
Os jogos procedurais se tornaram um grande dilema em muitos dos jogadores, seja pela sua dificuldade ou simplesmente pelo fato de não ter um design de fases fixo. Porém, a forma que cada jogo lida com o sistema, mesmo sendo procedural, pode surpreender muito e torna a dificuldade dinâmica por sempre tentar “lhe surpreender” pelas possibilidades durante a rodada…
Curse of the Dead Gods é um procedural isométrico com elementos de RPG, ação e aventura, com uma punição que lembra muito o Hades, que o Pena fez review lá no canal Play the Game, podendo ser visto aqui:
Desenvolvido pela PassTech Games e distribuído pela Focus Home Interactive, vamos então adentrar no templo perdido e mostrar como o jogo funciona?
OBS: o review / tutorial pode ter ficado extenso, porém tentei construir da melhor forma para que a leitura e o aprendizado do jogo seja satisfatório enquanto acompanha o texto, pois o jogo tem muitos detalhes no seu sistema, sendo assim, espero que gostem e não seja cansativo.
Código cedido para review pela Focus Home Interactive, versão Playstation 4
Nome: Curse of the Dead Gods
Gênero: Aventura / RPG / Ação (subgênero: Roguelike / Procedural)
Desenvolvedora: PassTech Games
Distribuidora: Focus Home Interactive
Plataformas: Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Lançamento: 2021 (23 de fevereiro)
Mídia: até o momento do review, apenas digital
Tela Título

História / Enredo

VOCÊ PROCUROU RIQUEZAS INCONTÁVEIS
VIDA ETERNA, O PODER DE UM DEUS…
AMBIÇÃO…
ISSO LEVOU A ESTE TEMPLO DANIFICADO,
UM LABIRINTO APARENTEMENTE INFINITO DE
POÇOS SEM FUNDO, ARMADILHAS MORTAIS E MONSTROS
COMO CASTIGO POR ADENTRAR EM UM LUGAR SAGRADO
SEU BRAÇO DIREITO SERÁ AMALDIÇOADO
QUANTO MAIS FUNDO IR AO TEMPLO, MAIS A ESCURIDÃO IRÁ LHE CONSUMIR
NADA MAIS LHE RESTA, HÁ NÃO SER DESAFIAR OS DEUSES E ESCAPAR DO DESTINO MORTAL
Personagens
O Explorador

Caradog McCallister
Nosso personagem jogável.
McCallister é (ou foi ?!) um explorador britânico do final do século XIX.
Sua Machete e revolver Webley são suas armas iniciais.
Sua ganância e ambição por riquezas e relíquias lhe custaram o preço ao entrar no tempo dos Deuses Mortos.
Tal ousadia, lhe custou o braço direito, que foi amaldiçado por Xbeltz’aloc, o Deus da Morte.
Os Deuses da Maravilha / Os Deuses Mortos
McCallister precisa provar seu valor para os 3 Deuses da Maravilha, afim de encontrar o Deus Supremo da Morte, para isso deverá derrotar eles para então encontrar o caminho final e tentar evitar seu destino mortal…


T’amok’
T’amok, o Deus Jaguar da Guerra e do Fogo Terrestre, um dos maiores Deuses das Maravilhas Chatac, agora se encontra preso em um templo construído para sua glória. Ele prometeu a seus seguidores invencibilidade e invulnerabilidade, uma maneira elegante de dizer que eles seriam imunes a todas as formas de sofrimento. Que farsa. Ele se esqueceu de avisá-los de que o caminho que conduzia para longe dos Deuses da Dor os distanciaria cruelmente de sua humanidade com cada sacrifício aceito. Quando eles abraçaram os poderes do Deus Jaguar, seu senso de empatia se dissolveu e uma selvageria cruel preencheu o vazio. Eles começaram a pintar suas paredes com o sangue de sua parentela.
Eu experimentei os poderes de T’amok e paguei a ele em ouro. O verdadeiro preço não é o metal precioso gasto, mas sim as preciosas memórias de quem me amou enterrado e esquecido.

Yaatz
Os seguidores de Yaatz, a Deusa Águia do Céu e do Fogo Tempestuoso, eram de fato uma seita eletrizante a ser temida com razão. A promessa da Deusa da Maravilha era onipotência, que se traduzia de Chatac no poder de matar em um piscar de olhos. O preço estabelecido pelo poder de matar à vontade era muito mais caro do que o ouro que pagaram. Matar com rapidez se tornou um esporte para eles, e cada alma inferior que cruzou seus caminhos dourados uma oportunidade de exibir seus dons horríveis e se banhar no sangue de sua superioridade.
Eu troquei ouro e sangue pelos poderes de Yaatz, e com cada presente um pedaço de minha alma. Não ouso parar para me perguntar quanto uma alma pode pesar e quantas peças podem ser trocadas antes que expire completamente. Temo que algumas noites, se um dia eu encontrar uma porta que dá para fora deste inferno, seja um monstro que escapa, uma criatura que se esqueceu completamente do que significa ser humano.

Sich’al
Eu deveria ter pensado melhor antes de confiar em uma cobra, não importa o quão tentadoras são suas canções e inebriantes os seus segredos. Sich’al, a Deusa Serpente da Visão e Percepção Divina, é a mais traiçoeira dos Deuses da Maravilha, pois suas mentiras estão envoltas em uma verdadeira paixão pelo mistério. Ela promete onisciência, que seus seguidores acreditam erroneamente ser um caminho para controlar seu próprio futuro. Só depois que sua casca perde sua forma vibrante e seus cabelos se transformam em arame, é que eles percebem que também escaparam da vida como antes. Sich’al revela a eles tantas coisas incríveis, mais do que uma mente pode conter, e isso os leva à beira da loucura.
As poções de Sich’al, se tomadas com cuidado, aumentam os sentidos e, quando seus afetos estão com força total, é como se alguém pudesse sentir o cheiro de ouro através das paredes e tesouros através do carvalho de seus baús. No final, a ganância é a única virtude que a Deusa Serpente verdadeiramente inspira, e a verdadeira morte a única coisa que vale um desejo.
O Deus Supremo

Xbeltz’aloc
Aprendi tão pouco sobre o Deus da Morte em minhas incontáveis ressurreições dentro dessas paredes amaldiçoadas. Os Chatac o chamam de líder dos Deuses da Dor. Tudo o que sei é que agora ele governa as paredes do templo, antes dedicadas aos Deuses da Maravilha, e os deuses Jaguar, Serpente e Águia são agora seus prisioneiros.
Xbeltz’aloc afirma que ele só quer que os homens continuem humanos e as mulheres continuem humanas. Esse é o seu propósito e esse é o seu objetivo. Tudo que sei é que o quero morto. Mil males nunca poderiam esconder um único gesto de bem.
Gráficos
O jogo conta com gráficos em cell shading, sendo um ambiente macabro, ele pode ter tons mais escuros e pálidos, porém com efeitos muito competentes na sua concepção, como a própria luminosidade, a coloração se destaca, assim como a interação das posições da luz com relação ao cenário, movendo assim as perspectivas das sombras…

Som / OST
Como não podia deixar de ser diferente, a trilha sonora tem um arranjo com músicas tribais, sendo composta por Leon Shelby Wright. Mesmo sendo pequena em número de músicas, a trilha sonora é bastante competente.
Para apreciação, deixo aqui a OST pelo canal Hear the Game:
Jogabilidade
A jogabilidade é bem fluída e rápida, os combates rápidos em alguns momentos são divertidos justamente pela resposta rápida do jogo com relação à sua reação, incluindo o fato de ter um esquema confortável para a posição de cada ação, mas que também é mapeável conforme a necessidade de cada jogador.

Sistema de Jogo
O jogo tem apenas um modo, que é o de explorar o templo abandonado, onde você pode ter 3 slots de save para suas explorações, sendo possível iniciar uma expedição e continuar depois.

Começando as Expedições

O templo é dividido em alas, com a ambientação diferentes para os devidos deuses:
Ty’atanwic, templo do Jaguar

A primeira rodada do jogo começa nesse templo, onde sua ambientação é repleta de armadilhas com o elemento de fogo, alguns calabouços e armadilhas de estacas. Este templo é dedicado ao Deus T’amok’.
Sua base de inimigos é relacionada à 6 tipos, sendo Lurkers, Death Wives, entre outros…
Hucawic, templo da Águia

O segundo templo do jogo está repleto de maquinários complexos e avançados, possivelmente alimentados por raios. Conforme avança seu ambiente irá mudar para cenários mais sangrentos.
Suas armadilhas envolvem canhões de pequenas tempestades usando raios e ventos, folhagens e armadilhas de proximidade. O templo é dedicado ao Deus Yaatz.
Também possui 6 inimigos na sua base, incluindo Sentinels, Harpiens, entre outros…
Chucwic, templo da Serpente

O terceiro templo do jogo tem um ambiente mais pantanoso, com algumas cabeças de serpentes que soltam veneno, assim como poças no chão para lhe envenenar e plantas traiçoeiras. Conforme avança, seu ambiente se torna mais limpo, porém mais dividido em caminhos. O templo é dedicado à Sich’al.
Sua base de 6 inimigos incluem Serpents Cultists, Vermin entre outros…
A exploração dos 3 templos é feita de forma isolada, você faz a expedição em 1 ambiente por vez, porém conforme avançar no jogo, irá precisar tomar cuidado com alguns detalhes…

Ali no nome da expedição, fica registrado seus recordes:
Tempo – duração da expedição na sua conclusão (ou falha)
Dinheiro – dinheiro encontrado na expedição
Conclusão – quantas vezes concluiu
Resumo– quantas vezes resumiu (geralmente quando salva no meio da expedição)
Mortes – quantas vezes morreu
Os eventos eu explicarei mais pra frente…
Como visto na foto de explicação dos templos, em todo início de rodada, McCallister deve escolher qual dos 3 ambientes dos Deuses ele quer explorar, ao selecionar um deles, o mapa específico é gerado de forma randômica, mostrando as salas presentes:

Os caminhos são divididos e as opções podem ser tentadoras, o segredo de saber decidir o que fazer e em qual sala ir, é parte do seu sucesso no jogo, como veremos daqui á pouco.
As salas são representadas por ícones que podem lhe auxiliar, ou simplesmente tentar a sorte…
As salas de ouro terão maior número de dinheiro, isso inclui os de chão e baús.
As salas de armas terão chances de encontrar armas melhores.
As salas de aprimoramento terão chances de encontrar as armas em níveis maiores.
As salas de relíquias terão chances de encontrar relíquias para equipar.
As salas de estatísticas terão chances de melhorar seus atributos.
As salas de cura são salas para recuperar seus pontos de vida, porém lhe corrompem.
As salas de desafios constam em salas para destruir uma horda de inimigos e ganhar dinheiro.
As salas desconhecidas podem ser qualquer uma das salas acima…
Lutando e sobrevivendo contra o seu destino
Começando agora ao que realmente importa, as batalhas…
O HUD se define em:

Parte Esquerda Inferior – equipamentos, atributos e pontos de vida
Centro Inferior – indicador de zona em luminosidade / escuridão
Parque Direita Inferior – mortes em sequência, bênção, ouro e maldições
Note que os números nos inimigos é o dano causado e a barra, o indicador de vitalidade deles
Abaixo de McCallister são os indicadores de vigor.
O arsenal material
Como equipamentos, McCallister possui 4 slots: tocha, arma primária, arma secundária e arma de duas mãos, com exceção da tocha, todas as outras possuem diversas opções durante sua exploração e loot.
Para a tocha, ela influencia na luminosidade do caminho explorado, assim como acender os braseiros e espalhar a luz nas imediações. Pode também atacar os inimigos para causar a anormalidade de fogo nos inimigos, porém o dano de impacto é pequeno.
OBS: a tocha é a única que revela as armadilhas enquanto está explorando e correndo no mapa.

As armas primárias se constituem em armas brancas, armas de arremesso, armas de combate fechado, etc…

As armas secundárias são armas que podem ser de fogo, armas de alcance mais longo ou armas de defesa e investidas como escudo.

As armas de duas mãos são armas mais pesadas, que como o nome já diz, precisam das duas mãos para seu manuseio, como exemplo podemos citar armas longas, armas mais fortes ou arcos. Com isso, seus ataques são mais lentos e precisam ser executados em um timing satisfatório para serem usadas.

O combate e seus domínios
O combate possui muitos detalhes interessantes na sua mecânica, isso inclui a forma que você pode emendar os combos das armas e ainda alternar os ataques, seja na intensidade ou na própria sequência.
Ataque carregado
As armas possuem ataques mais fortes se segurar o botão, porém você gasta um ponto de vigor para efetuar esse tipo de ataque…
O indicador é um brilho na mão que McCallister usa para o manuseio da arma.

Combo da Mão contrária
Ao começar um combo com a arma primária e trocar para a arma secundária, você faz um combo exclusivo da arma secundária que estiver carregando, podendo dar um ataque exponencialmente forte, porém consome um ponto de vigor.

Defesa / Parry / Esquiva
McCallister é capaz de se defender para diminuir o dano absorvido ou fazer defesa em último momento, causando uma quebra na postura do inimigo e poder contra-atacar.

Caso seja um jogador de perfil mais evasivo, a esquiva também tem a esquiva perfeita, se for feita instantes antes de ser atingido, que lhe concede velocidade por alguns segundos para contra atacar ou pensar em fugas estratégicas
Tiros Perfeitos
As armas de alcance (seja secundária ou armas de duas mãos) tem um carregamento diferenciado, onde o feixe da linha de tiro alterna a cor para branco, ao segurar o botão, caso fizer o disparo nessa coloração branca, você executa o tiro perfeito, que dará mais dano e chances de crítico maiores.

Ainda tem mais pra falar dos equipamentos e combate, mas irei dar outros detalhes mais pra frente…
Dano ambiental
É possível usar o cenário como auxílio de dano, seja pelas armadilhas ou pelos próprios inimigos, então seja criativo…
O arsenal espiritual
No Inventário de McCallister, temos essa tela:

Abaixo do rosto do nosso explorador, temos as Bençãos e os Atributos.
Na parte central temos set de equipamentos, relíquias e corrupção.
Na parte direita, os atributos e informações dos itens averiguados.
Atributos
McCallister tem 3 atributos base na sua composição, e cada um deles é ligado aos Deuses da Maravilha, sendo eles:
![]() | Regido por T’amok’, é responsável para aumentar seus pontos de vida |
![]() | Regido por Yaatz, é responsável por aumentar o dano base das armas |
![]() | Regido por Sich’al, é responsável pelo rendimento de ouro e drop |
Como podemos notar, não há um atributo específico para defesa, tudo é no combate ofensivo e estratégico com relação aos padrões dos inimigos…
Os atributos também podem ser ganhos através dos atributos de equipamentos / relíquias ou altares de ofertas.
Relíquias
As relíquias são itens que darão habilidades passivas na rodada, podendo ser diversificada por diversos fatores, como danos críticos maiores, ataques elementais, curas mais efetivas, etc…
É possível equipar até 5 relíquias, ao encontrar outras, terá que trocar por alguma já equipada.
Bênçãos
As Bênçãos são habilidades passivas que são liberadas ao conseguir completar 1 rodada.
Diferente das relíquias, as bençãos são habilidades passivas fixas, porém são limitadas até 3 para serem equipadas em McCallister, e conforme avançar nas suas expedições.
Além disso, há as Bençãos Divinas (traduzido erroneamente), que serão comentadas mais para frente…
Altares de Ofertas
Altares de ofertas podem ser de armas, relíquias e atributos.
Porém, essa oferta tem 2 tipos de preço: o seu ouro ou seu sangue, porém esse último lhe causa corrupção. As escolhas geralmente lhe deixarão em dúvida nas ofertas tentadoras, porém em alguns altares é possível usar as bênçãos divinas (traduzido erroneamente²), que reorganizarão o altar corrente com novas ofertas.
Detalhes para um melhor equipamento…
Aprimorando aqui as informações, note que os altares mostram diversas informações.
O número em cima da arma, esse número é o nível da arma.
O número abaixo da arma é o dano base e seus adicionais, seja conforme o status ou o dano crítico. Além disso, note que alguns sets podem complementar outros…
Para a sua comodidade, o jogo mostra a item da oferta comparado com o item do slot que ele seria substituído (seja arma ou relíquia).
As armas também possuem tipos de classe, ou seja, elas podem variar em:
Comuns | armas sem atributos e feitos adicionais, geralmente com sets simples |
Incomuns | armas com 1 efeito adicional |
Raras | armas com 2 efeitos adicionais |
Lendárias | armas com 3 efeitos adicionais |
Elementais | armas com dano elemental, seja fogo, relâmpago e veneno, além de efeitos |
Amaldiçoadas | armas com efeitos variados, porém com uma maldição dentro dela |
Ocultas | armas que devem ser encontradas no templo, geralmente de um campeão |
Com exceção das COMUNS, todas as classes podem ter uma bonificação base.

Os danos críticos são adicionais mais comuns dos atributos, e são indicados na tela com traços brancos, tela trêmula e dano com cor amarela.

Maldições / Corrupção
Como comentei lá no início do review / tutorial, McCallister é amaldiçoado ao entrar no tempo, e todo esse mal se concentra no seu braço direito.
A maldição pode lhe consumir de várias formas:
– avançando pelo templo e atravessando as portas das salas
– tomando dano de ataques específicos
– atributos ruins das armas
– oferecer seu sangue nas ofertas
– se curar nas salas de cura
Sim, tudo pode lhe prejudicar, porém ao encontrar relíquias, armas em baús ou no drop de inimigos, você terá 3 opções: Equipar, Negar ou ofertar aos Deuses
Equipar, é trocado o item pela comparação mostrada, negar simplesmente deixará o item no chão, e ofertar aos deuses dará a bonificação corrente ali, pode variar com atributos, cura, dinheiro ou diminuir sua corrupção.
E não tente enganar os Deuses ao equipar uma arma previamente vinda do loot e trocar por outra para “tentar ofertar novamente”, porque a oferta SÓ APARECE ANTES DE EQUIPAR o item uma vez…
Sua corrupção vai de 0 à 100, divididos em 5 slots, totalizando 500.
À cada 100 de corrupção, McCallister sofrerá uma maldição e o indicador de corrupção ficará aceso.

Essa maldição será ativada ao passar pela porta de uma sala para outra (lembre-se que isso também aumenta sua corrupção em 20).
A maldição é totalmente randômica, e há várias maldições diferentes para atrapalhar a expedição de McCallister. Porém a quinta e última maldição é a mais temida, sendo uma das mais fortes.
Para remover as maldições deve-se enfrentar os campeões, ou conseguir um bônus de oferta dos Deuses, sendo 1 maldição removida por vez.
Agora note a imagem da maldição, onde fala em “sangue”……. isso nos levará para o próximo fator de combate:
Mortes Gananciosas / Combos
Conforme você derrotar os inimigos, você verá um medidor no canto da tela chamado Greed Kill (estranhamente traduzido como GANÂNCIA MATA), esses combos fornecem um valor adicional de ouro para McCallister (aumenta de 50 em 50%), enquanto ele manter o combo sem ser atingido:

Porém, há uma variante deste combo, sendo uma maldição / estado de Bloody Thursty (Sede de Sangue), onde o combo por mortes de inimigos e ouro encontrado em objetos se tornam sangue, esse sangue irá lhe curar (com a mesma bonificação de 50 em 50%) mas irá te corromper aos poucos.

Luz / Escuridão
A variante de zona de luminosidade e escuridão:
Como dito lá no início, a tocha te mantém em lugares iluminados, revelando armadilhas e mantendo os inimigos mais descobertos. A vantagem desse estado é que você sofre dano normal, mas claro que há alguma maldição e condição que poderá te tirar isso…
Porém, na escuridão, você pode atacar os inimigos de surpresa, e dependendo do seu bônus, ter um ataque com valor base maior. Ao ser notado por algum inimigo, o símbolo “!” fica em cima de seu personagem. Porém você sofre 50% mais dano nessa zona.
A tocha pode sofrer uma maldição e ter a chama obscura, impossibilitando você de acender os braseiros (incluso os braseiros que já tem a aura obscura de uma chama assim).

Grau de Inimigos
E por fim… seus inimigos.
Conforme avançar, seus inimigos irão se dividir em comuns e elites.
Os elites nada mais são que uma versão mais resistente dos inimigos comuns, com os olhos vermelhos, demonstrando que são mais agressivos e mais fortes…

Em uma hierarquia acima, estão os Campeões e os Avatares Sombrios.
Os campeões são os chefes dos tiers 1 e 2 do templo, e os avatares a simbologia sombria dos Deuses da Maravilha…
Tiers dos Templos / Morte / Punição
Como visto, os inimigos tem uma hierarquia de poder, e é dividido em TIERS.
Sua expedição inicial tem o TIER 1, você deve vencer os campeões dos 3 ambientes para ganhar emblemas de sangue e liberar as expedições do TIER 2.
O que acontece no Tier 2????
Inimigos mais fortes e ter de passar pelo Tier 1 novamente, enfrentando o campeão para adentrar na Tier 2 e encontrar o segundo campeão dos 3 templos, ganhar novos emblemas de sangue para liberar a Tier 3…
O que acontece no Tier 3????
Acho que você já deduziu……
O Tier 4 é onde está o Deus da Morte…
Já para a sua morte / derrota, o sistema punitivo lembra muito (pra não dizer EXATAMENTE) o de Hades, onde ao morrer, você perde tudo (não há como “reencontrar seu corpo” não, afinal é roguelike) e volta pro início, ou seja, se tiver no tier 3 ou 4 e morrer, você volta pro Tier 1.
Seja qual seu resultado, morte ou vitória, sua estatística será mostrada:

Submundo
Se você teve a infelicidade de morrer, não se preocupe, os Deuses lhe darão mais uma tentativa e lhe trarão de volta ao salão principal do templo através do submundo.
Se terminar uma expedição, você também volta para o salão principal do templo.
Além disso, este “outro lado” pode lhe conceder alguns auxílios.

Você pode usar os cristais de esqueleto e anéis de Jade para desbloquear bênçãos, armas abandonadas, altares das armas e bênçãos divinas (no original Favores Divinos).
As habilidades passivas das bênçãos são desbloqueadas com os cristais de esqueletos que encontrar em drop de inimigos e campeões, porém as outras classes de bênçãos são desbloqueadas conforme juntar emblemas de sangue, ao concluir as expedições….

As armas abandonadas podem ser oferecidas nos altares das armas antes de adentrar nas expedições (observar a imagem no parágrafo de submundo) ou encontradas durante as expedições. Os anéis de Jade são os itens usados para o desbloqueio das armas, sendo encontrados apenas ao derrotar as hierarquias mais fortes de inimigos (campeões em diante).
Com exceção das armas ocultas, obviamente…

Os altares das armas oferecem armas de set diferenciado, fazendo com que McCallister tenha opções adicionais para seu início de expedição, largando sua machete e revolver Webler (ou talvez trocando pelos mesmos tipos, porém mais fortes?)…
Os altares e as armas neles surgem conforme forem liberados usando os cristais de esqueleto.
As ofertas são randômicas, e podem ser aprimoradas e restauradas.

E por fim, os Favores Divinos (Bênçãos Divinas), já explicados anteriormente e que podem ser alocados com uma quantidade de até 10.

Eventos
Diariamente o jogo tem eventos para tentar juntar prêmios interessantes, porém é apenas em 1 tentativa, com condições específicas e que tem um grau de dificuldade moderado / extremo…
O jogo permite mostrar até 3 eventos, ou seja, se ficar até 2 dias sem participar de um evento, ele manterá ali até você jogar (por, repetindo, até 3 dias).

Caso tiver curiosidade, vou deixar aqui um playthrough nesse evento aí…
Tem 21 minutos mas não está todo o evento no vídeo…
Troféus / Conquistas
Dificuldade: 8/10
Para platinar / dominar o jogo, você precisará de um certo empenho, porque irá lhe custar um desafio intenso.
De forma resumida, você deve completar o jogo (ou seja, enfrentar todos os chefes), fazer um combo de 10 mortes gananciosas, juntar 50 de cada atributo, fazer 10 ofertas de sangue em uma expedição, defender 3 ataques em menos de 2 segundos, equipar 3 slots com armas amaldiçoadas, equipar uma arma oculta, completar 10 eventos diferentes, desbloquear 20 armas e 20 bênçãos, se livrar da maldição final e completar os desenhos do bestiário (isso deixo pra você descobrir quando jogar).
Considerações Finais
Graficamente o jogo tem uma satisfatória aparência visual, alternando bem suas cores entre o obscuro e pálido com o colorido e luminoso, com efeitos de luz competentes e bonitos. O visual cartoon do jogo combina com o cell shading na visão isométrica, algo incomum de se ver nesse ângulo de visão….
A trilha sonora apesar de pouco número de músicas, há uma certa variante em seus ambientes e dinamismo, tornando o ambiente tribal algo notório nas batalhas, até mesmo pelo design do jogo. Infelizmente não tive como ver o portfólio do compositor do jogo, mas caso ele leia isso, gostaria que entrasse em contato (no menu portfólio) e comentasse via e-mail para atualizar o texto e dar os devidos créditos.
A jogabilidade é fluída e com respostas rápidas para a ação que o jogo propicia no seu ritmo rápido as vezes, geralmente na progressão, haverão salas com intenso número de inimigos e as batalhas com os chefes terão um ritmo interessante nos duelos e nos padrões de ataques deles… a possibilidade de mapear o jogo é um ponto a favor para todos os jogadores se sentirem a vontade no seu próprio esquema de controle.
A performance do jogo é satisfatória no PS4 Fat, com 60fps e variantes com efeitos excessivos na tela, porém sem incômodo.
Mesmo assim, o jogo fornece a opção para limitar e deixar os 30 fps constantes, caso for da sua preferência. Não houve crashes repentinos, independente do tempo de jogo.
O desafio do jogo é moderado / extremo conforme avança, punitivo como todo roguelike mas não impossível, com a mecânica proposta no jogo, acaba sendo divertido ter que decidir o seu livre arbítrio e as ofertas que lhe causam a tentação e a dúvida do que fazer e em qual caminho tomar. As armas tornam a variação do jogo algo rico, mesmo que na sua execução de Tiers e replay causem a sensação de “mais do mesmo” com uma duração maior e forçada, mas acredito que o vício irá tomar conta de você até vencer os Deuses.
Até o momento do review, me faltaram 3 chefes pra vencer, mas decidi que era a hora de eu publicar meu formato de review para a apreciação de todos nesse jogo.
Curse of the Dead Gods com certeza foi um jogo roguelike competente, deixando ainda mais a linha tênue de “ame ou odeie” para esse gênero ainda maior, reforçado pelo seu sistema e dificuldade.
Por fim, ACHO que está bem explicado, claro que há alguma coisa ou outra que eu possa ter omitido (ou esquecido porque sim), tipo bestiário e detalhes dos templos… LOL
E você, ajudará McCallister à se livrar da morte ou desistirá da jornada e aceitará seu destino, consequência da sua ganância????
Um comentário sobre “Review / Tutorial: Curse of the Dead Gods”