos que o Capitão América de tanta referencia que você encontrará aqui.


(código cedido pela Team 17 )
Titulo: Narita Boy
Produtora: Studio Koba
Distribuidora: Team 17
Gênero: Plataforma / Ação
Plataformas: PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC
Mídia: Digital
Textos: Português, Inglês, Espanhol, Francês, Alemão, Italiano, Russo, Japonês e Chinês Simplificado
História

A história se passa nos anos 80, aonde o Reino Digital tem o suporte do Criador, um programador com habilidades nunca vistas antes, só que ELE (sim, deve ser parente do ELE das “The Powerpuff Girls“), um programa malicioso consegue atacar o Criador, fazendo ele perder a memória e com isso, iniciar o seu plano de dominação do Reino Digital.

Com isso o Protocolo Narita Boy é ativado, transportando um garoto que jogava o jogo de mesmo nome para dentro do mundo digital e é encarregado defende-los enquanto libera as memórias do Criador pra só assim acabar com a invasão.

Como falei no começo, o jogo usa diversos termos de computação no seu mundo, tal como a “Placa Mãe” e tantos outros hardwares e protocolos no decorrer da história. Não é necessário realmente entender todos os termos pra compreender a história, mas caso você já teve algum contato mínimo com informática (tanto na parte de hardware como de programação), ver os diversos termos no jogo é algo que vai trazer um sorriso no seu rosto, foram bem colocados.
Gráfico

O jogo foi criado usando a engine Unity, todo montado em pixel arte bem fluidos. Em nenhum momento eles tentam deixar eles “realistas”, mas a fluidez dos movimentos dos sprites é algo que marca bastante.

Como diria o Shin, um dos “carismas” do jogo é simular a imagem sendo visualizada por um televisor CTR, os famoso “TV de Tubão“, que era a tecnologia disponível na época que se passa o jogo, tendo alguns efeitos de linhas passando na tela e o “arredondado” nos cantos característico desses equipamentos, ficou muito legal.

Só um aviso, que é mostrado no próprio jogo, a muitos flashes no decorrer do jogo devido aos efeitos utilizados, o que não é muito recomendado pra aqueles que tem epilepsia.
Áudio

As musicas do jogo são todas feitas em sintetizador, que era a mania da época nas músicas, vide Van Halen e a musica “Jump”, mantendo o clima dos anos 80 durante todo o jogo. Principalmente nas músicas de batalha, elas dão uma agitada legal pra manter o combate psicodélico do jogo.
As musicas do jogo estão no Spotify, então segue ela aqui no post pra você aproveitar enquanto termina de ler o review.

Jogabilidade

O jogo é bem simples e direto, apesar de você precisar ir e voltar em vários pontos pra avançar na história, não é muito complicado, só a falta um mapa de onde você já passou atrapalha em alguns pontos.
Ps: Alguns pontos do jogo eu nem colocarei aqui, por serem pontos únicos e não mudarem a essência da jogabilidade, assim fica a surpresa pra quando ocorrer tal conteúdo.

O menu do jogo é bem direto, única coisa extra aqui é a parte dos Power-UP!, que mostra todas as habilidade que você já adquiriu.

Nela você tem o acesso aos tutoriais de cada comando, mas não existe melhorias nelas, apenas pra você não se perder no que tem liberado mesmo.
Todos os golpes a seguir são liberados no decorrer do jogo, então não estranhe se você não conseguir usa-los logo de começo no jogo.

Quando você adquire a espada, já libera vários ataques diferentes. O combo acima é o básico e não existe “ataque forte”, mas tem outros comando que dá pra emendar.
Aproveitando, a barra superior é a de vida e não existe itens de cura no jogo, apenas o poder de curar que é possível utilizar quando um dos blocos da espada está cheia, precisando segurar o comando até terminar a animação.


Também tem o ataque carregado que, se soltar no momento certo, ele solta um ataque bem mais forte, mas se segurar demais ele perde o ataque, mas não gasta nada pra usa-lo.

O Uppercut serve tanto pra acertar os inimigos como alcançar pontos que o pulo normal não alcança, já que não temos pulo duplo nesse jogo.


Aqueles 3 retângulos abaixo da espada é a sua munição. A espada vira uma espingarda caso apenas a parte o botão de tiro, gastando 1 bala.
Agora caso segure o botão e tenha as 3 balas, ele solta um raio bem forte que atravessa os inimigos. Em ambos os casos, as balas são recarregadas com o tempo.

A esquiva serve tanto pra escapar dos ataques inimigos, como também como dash aéreo pra alcançar pontos mais distantes durante os pulos.

O pulo no jogo é um pouco sensível, principalmente quando tenta um pulo longo, podendo cair facilmente. Mas apertando pra baixo durante o pulo, em desce no ponto que estava, assim tem como ter um melhor controle de onde você quer chegar.

Mais pra frente você consegue o empurrão. Ele é utilizado tanto pra quebrar paredes roxas, como também quebrar a defesa de certos inimigos.

Algumas portas e inimigos precisam tomar esse ataque pra conseguir avançar.
Pra usar esse o comando ◀ ▶ + ataque depois da esquiva.

A partir de um certo ponto do jogo você recruta os “Caras” do Trichrome, que vão te ajudar na sua jornada. Cada um deles libera 2 comandos com efeitos similares:
- Ataque de área: apertando o direcional referente ao Cara que você quer convorcar e tendo pelo menos 1 bloco de poder da espada, ele aparece e solta um golpe na tela destruindo tudo no caminho;
- Wild Fire: ao segurar o analógico direito (no PS4) na direção do Cara, você acumula aquela ultima barra pequena e ao encher completamente, libera o poder da cor escolhida. Com um isso, os seus ataques causam muito mais dano em inimigos que tem o fogo na cabeça de mesma cor, mas você também toma mais dano deles.



Usar um disquete como prancha foi uma bela sacada XD
O personagem não nada, mas usando o disquete da pra passar vários pontos de água sem problemas extras, mas ele não ataca enquanto surfa.

Qualquer interação com NPCs ou pontos do mapa aparece o botão utilizado pra agir neles quando está perto de tais pontos.

Em vários pontos você medita pra conseguir liberar alguma coisa, basta apertar que nem um doido o botão indicado até conseguir XD

Desde o começo do jogo você já pode escalar paredes, mas somente essas que tem um visual mais digital. Tem dois tipos delas:
- Azul: você escala e para nela em qualquer momento sem se preocupar em escorregar;
- Amarela: elas são escorregadias, precisando pular logo pra outro local.

Em vários pontos você encontra os portais que precisam de três símbolos pra ativar. Os símbolos estão espalhados na região geral que o teleporte encontra-se, alguns estão bem a vista, outros são bem sutis, precisando de uma atenção extra pra acha-los.

São nesses totens do Lenny Criador que estão as memórias bloqueadas dele, sendo a sua missão acha-las. Você precisa meditar nelas antes de acessar tal memória.

Quando você morre, retornar pro ultimo save que o jogo fez. Geralmente foi depois de alguma sequencia de batalha ou de pegar algum item, pois infelizmente não tem como “forçar” o jogo salvar, então é bom decorar alguns caminhos, já que as vezes você pode retornar bastante.
Conquista

O jogo pode ficar um pouco difícil lá pro final com a sequencias de batalhas sem check point no meio, mas no geral não é muito complicado e a maior parte das conquistas dele são relacionadas a história. Só a side quest de recuperar a primeira memória do Criador, que divide em algumas conquistas relacionadas que vão dar mais trabalho, elas são:
Conquista | Descrição |
In the house of the dudes | Achar o quarto do Taiyo Beam |
I’m bringing beers | Achar o quarto do Ougai Rain |
Your buddy’s room | Achar o quarto do Johnny Heat |
Retrieving memory | Recuperar todos os fragmentos do Disquete de Backup |
Conclusão

Narita Boy consegue trazer os anos 80 pra a sua tela sem arrastar junto as mecânicas travadas da época, com uma ação e gráficos bem fluidas, além de uma excelente música pra completar o pacote retro dele.
Único detalhe que me incomodou um pouco é a sensibilidade no controle durante os pulos, ainda mais que só da pra controlar pelo analógico, mas não chega ao ponto de desanimar dele, já que tem como acertar o ponto de queda do personagem, mas isso só é explicado no jogo mais pra frente, até lá você já caiu varias vezes nos buracos.

Se você gosta de jogos de plataforma ou tem curiosidade na cultura os anos 80, esse é um jogo que você não pode deixar passar, a história é simples, mas muito agradável e espero que tenha uma continuação dela.