A Incoerente Concorrência

Quem está acostumado à frequentar o site, sabe que esse tipo de artigo é exclusivamente feito pelo @thiagomusashi, mas dessa vez, acho válido eu mesmo fazer um artigo do estilo para debatermos algo que tenho tido aprendizado e experiência como dono do site e a pessoa que lida com os bastidores para o conteúdo que fazemos aqui, por isso criei um usuário com meu nome para que fique claro que:
A opinião exposta aqui é exclusivamente minha, e não representa a opinião do site Shin Reviews e da sua equipe em um todo.

Dito isso, vamos começar…

O começo do caminho…

Desde que comecei com o site em 2020 até os dias de hoje, já posso considerar um tempo razoável para opinar sobre o que acontece na busca de conteúdos e jogos para reviews. Ao contrário do que muitos pensam ou acham, cada caso é um caso, mas a essência de qualidade provém da forma que cada um lida com suas criatividades.

Um desses pontos é o fato de precisar de chaves de jogos (Review Codes) para gerar conteúdo de análise e publicar para instigar a comoção dos seus leitores perante o que esperam do título em questão.
Não é novidade a repercussão que isso causa em diversos meios, seja por quem está do lado de fora e sonha em conquistar um lugar nesse ramo ou por quem já está no meio e luta constantemente em conseguir uma ferramenta de trabalho para ter seu site / canal atualizado.

Entretanto, parte desse aspecto se dá por pontes, seja sites de códigos onde as empresas se inscrevem e analisam os pedidos ou por agenciamento de publicidade e marketing com os famosos profissionais PR (Public Relations), aka, relações públicas.

A educação vem de berço…

Uma das grandes dificuldades do ser humano é ter uma plena educação e saber lidar com as situações que terá na sua vida. A educação começa com seus pais / responsáveis permitindo o que pode e não pode fazer, além do que pode ou não pode se ter, e vai se alinhando na vida escolar, juntamente com o conhecimento de matérias e assuntos que irão moldar sua personalidade enquanto cresce, juntamente com regras que terão nos recintos.

Tal qual essa educação, passa a ter uma nova evolução perante sua vida social e profissional, com amizades, inimizades, comportamentos e condutas, saber distinguir as possíveis soluções para diversas situações inusitadas e inesperadas da sua vida, desde uma troca de cargo, troca de moradia, vida amorosa e a mais temida de todas: demissão / desemprego.

Mas o que isso tem haver com o que vou abordar aqui???
Simples, se você quer ingressar na indústria de jogos, receber códigos para reviews, você deve ter a consciência que você deve ser educado e saber se apresentar para as pessoas, mostrar seu conteúdo e a qualidade que ele tem, desconsiderando onde, quando e “rótulo” que você carregue.

Os dois lados da moeda…

Evidentemente, abordar as empresas e as pessoas que são a ponte de comunicação com elas tem seus lados.
Por parte do lado do criador / candidato à conquistar a chave, algo deve ser levado em questão.
Apresente-se, mostre seu produto e torça para que eles analisem com carinho e vejam o potencial nele.
Porém, nunca devemos esquecer que PR’s / empresas são pessoas por trás do produto, onde há uma vida pessoal, um tempo pré-definido pra lidar com assunto depois de horas de trabalho.
Abordar excessivamente eles para saber se você será contemplado não adianta em nada, pois eles têm seu tempo em responder, assim como tratar de inúmeros e-mails e contatos que recebem.
O caso complica quando estes são procurados até no fim de semana, onde na teoria, é um dia de descanso e paz para essas pessoas…
Todos nós sabemos que 2020 foi uma época difícil e que grande parte das pessoas desenvolveram ansiedade (eu incluso), mas evite cobrança e perguntas em excesso.

Sobrecarregado? Não, imagine…

Por parte dos PR’s / empresas, acredito que um dos pontos chaves dessas cobranças em excessos indesejados é a falta de comunicação em dizer algum parecer sobre as possibilidades de receber o código ou não.
Sei que todos tem a intenção de ajudar o máximo de pessoas e nem sempre é possível perante o número limitado de chaves que recebem e o excesso de e-mails que possuem, mas assim que você ver um potencial candidato a não receber, disserte sua posição o mais breve possível, nem que seja em um segundo e-mail de contato dessa pessoa que está perguntando se irá conseguir trabalhar ou não com o título. A pior sensação é a de vácuo, não tenha medo de negar e dizer porque está negando, pois assim irá ajudar o criador de conteúdo em melhorar e tentar em um próximo título, ou ainda assim, organizar melhor a sua agenda de espera.

Quantidade X Qualidade

Evidentemente, na lógica de campanha de lançamento, o ideal é ter engajamento alto, tráfego em excesso para esperar que o maior número de pessoas veja o conteúdo.
Algo que os sites e canais já consolidados possuem e que garantem, na maioria das vezes, o seu review garantido, porém, o calo aperta quando sites e canais menores recebem.

Nesse momento, todo o reflexo de educação vira um gatilho para exposed, reclamações em redes sociais, carteiraços e tudo que é passível para gerar trend e ver se ajudam em receber códigos de forma tardia por intermédio de seus fiéis públicos comentarem e darem conotação às marcações.

Agora vocês sentirão a minha ira… no Twitter!

Porém, em vez de carteiraço, teve algum momento que a pessoa sequer pensou se errou em algum momento??? Alguma informação errônea, alguma incerteza de coerência de abordagem, pesquisas e informações equivocadas????
Talvez sim, talvez não, mas a atitude é sempre a mesma: reclamar que não recebeu.

Na teoria mais coerente, canais menores por si só, devem se preocupar em mostrar um conteúdo plausível e que chame atenção para poder trabalhar com títulos futuros; essa é, na maioria das vezes, o diferencial entre quantidade e qualidade.
Os maiores têm demonstrado, no decorrer dos anos, pouco conhecimento em determinados assuntos, seja jogos de nicho ou até de franquias de renome, tivemos diversos exemplos ao redor do mundo que podemos constatar na internet.
Tais atitudes fazem com que as informações sejam equivocadas e pode haver a possibilidade de ficar sem códigos em algum plano futuro. Mas… eles tem engajamento, é aí que o outro lado erra

A incoerência profissional e pessoal…

O carteiraço as vezes faz com que os códigos retidos, até então, sejam enviados o mais breve possível, isso gera uma bola de neve com outros criadores de conteúdos que se acham injustiçados com argumentos padrões e falta de comunicação comentada anteriormente, sem uma nova análise de potenciais conteúdos de qualidade que ainda aguardavam sua ferramenta de trabalho.

Da mesma forma que a má impressão por uma péssima apresentação fica para quem lida com os pedidos, o contrário acontece pela má representatividade em ter uma relação pública de qualidade para analisar o produto em questão. Códigos enviados no mais tardar, geram uma comoção negativa entre todos os geradores de conteúdos de diversos tamanhos.

“Você sabe com quem está falando?”

Ou seja, a incoerência é dupla: seja pelo criador que dá carteiraço e reclama de algo que não recebeu ou pela empresa / PR que cede um código às pressas para evitar um trend público, desconsiderando a qualidade e levando em conta apenas a quantidade.
A incoerência do lado do criador de conteúdo é pela falta de profissionalismo em alguma vez na vida receber um não, assim como a incoerência da parte do PR é dizer que não há mais códigos disponíveis, mas ceder para alguém que não recebeu por medo da repercussão gerada no engajamento monstruoso que ele tem.

Aqui no site temos diminuído a frequência de reviews compatíveis com datas de lançamento justamente pelo número pequeno de editores, isso reflete na qualidade que quero manter no site e que faz jus ao portfolio que temos, uma vez que não quero editores com analise superficial e que não saibam fazer um tutorial que repasse a mecânica e experiência o jogo traz.
Da mesma forma que a transparência é mantida e os perfis de conquistas são abertos para quem quiser ver se o editor terminou ou não o jogo em questão.

A incoerência na concorrência

Chegamos então ao que diz respeito às diversas formas que os concorrentes têm de achar meios para se sobressair com relação aos outros. Evidentemente que a estratégia faz parte do negócio, porém a ética profissional deve ser levada em questão para que a concorrência seja leal.

Em diversos lugares do mundo temos PR’s que trabalham como escritores, a grande maioria trabalha como escritor freelancer e autônomo, opinando sobre os diversos materiais que produz e aprecia com a empresa que trabalha.

Até aí tudo bem, o problema é quando editores que trabalham pra sites consolidados tem vínculo direto com agenciamento ou contatos que podem gerar uma vantagem monstruosa com relação ao conteúdo gerado, seja um acesso antecipado de forma exagerada, embargos diferenciados ou até mesmo a famosa “exclusividade de divulgação”.
Essa quebra de moralidade fere e muito os que estão na luta e que não são vistos de forma tão fácil.
A ética profissional se enquadra na correlação e influência prevista em diversos fatores, seja na educação, saúde, legislação, jornalismo e, veja você, jogos.

Quando você oferece o código e escreve o review ao mesmo tempo…

Ter os famosos “contatos” certamente é um grande páreo para a competitividade nesse grande mercado, assim como também é a ponte para o sucesso, desde que se mostre um conteúdo com qualidade e criatividade merecida.
Ter contatos apenas para ganhar vantagem e entregar conteúdos duvidosos pode gerar o descontentamento específico e uma perda de chance de trabalho, acarretando a já comentada divulgação por rede social…

Outro aspecto que podemos abordar é a própria conduta como usuário e suas contas de seus consoles.
Levar um banimento, por qualquer motivo que seja, mesmo que tenha comprado diversos jogos digitais nessa conta gerará um gatilho de descontentamento com relação à plataforma.
O mesmo vale ao deixar de receber um código para trabalhar em jogo mesmo tendo diversas campanhas e coberturas com determinado título.
Aí que devemos analisar como foi a própria conduta quando isso acontece…

PlayStation Plus Collection baniu uma porção de consoles

Quem não lembra da época de quando tivemos o lançamento da Coleção Playstation Plus no Playstation 5, onde diversos casos de banimentos ocorreram em massa por conduta imprópria e comercialização de resgate de jogos???

A desinformação é a arma dos tolos…

Com isso, muitas pessoas se colocam no lugar dos seus queridos geradores de conteúdos e os defendem independente de sua reputação e qualidade, mesmo que eles tenham cometido falhas sem uma análise própria e sem a devida atenção à informação.

Protejam o nosso criador de conteúdo!

Tal qual a questão que levanto aqui é justamente esses que vem defender com o chamado “Ato de Paladino” em achar o que é justo ou não quando sua fonte de entretenimento perde a chance de gerar um conteúdo qualquer.
Como podemos notar, não é apenas um processo que envolve um ciclo, mas também há os princípios de bom convívio da humanidade e reflexo da personalidade, saber julgar o que é justo por si só é pessoal demais, mas o mundo não seria o caos que é se a teoria fosse verificada antes de qualquer coisa.

A solução é simples, saber lidar com a dificuldade…

Com isso, posso dizer que, independente do tamanho de engajamento do criador de conteúdo, saber lidar com as diversas chances que terá, seja um sim ou um não, analisar se vale a pena criar o conteúdo, se pode ser postergado para outro momento e até mesmo, se vale o esforço.
Você deve saber lidar com a negação e a afirmação, saber se programar com plano B quando algo sair do controle, e acima de tudo, saber ser transparente e educado com quem lida com seu conteúdo e você diretamente.
Dê tempo ao tempo, não faça cobranças demasiadas para quem lida com você, e oportunidades novas sempre surgirão, já que empresas trazem jogos novos para nós de tempos em tempos.
Não conseguiu o título? Compre posteriormente e decida por si mesmo se fará o conteúdo ou não, afinal quem não é visto, não é lembrado, porém SAIBA COMO APARECER.

Para os PR’s / empresas, sabemos que vocês são sobrecarregados e não podem responder a todos, mas nunca deem respostas padrões de negação com contradição posterior (aka códigos mágicos brotando depois de dias negando que acabaram), pois de respostas padrão temos o atendimento automático, e se estão no cargo de relações públicas, bem… vocês também vão ter que saber lidar com a profissão que escolheram.

Haters existem, e se existem pra você, está no caminho certo.

Sou grato à todos os PR’s / agências / empresas que tenho contato, o texto em si é apenas para mostrar um pouco para quem desconhece o processo de trabalho (onde erroneamente é chamado de “mimo”)
Para quem se incomodar com o que leu, deixo apenas para a sua própria consciência lhe julgar.
Agradeço também a confiança que vocês nos dão sob a qualidade e diferencial que temos aqui, além da paciência e espera com relação aos nossos reviews, uma vez que, quem sabe como trabalhamos e aprecia a qualidade, sabe que uma hora ou outra seu artigo será enviado.

Fiquem com este belo corvo da paz, pois a pomba não é dramática o suficiente pro post

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