
* Esta análise foi feita com a versão Xbox One
Distribuidora: Devolver Digital
Produtora: Askiisoft
Plataforma: Xbox One / Switch / PC / macOs
Mídia: Digital
Ano de Lançamento: 2019 (2020 no Xbox One)
Um assassino preciso. Um psiquiatra. Uma droga vital.
Katana Zero é um jogo 2D de ação e plataforma rápido, com mecânica de one hit kill.
O Assassino Perfeito
Você é Subject Zero, assassino implacável conhecido nas notícias e no submundo como O Dragão.
Zero executa incursões rápidas para eliminar seus alvos e o que estiver em seu caminho.
O contratante dos assassinatos? O psiquiatra do assassino que, além de interpretar os sonhos de Zero, o abastece com a droga Chronos.

Zero perdeu suas memórias, embora lembre ser um veterano da guerra entre Cromagos e Nova Meca, a cidade-estado onde vive.
Ao longo da aventura, vamos entendendo as relações entre o passado de Zero, a guerra de Cromag e Chronos.
A Violência e a Inocência
Após executar seu alvo, concluindo a missão, Zero volta para casa, toma seu chá quente e dorme enquanto assiste às notícias.
Os pesadelos decorrentes deste sono serão relatados ao psiquiatra, antes de mais uma dose de Chronos.
O alvo é revelado neste consultório, através de um dossiê que será queimado após a leitura, para não deixar pistas.

Calado, Zero retorna ao final de suas missões até o dia em que é abordado por uma menina, filha do vizinho ao lado.
Aos poucos, Zero e a menina se tornam amigos (dependendo das suas escolhas de diálogo), uma relação que se assemelha ao clássico filme O Profissional (Léon), com Jean Reno e Natalie Portman.
Mate, Desvie, Morra, Repita
O combate de Katana Zero é seu ponto principal, preciso e impiedoso.
A mecânica de one hit kill serve tanto para os inimigos (com exceção de inimigos com arma melee e inimigos com escudo), quanto para o personagem principal.

Zero é um “samurai urbano“, portando uma katana e usando kimono.
Sempre em construções e fábricas, os movimentos precisam ser calculados antes de executados, pois a ação é frenética e requer reflexos e raciocínio rápidos.
Os inimigos, no geral portam armas de fogo, de shotguns a pistolas e metralhadoras; há também drones e robôs “tanque”.

Além da espada, objetos espalhados pelo cenário, como bustos de mármore, garrafas, explosivos, granadas de fumaça, entre outros, podem ser arremessados nos inimigos. As granadas de fumaça servem tanto para ofuscar a visão dos inimigos e matá-los sem resistência, como para neutralizar câmeras que bloqueiam portas baseadas em sensor de movimento.
As portas normais, de madeira, podem ser usadas como elemento surpresa ao invadir o ambiente.

Laser e pilares metálicos são algumas das armadilhas que precisam ser evitadas pelo assassino.
Para tal intento, ele conta com reflexos rápidos, representados por dois botões: LT desacelera brevemente o tempo e RT acelera através de rolamento (para frente ou para trás).

Além das fases a pé, uma mina abandonada onde um carrinho é usado para locomoção e uma moto na estrada são duas variações que modificam a dinâmica do jogo. Nelas, a mecânica de rebater o projétil com a espada, também utilizada em outras fases, é essencial para a sobrevivência.
Segredos, Vísceras e Música Eletrônica
Os gráficos 2D de KZ possuem diversas camadas de sombra, com cenários e personagens bem detalhados.
A arte pixelada é bastante colorida e não atrapalha a percepção espacial do jogador, dada a velocidade rápida do jogo.

Diversos segredos estão escondidos e podem passar despercebidos numa primeira jogada. Dentre eles, diferentes espadas e um final secreto, envolvendo uma luta final muito mais difícil e com diversas fases do chefe.
A trilha sonora é composta por música eletrônica, à qual Zero escuta durante as fases, colocando fones de ouvido ao início de cada uma.
RESUMO DA ÓPERA:
Katana Zero é um impressionante trabalho indie, com um combate rápido e visceral, sem espaço para erros.
A arte 2D pixelada é belíssima e a trilha eletrônica combina bem com a velocidade alta do jogo.
A duração curta das fases, divididas em pequenos segmentos, ajuda a reduzir a frustração do jogador.
PONTOS POSITIVOS:
– combate viciante, pedindo precisão cirúrgica do jogador
– roteiro revelado aos poucos, misterioso e aberto a diferentes interpretações
– cenários e personagens bem detalhados na arte 2D
PONTOS NEGATIVOS:
– a dificuldade se torna frustrante em diversos pontos
– desacelerar o tempo e tentar rebater o tiro antes do tempo
– cadê a versão de PS4?