Observação: acreditamos que isso não seria necessário dizer, mas preferimos deixar bem claro que o FILOSOFANDO SOBRE PIXELS expõe apenas um ponto de vista do editor, e não do site num todo.
Fundada em 1889, a Nintendo começou inicialmente como fabricante de baralhos Hanafuda, as tradicionais cartas de “flores” japonesas.
Foi apenas em 1983 que ela lançaria o seu segundo console, o famoso Nintendo Entertainment System no Japão e em 1985 no restante do mundo (o primeiro console da empresa foi o Color TV-Game, lançado apenas no Japão).
Embora de fato poderio gráfico não seja o essencial, já faz algumas gerações que os consoles da gigante japonesa recebem ports de qualidade inferior.
Não apenas isto, mas as próprias grandes franquias da empresa, apesar da qualidade extraída dos mesmos, parecem não evoluir significativamente.
Roteiros vazios (quando existem), objetivos simples e um desafio demasiadamente arcade deixam a empresa em uma estranha posição de conforto, com um público fiel que compra jogos ainda sob moldes antigos.
E o pior, jogos com preço cheio, quando muitas vezes entregam o mesmo desafio de um jogo indie muito mais barato.
Nintendo se tornou grife, assim como a Apple, vendendo produtos pelo preço que quer e como bem desejar, pois sua fanbase não pula fora de um navio que já está afundando faz algumas gerações, mas jamais atinge o fundo do oceano pois os fãs continuam desesperadamente jogando baldes d’água fora.
O potencial de personagens da Nintendo que poderiam ter jogos com material mais adulto e envolvente, adaptando-se melhor ao público atual, é incontável.
É claro, de certa forma ela se mantém fiel ao seu público cativo, mas nada impediria de algumas experiências mais ousadas: um Legend Of Zelda adulto* com alta dificuldade e mais sangrento; um Star Fox com lore mais rico, bons gráficos e jogabilidade mais desafiadora; até mesmo a volta de F-Zero, uma franquia praticamente abandonada a esta altura.
*Ocarina Of Time e Majora’s Mask pareciam caminhar nesta direção, mas a empresa retrocedeu
Mas este não parece ser o caminho que a Big N quer tomar.
Ela se mantém em sua eterna zona de conforto, sem atingir seu verdadeiro potencial, como um garoto que parou no tempo e recusa-se a crescer, a Nintendo parece sofrer da Síndrome de Peter Pan.