Ola, aqui é o Pena e hoje trago um jogo dum dos gêneros que eu mais gosto, os Metroidvanias, então senta ai que Astalon: Tears of the Earth vai forçar você explorar bastante cada canto das ruínas antigas enquanto tenta sobreviver aos ataques dos diversos monstros.
O jogo foi produzido pela Labs Works e já estão trabalhando em outro projeto chamado Castle in the Darkness 2. A publicação dele é pela DANGEN Entertainment, que já fizemos alguns review deles, entre eles o Lost Ruins e o Smelter.
Outro ponto interessante é que ele Matt Kap, que participou da produção dos jogos The Binding of Isaac: Rebirth e Castle in the Darkness também está nesse projeto

(código cedido pela DANGEN Entertainment )
Titulo: Astalon: Tears of the Earth
Produtora: LABS Works
Distribuidora: DANGEN Entertainment
Gênero: Metroidvania / Plataforma
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC
Mídia: Digital
Textos: Inglês, Espanhol, Alemão, Francês, Ucraniano, Japonês, Coreano, Chinês Tradicional e Simplificado.
História

O mundo que conhecemos acabou. A ganâncias humana e suas guerras conseguiram destruir o planeta ao ponto de torna-lo um lugar desolado de morte e desespero. Nesse período, começam surgir ruínas antigas das profundezas da terra e com elas criaturas conhecidas com Gorgons, que se alimentam dos seres humanos e se divertem com o seu sofrimento.

Aqui acompanhamos 3 aventureiros que pra salvar a vila que moram da contaminação da suas águas precisam desbravar uma dessas ruínas que é o foco dos seus problemas, mas claro que a aventura não será nada fácil, muita morte e desespero os esperam.

E com morte, eu quero realmente dizer que eles vão morrer muito, mas Algus, o mago do grupo tem um pacto com o Titã da Morte Epimetheus, que sempre o ressuscita até que ele complete a sua missão e por fim render-lhe a sua alma.
Detalhe: Uma coisa que pode chamar a atenção de quem pegar o jogo e acompanhar toda a abertura do jogo explicando a história é que eles marcam esse jogo como EPISÓDIO II, mas não fique assustado, eles decidiram lançar ele antes do primeiro episódio pra usar o esquema de “o que aconteceu antes”, que tem alguns detalhes comentados por cima em algumas conversas, mas nada concreto justamente pra deixar na curiosidade.
Curiosidade Rápida: Górgona
Só pela curiosidade pra aqueles que não conhecem, os Gorgons são baseados na criatura da mitologia Grega Górgona, sendo a mais famosa a Medusa, que tem o poder de transformar outros seres em pedra. No jogo é um pouco diferente, mas fica a ideia básica pra situar melhor o jogador.
Gráficos

O jogo usa gráficos que se assemelham aos antigos jogos de 8bits, aonde os personagens em pixel art são desenhados usando a mesma base de cor pra economia de memória. Claro que nesse caso foi puramente escolha artística, já que mesmo nesse estilo os personagens e cenários tem bastante detalhes e traz uma carisma na arte bem legal.

A arte dos personagens foi criada pelo autor Ryusuke Mita, mais conhecido pela obra Dragon Half (que você confere uma das capas logo ao lado), que tem um estilo um pouco mais caricato, mas muito legais.
Os cenários e monstros do jogo seguem o mesmo padrão na maioria dos casos, eles tem uma visualização mais caricata, mas não tira o clima de terror do jogo. Claro que tem vários inimigos, principalmente os maiores e os chefes que fogem desse padrão, esses já são bem tenebrosos por is só e capricharam bem na arte deles.





O jogo também conta com três tipos de filtros pros gráficos, o Anti-Aliasing (pra emular televisores antigos e esse é o tipo que os autores tiveram a intenção de como deve ser jogado), o Clean, que deixa os gráficos pixel bem definidos e o Soft Anti-Aliasing, que é um meio termo entre os dois outros filtros. Por gosto pessoal, eu joguei no ultimo e todos os prints do review estão nesse modo.
Um ponto final é que o jogo mesmo avisa que tem vários efeitos de luz que podem afetar pessoas com fotossensibilidade, mas isso é alterável no menu principal do jogo.
Áudio

Como já era de se esperar, as musicas do jogo são todas no estilo de chiptunes pra manter o clima retro do jogo. Elas ficaram muito boas, mantém o clima pra a exploração e tem umas musicas agitadas muito legais, com especial essa “Claws” que toca durante os sub-chefes, curti demais ela.
Infelizmente não achei a OST completa do jogo, somente a música principal dele no soudcloud postado pelo próprio Matt Kap, então já da pra ter pelo menos uma ideia do que vem por ai.
Jogabilidade

Aviso: Ao contrario dos meus reviews normais, alguns detalhes das mecânicas eu não vou colocar aqui por serem umas surpresas que não foram anunciadas, então pra não estragar a diversão do pessoal, prefiro não colocar, mas não se preocupe que não é anda que vá afetar o entendimento do jogo, são mais detalhes complementares que enquanto você joga vai perceber que tem coisa extra no jogo.
Menu

O menu do jogo é relativamente simples, já que não existe itens de cura nele. Aqui você tem acesso as caracteristicas do personagem, como HP, força e defesa, além de equipamentos, quantas chaves você tem e o tempo de jogo.
Pros equipamentos tem os gerais e os exclusivos. Esses últimos tem uma marca do nome personagem que utiliza. Qualquer equipamento pode ser desativado caso queira, mas alguns são essenciais pra avançar na campanha, então melhor só desativar se quiser aumentar a dificuldade do jogo, que já não é baixa.

Você também tem acesso ao mapa do jogo que é preenchido conforme avança na exploração e cada região da torre tem uma coloração diferente pra facilitar identifica-las. Com certo equipamentos aparecem mais informações no mapa, mas isso eu vou deixar pra você descobrir como funciona, é bem intuitivo.
Pelo menos você tem uma contagem da porcentagem que você já explorou do mapa, já te ajuda durante a exploração, mas como todo metroidvania que se presa, tem MUITAS áreas escondidas e não obrigatórias, então não se baseie nela pra saber quanto falta do jogo.

O bestiário também precisa ser liberado, mas lá também tem a marcação de todos os monstros do jogo. A marca da espada na frente deles indica que você matou a quantidade necessário pra liberar as informações deles.
Personagens

Na aventura você controlará os três personagens e cada um deles tem estilos de combate e estratégias totalmente diferentes e muito dos puzzles só é possível passar usando as habilidades de cada um deles, então vale a pena entrar em mais detalhes deles.
Um detalhe é que alguns dos puzzles e objetos tem a mesma cor do personagem que interage com eles justamente pra facilitar a vida do jogador.
O Guerreiro Arias



Arias é o guerreiro do grupo, filho do falecido “Cavaleiro da espada de Cristal” que era grande amigo do mago Algus. Como é de se esperar da sua classe, é o que tem maior defesa e ataque mais forte, mas por usar espada, tem uma alcance bem limitado.
Barreiras feitas dessas vinhas azuis só são destrutíveis com os ataques dele. Ele receberá outros equipamentos que deixa ele um pouco mais ágil e mais forte.
O Mago Algus



Algus é o mago e mentor do grupo, além de companheiro de aventura do falecido “Cavaleiro da espada de Cristal”. Após alguns eventos que são explicados no jogo ele acaba fazendo o pacto com o Titã Epimetheus que lhe da o poder de voltar em um momento exato do tempo antes da sua morte retendo as memórias e habilidades adquiridas.
Sendo mago, já é de se esperar que o dano e defesa dele sejam baixos, mas mesmo assim ele é um personagem extremamente útil, mesmo no começo do jogo. Os ataques dele são de média distância e atravessam paredes, além de ativar alguns mecanismos mágicos. Ele recebe diversos outros equipamentos mágicos que o torna um dos melhores personagens do jogo.
A Arqueira Kyuli



Kyuli é a arqueira do grupo e cresceu na mesma vila que Arias mora, sendo esse um dos motivos que fazem o grupo arriscar a suas vidas nessa aventura
Ela é a mais ágil dentre os aventureiros, usando um arco e flecha com longo alcance e ainda consegue usar parede para apoio e alcançar pontos que os outros aventureiros não alcançam. No decorrer da aventura ela fica ainda mais ágil e os ataque de arco e flecha dela recebem efeitos extras que te ajudam a passar de diversos pontos do jogo.
Morte e Melhoramentos

Ter um pacto com o Titã da morte tem as suas vantagens. Toda vez que você morre, o que não serão poucas, você tem um encontro com Epimetheus, podendo comprar melhorias gerais pra a sua exploração, como mais HP e outros detalhes. A compra delas é feita em troca das almas dos inimigos que você derrota no jogo.

Tem também as melhorias específicas de cada personagem, podendo aumentar a sua força, defesa, velocidade de ataque e alguns especiais, que torna a jogabilidade de cada um deles bem diferente, precisando analisar direito qual é o melhor personagem pra cada situação.
Tem como acessar a parte de melhorias sem morrer, mas como fazer isso, só jogando e entendendo descobrindo o que precisa fazer.
Exploração

Sendo um metroidvania, ele tem um grande foco na exploração e tendo três personagens bem diferentes aumenta bem a gama de como você explorará essa torre. Se acostume com essa sala, toda vez que você morrer você retorna pra a porta da torre.

Mas tem um detalhe, inicialmente você não tem como trocar entre os personagens a qualquer momento, tendo que recorrer ao acampamento pra selecionar outro personagem. Aqui também você pode salvas e AS VEZES a opção de descanso é liberada, permitindo que você recupere um pouco de vida

Pra encurtar a viagem, tem um elevador que te leva pra alguns pontos específicos depois de liberado, mas claro que até o uso dele precisa liberar, senão ficaria muito fácil.

No decorrer do jogo você encontrará diversas portas coloridas, precisando de chaves especificas pra abri-las. Claro que achar elas não é tão fácil assim, precisando passar por puzzles ou derrotar diversos inimigos pra que elas apareçam.

Essa bola vermelha é liberada conforme você avança na história e aparece no local que você morreu. Aqui você não tem penalidades após morrer, então não se preocupe que não vai perder as almas adquiridas. A esfera vermelha serve pra você receber um pouco de HP extra pra avançar no jogo (ou recuperar o que perdeu até chegar lá)

A chance dos inimigos deixar almas que restauram HP é tão baixa que é melhor você não esperar por elas e treinar pra não tomar ataque. Caso precise muito de HP, destrua esse candelabro, você recupera um pouco de HP com isso, mas uma vez destruída, precisa pagar pro mesquinho Epimetheus pra restaura-las, então precisa planejar bem quando utiliza-las.

Conforme vai melhorando os seus personagens, eles adquirem ataques extras, como no caso do Algus e essa chuva de meteoros. Mas caso não tenha notado, não temos barra de MP aqui. Cada técnica usa algo diferente, podendo ser HP ou até mesmo as almas que você coletou.
Um ultimo detalhe que eu quis deixar pro final é que, os personagens, apesar de terem força e defesa particulares, o HP é compartilhado, então não adianta trocar eles achando que vai sobreviver por mais tempo ahahhaah
Extras

Ao fechar o jogo com certos requisitos, você consegue liberar mais 3 modos novos que prolongam a vida do jogo. Pra não dar muito spoiler, alguns desses novos modos eu só vou citar por cima:
- The Black Knight: jogue com o Cavaleiro Negro e entenda parte da história dele;
- Monster Mode: Jogue com um Gárgula rebelde no melhor estilo Demon’s Crest;
- Boss Rush: Enfrente os chefes do jogo numa sequencia só. Se morrer, volta do começo sem nenhum bônus. Esse é pra aqueles que querem um desafio extra e dominaram bem as mecânicas básicas do jogo;

E conforme você bate os requisitos, vai liberando alguns extras interessantes no menu “Secret” que você encontra na tela titulo. Eu não coloquei uma imagem com tudo de propósito, mas tem umas coisas interessantes, entre elas o soundtest com todas as musicas do jogo.
E se você conseguir fazer tudo no jogo, tem uma surpresa que provavelmente o pessoal vai gostar. O que é? Boa sorte pra conseguir libera-la.
Conquistas

Depois que você pega o jeito do jogo e consegue melhorar os seus personagens, fica bem mais tranquilo a exploração, mas claro que como todo Metroidvania que se presa, as conquistas relacionadas a exploração dão trabalho, mas pelo menos esse não tem speedrun.
As conquistas que te darão mais trabalho são:
Conquista | Descrição |
God of the Tower | Finalizar o jogo com 100% de exploração e itens encontrados |
True Black Knight | Finalizar o modo “Black Knight” |
No match for me! | Finalizar o modo Boss Rush |
Built for adventure | Comprar todas as habilidades de todos os personagens |
Conclusão

Astalon é um excelente metroidvania, sendo que o estilo de arte retro da um toque artístico bem legal sem deixar as mecânicas do jogo travadas que nem eram os jogos antigos, então não precisa se preocupar se você tinha receio disso.
A exploração e esquema de evolução pode ser um pouco demorada pra pegar a prática no começo já que o retorno ao começo da torre faz com que você perca um certo tempo retornando aonde estava, mas pelo menos não há perdas que façam a morte atrapalhar a sua progressão, o que já ajuda bastante.
Quem curte as músicas em chiptunes vão aproveitar bem as desse jogo, muito boas e combinam bastante com as regiões que estamos explorando e a mudança de musica quando você encontra um subchefe é bem legal também.
Como falei no começo, eles lançaram o 2º episódio antes do primeiro e o lançamento desse e dos posteriores dependem de como esse jogo se sair, então se você se interessou pelo jogo, colabore com eles, pelo menos eles mandaram muito bem nesse daqui e estou esperando que saia os outros.