Recentemente falei sobre o problema da múltipla escolha de jogos e sobre como serviços de assinatura nos dão mais opções do que conseguimos consumir, “problema” enfrentado também nos filmes e séries.
Hoje gostaria de abordar a questão do consumo consciente, ou seja, como escolhemos aquilo que compramos.
Desde já deixo claro aqui que, embora aborde o assunto, nem de longe sou um exemplo da teoria (para não perder o hábito da mea culpa habitual).
A partir do surgimento dos mercados digitais e o fácil acesso decorrente deles, as promoções tornaram-se mais comuns.
Começando pelo Steam, com seus preços baixos e suas promoções fortes, a prática estendeu-se às plataformas online dos consoles.
Hoje, somos bombardeados por múltiplas promoções ao longo do ano.
A tentação é sempre grande: quem nunca abriu múltiplas abas com os títulos de interesse ou foi colocando todos no carrinho virtual até decidir se comprava ou não?
Dada a facilidade do pagamento pelo acesso a compras imediatas nos aplicativos bancários e cartões de crédito, comprar torna-se um ato muito mais impulsivo, cada vez menos moderado.
Os coldres deram lugar às carteiras no saque rápido e o baleado deixou de ser o adversário ao pôr do sol, mas sim o extrato bancário ao fim do mês.
Uma mudança de hábito pode ser saudável.
Ao pensar em comprar, avalie: você realmente precisa deste jogo agora? Há muitos jogos (alguns deles até mesmo semelhantes) na sua backlog, já aguardando serem jogados?
Dependendo das suas respostas, tal aquisição pode ser postergada.
Bem, ao menos é como deveria acontecer, não estou dizendo que eu vá fazer o mesmo.
Afinal de contas, este ainda é um Filosofando Sobre Pixels e não uma terapia disfarçada… eu acho.

Quando pude começar a comprar jogos minha filosofia inicial era: Ok ter 2 jogos com propostas semelhantes na fila para jogar. Assim dá para escolher o que estiver com vontade de jogar sem precisar ficar se forçando porque já comprou, o que também é um problema.
“Quero um RPG de criação de monstro” < Mas já jogou um Shin Megami Tensei recentemente? É bom já ter outra alternativa no ponto para quando der vontade. Ficava um backlog de +-20 jogos, que parece muito, mas não é nada, achava bem saudável. Consegui manter uns 2 anos ainda. Agora já tá no infinito mesmo huehuehue
Eu comecei com problemas de como comprar os jogos, pelo preço que custavam, no início do PS3 (problema que agora parece estar se repetindo).
Mas com os indies aparecendo cada vez mais, fui acumulando absurdamente.
Agora eu tenho backlog com vários títulos do mesmo gênero, podendo escolher qual jogar, mas na primeira promoção, lá estou eu colocando mais coisas no carrinho.