
O Xbox teve um começo difícil contra a concorrência “desleal” do PS2, mas com o lançamento de Halo e da Xbox Live, um novo panorama se abriu para a Microsoft no mercado de games.
O multiplayer não mais estava preso ao sofá de sua casa, você poderia jogar contra (ou com) qualquer pessoa no mundo.

Então surgiu o Xbox 360, já com a Live Gold existindo desde seu início, um serviço estável e com boas funcionalidades.
As conquistas eram também uma novidade e novas franquias surgiram: Gears Of War, Forza, Alan Wake (exclusivo nessa geração), Bioshock e Mass Effect (ambos exclusivos até certa parte da geração).

O concorrente direto, PlayStation 3, possuía um sistema mais lento e muito mais complicado de ser programado, tendo séria desvantagem nos jogos multiplataforma.
Aos poucos a Sony implementou os troféus e a PSN, mas o serviço online era muito inferior.
A Microsoft lançou a Xbox Live Arcade, alavancando os indies nos consoles e fomentando um novo (e promissor) mercado, dando muito mais opção de jogos aos clientes, que não mais dependeriam apenas dos títulos AAA.

Mesmo o problema das Luzes Vermelhas (3RL), que queimava os consoles por um problema de superaquecimento, parecia incapaz de parar o avanço do Xbox 360.
Estes foram os dias de ouro da Microsoft, agora consolidada como uma das três forças da geração.
E, se não fosse a extensa duração daquela geração, a Microsoft teria saído como a “vencedora”.
Porém, sabemos que a Sony conseguiu investir em exclusivos realmente impactantes e criar o conceito de serviço que fornecia alguns jogos mensalmente mediante pagamento.
A PSN era então gratuita, ao contrário da Live Gold, e o novo serviço (PSN Plus) oferecia jogos por um pagamento mensal pequeno, uma manobra que se mostraria poderosa.

Don Mattrick, então em ascensão dentro da Microsoft graças ao sucesso do Kinect, foi elevado ao posto de presidente da divisão Xbox.
Seria ele, entretanto, que daria o primeiro duro golpe na Microsoft, na fatídica E3 de 2013.
A famigerada “maldição do terceiro console” subiu à cabeça da empresa, assim como havia ocorrido na Sony com o PS3.
O Xbox One foi anunciado como um console que precisaria estar sempre online e os jogos pertenceriam apenas ao seu proprietário.
Para emprestar um título, o amigo que quisesse jogar precisaria comprar uma licença, o que “desbloquearia” o acesso à mídia física.
Ou seja, o mercado de usados estava, basicamente, com os dias contados.

A Sony tinha recebido um presente nas mãos e, sem muito esforço, derrotado a concorrente durante a própria E3, sem a necessidade da conectividade constante e o empréstimo de jogos liberado, como habitual.
A proporção de vendas, já na pre-order após o anúncio dos consoles, mostrava larga vantagem para a Sony.
O Xbox One sofreu com diversos problemas no começo, muito graças ao estado em que foi lançado, precisando de patchs para remover as questões que o enfraqueceram já no lançamento.
Quem não lembra das pessoas jogando Killer Instinct em campeonato e serem subitamente surpreendidas por uma mensagem de que não possuíam o jogo?
Foi então que Phil Spencer assumiu o lugar de Mattrick como presidente, com uma difícil tarefa em mãos: salvar o Xbox One do apocalipse.
E, ao menos parcialmente, ele conseguiu o intento.
Spencer fez diversas modificações na empresa e conseguiu erguer das cinzas o console abatido.

O lançamento do Xbox Game Pass, um serviço de assinatura que dava acesso a um extenso catálogo de títulos por uma assinatura mensal barata foi um sucesso imediato.
Enquanto a Microsoft se recuperava pelo tiro no pé que Don Mattrick havia aplicado na empresa, novos exclusivos foram anunciados e tudo parecia às mil maravilhas.

Porém, a fortaleza que Spencer aparentava estar construindo possuía rachaduras em sua fundação.
Scalebound, da Platinum Games, mostrado na E3 de 2013, teve seu cancelamento anunciado em 2017, apesar do aparente estado avançado de desenvolvimento.
Cuphead, título que chamava a atenção pelo belíssimo gráfico desenhado, sofreu diversos adiamentos até ser lançado. Fable até hoje não foi lançado e talvez nunca seja. Crackdown, anunciado junto ao console, sofreu um downgrade considerável na tecnologia de destruição. State of Decay 2 foi lançado com diversos bugs.

O Game Pass, estrondoso sucesso entre os usuários, recebia os exclusivos da plataforma em seu lançamento, além de outros grandes títulos.
E isto começou uma mentalidade na comunidade do Xbox de não mais comprar os jogos, mas esperar por eles no serviço. Afinal, os principais títulos da plataforma eram lançados diretamente lá.
A nova geração, chegando com o PS5 e o Xbox Series S e X, continuou com a Sony no domínio.
Ambas as empresas tiveram sérios problemas de distribuição por conta da fabricação reduzida, decorrente do Covid-19.
O Game Pass continuava firme e forte, mas os números de vendas baixaram e a Microsoft parou de divulgá-los.
“Este é o ano do Xbox” virou um meme, dada a quantidade de promessas falhas da empresa.
A Rare, comprada ainda na época do 360, não tinha feito grandes coisas, além de lançar uma coletânea de seus jogos famosos do passado e o controverso Sea Of Thieves.
Halo, agora nas mãos da 343 Industries, sofria com a qualidade abaixo dos tempos gloriosos da Bungie; Gears Of War continuava ainda com qualidade, tendo ideias novas no quinto título. Forza, agora em duas frentes diferentes, mantinha-se com a qualidade esperada, tanto em Motorsport quanto Horizon e Ori conseguiu um bom sucesso com seus dois títulos.

A Microsoft comprou a Zenimax, dona da Bethesda e ID, em uma transação de grandes valores e os fãs ficaram no aguardo do que viria.
Mas o tempo foi passando e, enquanto na concorrente, os exclusivos de qualidade continuavam saindo com regularidade, na “caixa verde” as coisas não pareciam tão promissoras.
O Series S, um console de “semigeração”, inferior ao Series X, mas superior ao One X, começava a mostrar sua fraqueza.
O Game Pass, completamente consolidado na plataforma, agora já baixara as expectativas de muitos jogadores sobre os exclusivos lançados, uma vez que “eram praticamente de graça”. E a Microsoft pareceu entender que o foco em qualidade não era tão necessário…

Halo Infinite, anunciado em 2018, foi lançado em 2021, com a proposta de um mundo aberto, mas com qualidade gráfica deixando bastante a desejar.
Não me entendam mal, o título é até divertido, pra falar a verdade, mas longe de ser digno da franquia carro chefe da empresa.
Veio o anúncio de Redfall e Starfield (este último já em “produção” pela Bethesda aparentemente mesmo antes da compra).
Starfield recebeu diversos adiamentos e, neste meio tempo, a Microsoft aproximou-se da Activision Blizzard para uma possível compra, que foi temporariamente bloqueada pela CMA no Reino Unido e parece destinada a ser um batalha arrastada no sistema judicial.
E Redfall foi lançado.
A carcaça de um jogo, com centenas de bugs, um mundo aberto basicamente morto, sem as cutscenes animadas que foram usadas no marketing e, para piorar, feito pela Arkane.
Que fique claro, a Arkane Lyon é a responsável por Dishonored, Prey e Deathloop, jogos com a qualidade que tornou o estúdio famoso, especialmente por seus immersive sims.
Redfall foi desenvolvido pela Arkane Austin, mas ainda carrega o nome do estúdio.
E a Arkane Austin era a responsável por BattleCry, o multiplayer em equipe aos moldes de Overwatch que acabou sendo cancelado.
Acontece que, além do não lançado BattleCry, a agora Arkane Austin (anteriormente BattleCry Studios) nunca havia lançado um jogo, tendo apenas dado suporte em algumas funções de Doom e Fallout 76.
O jogo de estreia do estúdio foi um verdadeiro desastre, que acabou por abalar a já instável confiança dos fãs com relação ao futuro do Xbox.
Após uma entrevista franca (até demais) de Phil Spencer no podcast Kinda Funny Games, uma administração confusa e desencontrada parece ter sido revelada nos bastidores da Microsoft.
As esperanças repousam em Starfield, o jogo espacial da Bethesda.
Será que Todd Howard conseguirá salvar o dia?
Só o tempo dirá…

Eu só li verdades aqui.primeiro que a Microsoft sempre vem com promessas e mais promessas e nunca cumpre nada é sempre abaixo do esperado a qualidade dos jogos dela.outra coisa o game pass é algo benéfico para os jogadores mas se for ver no ponto de vista empresarial acaba sendo um tiro no pé uma vez que os próprios jogadores não tem interesse em comprar os jogos lançamento, já que esses próprios jogos lançam serviço gratuitamente.