
* Esta análise foi feita com o código cedido pela Sometimes You (versão PS4/PS5)
Distribuidora: Sometimes You
Produtora: Madao Studio
Plataforma: PS4 / PS5 / Xbox One / Xbox Series X / Xbox Series S / Switch / PC
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2019/2021

Arkan the Dog Adventurer é um jogo de plataforma e arkanoid lateral, sobre um cão guerreiro.
Arkan (Arkanoid, sacou) é um cão guerreiro (ou cavaleiro) que precisa enfrentar uma série de monstros e bruxos, utilizando para tal seu bastão e uma bola.
Mas calma, não se trata de um jogo de baseball!

A mecânica é diretamente baseada em Arkanoid, que por sua vez deriva de Breakout, mas vamos por partes.
Breakout foi desenvolvido por Nolan Bushnell, Steve Bristow e Steve Wozniak, para o arcade pela Atari, em 1976 (inspirado por Pong). Posteriormente, foi convertido para os consoles como Super Breakout.

Por outro lado, Arkanoid, desenvolvido pela Taito para os arcades, em 1986, tendo diversas conversões para PCs e consoles.
Embora sua base seja a inspiração em Breakout, onde uma plataforma móvel precisa rebater uma bola para destruir as paredes, em Arkanoid foram adicionados power-ups, como bolas extras, vidas extras, efeito magnético, etc.

Voltemos a Arkan!
Enquanto os jogos influenciadores sejam sempre na vertical, com a plataforma na horizontal, aqui as coisas mudam de perspectiva.

Arkan pode mover-se livremente pelo seu lado da tela (uma barreira o impede de encostar nas peças), tendo pulo duplo e um teletransporte, que o permite deslocar-se para outro ponto da tela, com efeito de câmera lenta (ideal para salvar-se nos momentos de sufoco).

Plataformas ajudam-no a alcançar alturas elevadas para o arremesso (ou rebater a bola).
O objetivo é quebrar as paredes de proteção e destruir os inimigos, que o atacam disparando projéteis ou realizando outros ataques, como a paralisia provocada pelos pentáculos (pentagramas dentro de círculos) ou mesmo as mãos “zumbi” lançadas para agarrá-lo no chão ou nas plataformas.

Como Arkan move-se pelo cenário, é possível escolher a direção da bola com o analógico, sendo para atingir diretamente o inimigo e/ou as peças, ou para fazê-la quicar, abrindo caminho até o adversário.
O cão possui uma barra de vida, permitindo até quatro ataques antes de morrer e uma barra de mana, para utilizar o teletransporte.

Diferentemente dos outros jogos, no entanto, a perda da bola não causa o game over ou dano ao personagem, apenas retardando as ações do mesmo.

O gráfico de ATDA é simples, com bastante cores, focando no personagem, plataformas, inimigos e peças em primeiro plano, com uma imagem de fundo representando a paisagem do cenário em si (são três os mundos presentes).

A trilha sonora é um tanto quanto repetitiva, mas não chega a incomodar, dada a atenção que você terá voltada aos ataques e à bola.
A platina de Arkan The Dog Adventurer não é difícil, uma vez que você não precisa necessariamente completar um mundo para testar o próximo, apenas destruir todas as estrelas no cenário antes de derrotar o último inimigo.
A pontuação das estrelas determina a quantidade para desbloquear um novo mundo.

Além de conseguir as 100 estrelas (com, troféus para cada 10 estrelas coletadas antes disto), teletransportar-se 20 vezes, morrer 10 vezes, acertar a bola 10 vezes sem perdê-la, destruir 10, 100 e 500 blocos compõem os demais troféus.
RESUMO DA ÓPERA:
Arkan The Dog Adventurer é um título curioso pela mistura de elementos.
Afinal de contas, quem já pensou em mesclar arkanoid e plataforma? E colocar um cão como protagonista???
O gráfico simples e a trilha sonora um tanto quanto monótona não apagam o brilho do gameplay preciso e do desafio instigante.
Arkan The Dog Adventurer surpreende pela combinação de elementos e pelo protagonista, um cão que, ao contrário da maioria, não corre para pegar a bolinha, mas sim rebatê-la e derrotar poderosos inimigos.